Aqui se cultuam grandes pensadores e líderes que impulsionaram positivamente a história.

“O estado deve ser um servo. E não um mestre!”

Margaret Thatcher

"Todos querem viver à custa do Estado, mas esquecem que o Estado vive à custa de todos".

Frédéric Bastiat

"Justiça sem misericórdia é crueldade."

S. Tomás de Aquino

“No final de contas, o valor de um Estado é o valor dos indivíduos que o compõem.”

John Stuart Mill

"A Cultura é o mar onde navega ou se perde, bóia ou naufraga o barco da política partidária".

Olavo de Carvalho

"Os marxistas inteligentes são patifes. Os marxistas honestos são burros. E os inteligentes e honestos nunca são marxistas."

José Osvaldo de Meira Penna

"As pessoas não serão capazes de olhar para a posteridade, se não tiverem em consideração a experiência dos seus antepassados."

Edmond Burke

"Cuidado com o Estado. Ele é perigoso e anda armado.”

Roberto Campos

"⁠Como os comunistas perceberam desde o início, controlar a linguagem é controlar o pensamento - não o pensamento real, mas as possibilidades do pensamento."

Roger Scruton

"Um homem com convicção pode superar uma centena que tem apenas opiniões."

 

Winston Churchill

 

"O poder concentrado sempre foi o inimigo da liberdade."

Ronald Reagan

Artigos do Puggina

Percival Puggina

15/04/2024

 

Percival Puggina

         Na eleição nacional de 2022, dezenas de milhões de brasileiros sabiam o que queriam quando votaram contra a extrema-esquerda, contra o petismo, contra Lula fora da cadeia, contra inquéritos sem fim e excessos do Poder Judiciário, contra urnas sem impressora, contra a corrupção, contra a omissão do Congresso, contra o uso político-ideológico da Educação e contra a abusiva sexualização das crianças movida pela temática de gênero nas escolas.  Esses eleitores, então, votaram em conservadores, em liberais, em candidatos de direita, em apoiadores da Lava Jato e do combate à corrupção.

Se um dia houve uma eleição polarizada, essa foi a eleição de 2022. Todos os eleitores cujas motivações foram descritas acima sabem o quanto aquele pleito foi controlado. Sabem que ali se aprofundou o silêncio imposto durante a pandemia e reduzida a democrática atividade das redes sociais. Podem tapar os fatos com o manto do sigilo e das ameaças, mas esses eleitores viram, sentiram e choraram a mordaça dos conteúdos não compartilhados, dos bloqueios, das “violações dos termos de uso”, etc., sempre voltados ao objetivo comum: fazer com que as mensagens do grupo majoritário e preponderante nesses canais tivesse sua propagação desestimulada, reduzida ou impedida. Tudo previsível. Quem tivesse o poder de influenciar esse espaço de comunicação social à luz do resultado pleito de 2018 e da vitória de Bolsonaro, saberia o que fazer em 2022. E fez.

Pense naqueles milhões de eleitores e na traição de que a maioria deles foi vítima. Votaram em alguém que, no exercício do mandato, se revelou o oposto do que dizia ser. Quase dois terços dos representantes frustraram, roubaram as expectativas de seus representados! Convivem nos embalos do erário com os males e malefícios de que somos vítimas. Dos eleitos por aqueles anseios dos eleitores, não resta mais de uma centena. Todos os demais pularam o muro e sentaram no colo de Lula, do petismo corneteiro. E elegeram os tranqueiras Lira e Pacheco.  

Foi uma dura lição que não poderá se repetir novamente. A eleição de outubro vindouro é municipal, mas é tão relevante para o plano nacional de dois anos mais tarde que o ministro Alexandre de Moraes já remontou e aprimorou a estrutura que usou para apitar a partida de 2022 e quer manter ativa em 2026.

Ela deve ser importante também para nós. Os traidores devem ver nela a porta da rua que os eleitores lhes apontarão em 2026. Se aparecerem por aí no seu município com emendas liberadas e recursos federais, saibam que tais favores são o prêmio da traição. Não valem um infinitésimo do que os generosos doadores nos tomaram! Esses brindes foram pagos com injustiças que gritam aos céus, com vergonha nacional, com o nanismo diplomático, com o tacão do autoritarismo, com uso casuísta da Constituição, com dinheiro que sai da Educação e da Saúde e vai para os parceiros da guerra cultural, com perda de liberdades sem as quais a democracia é apenas uma ridícula “fumacinha” que ficou por aí, volátil resíduo de algo que passou.

Percival Puggina (79) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.

Percival Puggina

12/04/2024

 

Percival Puggina

       Duas perguntas. 1ª) Onde estão os jornalistas que você conhecia e respeitava por sua atuação inteligente, competente e independente nos principais órgãos de mídia do país? Expurgados de seus postos de trabalho – numa proporção que todos veem e pouco se comenta – migraram para as redes sociais e para as mídias digitais. 2ª) O que você acessa com maior frequência: jornal, rádio, TV ou fontes que já estão na memória de seu smartphone? Pois é.

As redes sociais democratizaram o direito de opinião e expuseram as narrativas fraudulentas da extrema-esquerda. Submetida a um contraditório para o qual não estava preparada, ela viu minguar seu apoio junto à opinião pública. Milhões de eleitores se descobriram liberais, conservadores, de direita.

Os antigos meios de comunicação sentiram a perda de influência e de receita. A mídia digital, para onde se mudou a maior parte dos grandes jornalistas, ganhou importante acréscimo de qualidade. Uma nova geração de jovens estudiosos e talentosos passou a ganhar bom dinheiro nessa atividade.

A revolução cultural, até surgir esse novo fenômeno, avançava sem encontrar resistência, contando com o aparelhamento das universidades, com a militância das redações, com as CEBs e pastorais dos teólogos da libertação e com a segregação de autores conservadores e liberais. Os revolucionários da cultura, em seu combate contra os fundamentos do Ocidente, sempre dispuseram de ativa e poderosa linha de frente formada pela multidão de seus censores. Sim, há muitos anos a censura sobre a divergência e o expurgo dos divergentes é instrumento cotidiano no meio cultural. O produto prático de seu trabalho e a razão de seu sucesso está em que milhões de pessoas foram compelidas a viver e formar suas opiniões sem acesso a qualquer conteúdo conservador ou liberal.

Vitimadas por essa censura cotidiana sobre autores e obras que não lhes era permitido conhecer, sucessivas gerações de alunos entraram e saíram das nossas universidades sem ouvir falar em João Camilo, Gustavo Corção, Mário Ferreira dos Santos, Oliveira Lima, Otto Maria Carpeaux, Nelson Rodrigues e tantos outros. O silencioso enterro de autores e suas obras é bem mais danoso que a crepitante fogueira de livros na praça. (Obs.: meu amigo Olavo de Carvalho era excessivamente notório para ser ocultado, mas era apedrejado.)

A extrema-esquerda é censora por natureza! Onde minoritária, usa a gritaria para impedir que seus adversários se manifestem. Onde majoritária, expulsa-os a gritos, xingamentos e corredores poloneses... Ou não? Coleciono centenas de depoimentos sobre a permanente reiteração dessas ações fascistas. Denomino Censura 1.0 o conjunto de tais práticas.

A Censura 2.0, turbinada, surgiu durante a pandemia, num modelo de teste, com controle exercido sobre as redes sociais e suas plataformas. Suprimir postagens, retirar perfis e/ou desmonetizá-los é um agravado misto de censura de conteúdo com censura prévia e simultânea penalização dos autores. O texto constitucional tornou-se uma anomalia. A novidade veio sob aplausos e intensa colaboração dos prejudicados pelo advento das novas tecnologias: partidos de extrema-esquerda e mídia tradicional.

A censura 3.0, de última geração, já está prometida e organizada para operar nos pleitos municipais de outubro. Para sua implementação, foi instalada, recentemente, a estrovenga tecnológica, policial e jurídica que atende pelo nome de Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia. É uma força tarefa para controlar redes sociais e serviços de mensagens como forma de “proteger a liberdade dos eleitores”. A grande vantagem de quem, prestativamente, se dispõe a tais serviços à nação é seu suposto convívio íntimo com a Verdade, assinalado por afagos no rosto e tapinhas nas costas. Acresça-se a isso o chamego com os fatos, causa do caráter impositivo do ponto de vista e da interpretação que os todo-poderosos lhes dão. Puxa vida! Comovente esse espírito de serviço à “democracia” e à “liberdade de escolha” do eleitor, entregando-lhe a verdade prontinha, tipo delivery, não é mesmo?

Percival Puggina (79) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.

 

Percival Puggina

08/04/2024

 

Percival Puggina

         O poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente. Por isso, os homens de grande poder, quase sempre são homens maus. (Lord Acton, in  Letter to Bishop Mandell Creighton, April 5, 1887)

Essa frase do conhecido historiador britânico que viveu no século XIX é mais conhecida do que ele mesmo. No entanto, em tempos de oligarquia, quando no elegante dizer de Ruy Barbosa se agigantam os poderes nas mãos dos maus, é importante mantê-la em nossa mente, soando seu alerta.

No Brasil onde vejo ladrões serem soltos e receberem de volta o produto de seu roubo, pessoas de bem serem presas e perderem seus direitos e sua liberdade, vejo também milhões de brasileiros de consciência rota, se divertirem com isso fazendo piadas e memes. Quanto tempo no sofá, assistindo à Globo, é necessário para obter esse desastre moral? Quanto tempo para um esquerdista achar que censura é coisa útil e boa, inerente ao regime democrático? Quanto tempo para nossas instituições terem de ouvir de um norte-americano, como Elon Musk, o quanto estão erradas? Por isso, repito: tudo que é podre, um dia cai no chão. Nosso trabalho como cidadãos é sacudir o galho que esteja ao alcance da mão.

No início dos anos 80 do século passado, diante do que víamos acontecer no país, nos reunimos num pequeno grupo de pessoas católicas para criar e ministrar cursos de Formação de Senso Crítico. O tema e o conteúdo se impunham. A sociedade se transformava e se moldava ao ditame dos grandes meios de comunicação, especialmente aos hábitos e condutas induzidas pela poderosa Rede Globo. As novelas comandavam os padrões de consumo, a moda, a linguagem e as rotinas sociais. O resultado podia ser medido em degradação, com afrouxamento dos laços familiares, instabilidade das relações parentais e esvaziamento da autoridade moral.

Os efeitos eram percebidos nas famílias, no embalo das madrugadas festivas, no abandono paterno, nas adolescentes grávidas, na zorra das salas de aula, no alcoolismo juvenil, na expansão do consumo de drogas, no abandono das práticas religiosas, no grande número de divórcios e nos consequentes desarranjos familiares. A lista já era grande.

A equipe do curso, ministrado em paróquias e escolas, tinha apenas cinco pessoas e a demanda ia muito além da nossa capacidade de atendimento. Ainda assim, conseguimos mantê-lo por alguns anos e só se extinguiu quando a atividade particular de seus membros os dispersou para destinos distantes da capital gaúcha.

A grande motivação para a missão que havíamos assumido era aquilo que, então, se chamava “crise dos valores”. Bastava usar a expressão para que todos entendessem a importância e a necessidade daquele conteúdo. Eu ministrava a palestra sobre Valores Morais, dos quais destacava cinco assuntos: Amor, Justiça, Liberdade, Respeito e Honestidade.

A juventude, desde sempre, é alvo prioritário dos inimigos do Bem e dos fraudadores da verdade, que se instruem e se preparam para avançar sobre ela. De nossa parte, cuidávamos de mostrar aos adultos aos quais falávamos que Valores, assim, com V maiúsculo, são bens que se planta e cultiva. Os principais semeadores são as famílias, as escolas e as igrejas.

Crianças, de modo especial, são verdadeiras esponjas de absorver e processar informação. Aprendem do que veem e sentem em palavras, imagens e exemplos, ações e omissões de pais, professores, religiosos, comunicadores.

Lembro que muitas vezes, os casais presentes naquelas palestras se entreolhavam, interrogando-se mutuamente, quando dizia que os pais são mestres, querendo ou não, por ação ou omissão. São mestres do amor ou do desamor, da verdade ou da mentira, da justiça ou da injustiça.

São reflexões que me vem de tempos antigos. Me faz feliz lembrar que, lá atrás, aquele pequeno grupo em Porto Alegre anteviu os primeiros sintomas do que iria eclodir nas décadas seguintes, transformando a crise de valores na guerra de uma civilização contra si mesma.

Percival Puggina (79) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.

 

 

 

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Por que criei este site

Minha posição política é conservadora em relação ao que tem valor permanente. Quer mudar dentro da ordem o que precisa ser mudado. É democrata e serve ao bem da pessoa humana segundo uma antropologia e uma ética cristã. É pró-vida e sustenta a superior dignidade da pessoa humana. Vê a liberdade como sócia bem sucedida da verdade e da responsabilidade. É liberal porque sabe o quanto é necessário impor freios e limites ao Estado, cujos poderes deveriam agir para se tornarem cada vez menos necessários. Defende o direito de propriedade e as liberdades econômicas. Sem prejuízo de muitas outras exclusões, nessa posição política não há lugar para defensores de totalitarismos e autoritarismos, para fabianos e companheiros de viagem de esquerdistas, nem para políticos patrimonialistas.

 

Para defender essas posições, nasceu este website em 2003. Mediante sucessivas incorporações de novas tecnologias chega a esta quarta forma visual de apresentar os conteúdos com que espera proporcionar a seus leitores bom alimento à mente e ao espírito. Sejam todos muito bem-vindos e que Deus os abençoe.

Fique Sabendo

 

Percival Puggina

       É impressionante a insistência com que a grande mídia, os partidos de esquerda, os filmes exibidos nos canais de streaming naturalizam o consumo de drogas. Está mais do que escancarada a intenção de apresentar o consumo como algo divertido, agradável, natural a um descontraído ambiente de festas e praticado por diferentes gerações. Amáveis vovôs e vovós divertidos e brincalhões, desses filmes são apresentados como consumidores habituais, aparentemente desejando mostrar que tais vícios não fazem mal algum... Os “companheiros” são terríveis, mas a verdadeira festa é de Satanás.

A assessoria de imprensa do deputado Federal Osmar Terra comunicou-me que o presidente do STF marcou para a próxima terça-feira (06/03), a retomada do julgamento do recurso que discute se o porte de drogas para consumo próprio pode ou não ser considerado crime.

Na linguagem do Supremo, trata-se de um julgamento. Na linguagem que eu entendo, trata-se de um ato normativo de competência do flácido Congresso Nacional. O STF vai se sobrepor ao parlamento para definir a matéria diferentemente do que foi legislado por quem tem a prerrogativa constitucional de fazê-lo. E fez.

A propósito, na matéria enviada por sua assessoria, o parlamentar gaúcho adverte que “o STF invade a competência do Congresso ao querer legislar e descriminalizar porte de maconha para uso pessoal. Este é um tema para o Poder Legislativo decidir. A lei foi votada por duas vezes no Congresso. O STF não está mais julgando se o artigo é constitucional ou não. Agora é a quantidade de maconha que a pessoa pode portar! Isto é função do Legislativo. Os ministros do STF extrapolam de sua atuação."

O deputado afirma, ainda, que se for liberado o uso de drogas, haverá más consequências. As pessoas vão andar com a droga, sem preocupação, levando-a a escolas e ambientes de convívio. E pergunta: “Ao aumentar o consumo da droga, cria-se um paradoxo: quem é que vende a droga? Vai aumentar o ganho do traficante. A venda é ilegal, mas usar droga é legal? Como se resolve isso? O próximo passo é legalizar tudo.”

O parlamentar, que foi Secretário da Saúde no RS durante oito anos, sustenta que “a droga é um fator de desagregação social, violência e morte em vida de milhões de brasileiros dependentes químicos. As comunidades terapêuticas, as Igrejas evangélicas e católicas sabem disso e estão se posicionando contra. A CNBB e as Igrejas estão se posicionando contra, pedindo ao Supremo que não aprove esse absurdo."

A Lei Antidrogas, diz ele, “foi aprovada no Congresso Nacional, e de novo referendada em 2019. Por duas vezes a Casa aprovou esse artigo.  Serão jogados ao deus-dará milhões de brasileiros que vão ficar à mercê do tráfico, da circulação da droga, do consumo, com a juventude iludida em relação a isso”.

 

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Paulo Briguet 

       O projeto da esquerda para a educação das crianças está fundamentado no ódio ideológico e na negação da realidade.

Lembro-me como se fosse hoje. Há 39 anos, no Colégio Cidade de Araçatuba, tivemos nossa primeira aula de história no primeiro colegial. O professor indicou, como leitura obrigatória, o livro "A Ilha", de Fernando Morais, que trazia na capa uma foto do ditador cubano Fidel Castro. Esse livro — uma ode ao regime comunista — foi o nosso principal conteúdo naquele semestre. Ao final do ano, muitos de nós, inclusive este futuro cronista de sete leitores, éramos perfeitos militantezinhos socialistas.

De 1985 para cá, tive inúmeros professores de socialismo. No colegial, nem todos eram de esquerda, mas os mais populares eram. Na faculdade, já morando em Londrina, a esmagadora maioria dos docentes era esquerdista. Foram longos anos aprendendo a fazer revolução. Essa dominação mental foi rompida inicialmente por Paulo Francis e definitivamente por Olavo de Carvalho, o meu professor de realidade. Só abandonei a esquerda na virada dos 30.

As cenas tétricas da última Conae — onde a militância mostrou explicitamente o seu plano revolucionário para a educação brasileira nos próximos dez anos — abriram os olhos de muitos pais de família e educadores sérios para o tamanho do abismo em que estamos nos metendo. É lógico que esse plano não começou ontem — trata-se de algo que vem sendo construído há mais de meio século. Mas a esquerda pretende usar este quinto mandato petista para consolidar o seu domínio sobre as almas de nossas crianças. Acreditem: isso é ainda mais perigoso e nocivo que a Stasi do Alexandre de Moraes.

Em 1918, um ano depois do golpe de Estado que ficou conhecido como Revolução Russa, uma eminente educadora russa, Zlata Lilina escreveu o seguinte:

"Precisamos transformar os jovens em uma geração de comunistas. Crianças, como cera macia, são muito maleáveis e devem ser moldadas como bons comunistas... Precisamos resgatar as crianças da influência prejudicial da família... Precisamos nacionalizá-las. Desde os primeiros dias de suas pequenas vidas, elas precisam se encontrar sob a influência benéfica das escolas comunistas... Obrigar a mãe a dar o filho ao Estado soviético? esse é o nosso dever."

Na mesma época, a dirigente comunista e professora Nadezhda Krupskaia afirmou:

"A distinção entre a vida privada e a vida pública fatalmente levará a uma traição do comunismo".

Segundo Krupskaia, a ideia de uma vida privada separada da política não fazia sentido — e, portanto, a esfera pessoal deveria estar submetida ao controle público.

Krupskaia e Lilina eram respectivamente esposas de dois dos mais importantes líderes da Revolução, Vladimir Lênin e Grigori Zinoviev. Nos primeiros anos do regime soviético, a família era vista como a primeira arena em que se daria a luta pela construção do socialismo. Os comunistas consideravam a família como uma instituição nociva, egoísta e conservadora, "uma fortaleza da religião, da ignorância e do preconceito que oprimia mulheres e crianças".

Não é por acaso que, cem anos depois, os militantes socialistas da Conae continuem centrando seus ataques na família. "Os pais não são donos das crianças", vivem repetindo os militantes. Para formular essa frase, parte-se da premissa de que alguém pode ser dono de alguém. E a tese hegemônica da esquerda é de que as crianças são propriedade do Estado.

Os ataques à educação domiciliar (homeschooling) e a virulência da militância LGBT nos debates da Conae mostram que a família continua sendo o grande inimigo da educação socialista. A esquerda "denuncia" a proposta de "descriminalizar" o homeschooling (ou seja, educar as crianças em casa é um crime para eles), ao passo que a difusão da agenda LGBT para crianças é um direito sagrado e inquestionável. Afinal, como disse um delegado durante a Conae, "precisamos garantir a inclusão de nossos corpos e nossas corpas".

A educação socialista é inteiramente fundamentada no ódio e na negação da realidade. No Documento de Referência da Conae, os alvos do ódio são explícitos: a extrema-direita, o conservadorismo, o cristianismo, as escolas confessionais, as escolas privadas, as escolas cívico-militares, o agronegócio, o homeschooling. O verdadeiro problema da educação brasileira — a baixíssima qualidade do ensino — é ignorado em nome do combate a espantalhos ideológicos. A qualidade de ensino foi substituída, no Documento de Referência da Conae, por uma enigmática "qualidade social". Em outras palavras, a educação de qualidade é aquela que segue o programa socialista.

Nossa única esperança é que os congressistas venham a coibir esses abusos no Plano Nacional de Educação, em 2025. Mas será que vai existir direita no Brasil até lá?

*    O autor, Paulo Briguet, é escritor e editor-chefe do BSM. Autor de Nossa Senhora dos Ateus e O Mínimo sobre Distopias.

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Leandro Ruschel

        Ontem, uma corte de NY decidiu multar Donald Trump em US$ 355 milhões por suposta fraude contábil num processo civil, além de suspender seus negócios em NY por três anos, o que é uma sentença de morte ao negócio.

Segundo a procuradora de extrema-esquerda que levou o caso adiante, Trump inflou o valor dos seus ativos para tomar empréstimos bancários.

Trump contesta de forma veemente as acusações. O fato é que os empréstimos foram pagos, e ninguém foi prejudicado.

O caso girou em torno do valor da sua propriedade em Mar-a-lago, na Flórida. A avaliação da casa oficial de Trump é complexa, porque parte da propriedade é tombada.

O fato incontestável é que esse processo jamais existiria, se o dono da empresa questionada não fosse Donald Trump. A esquerda quer destruí-lo de qualquer forma, e estão utilizando o Judiciário como ferramenta para atingir o objetivo.

No mês passado, uma mulher que acusou Trump de estupro, sem nem mesmo se lembrar ao certo o ano em que o abuso teria ocorrido, ainda na década de 90, foi agraciada com uma indenização de US$ 88 milhões. A própria defesa dela, bancada por um bilionário globalista, tinha pedido US$ 8 milhões...

Para deixar claro o caráter de show trial do caso julgado ontem, o juiz participo de uma sessão de fotos para a imprensa, em que ele aparece sorrindo para as câmeras. O aparelhamento dos tribunais significa a morte da Justiça. Os EUA ainda não chegaram no nível brasileiro de captura da Justiça pela esquerda, mas o caminho está traçado.

*       Reproduzido de postagem do autor na plataforma X.

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LIVRO - A Tragédia da Utopia

É meu mais recente livro publicado. Aos 60 anos da revolução que destruiu a antiga Pérola do Caribe, ampliei e atualizei neste livro a primeira edição da obra, publicada em 2004. A análise da realidade cubana segue os mesmos passos, mas o foco do texto vai posto, principalmente, no jovem leitor brasileiro. Enquanto a primeira edição olhou de modo descritivo a realidade em si, esta segunda edição amplia as informações e registra as alterações constatadas ao longo dos últimos 15 anos, levando em conta a necessidade de confrontar as mentiras que a propaganda pró Cuba conta com a verdade que lá se vê, e de destruir com as razões da Razão os sofismas que são construídos para justificar a perversidade do regime.

 

Contato para aquisição através do link abaixo ou na seção Livros do Autor.


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Fato Comentado

 

Percival Puggina

         Leio na Gazeta do Povo que o presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), quer acelerar a tramitação do novo Código Civil. O nome dado não é esse. O calhamaço com 293 páginas vem ao mundo das propostas como “atualização”.

A missão de elaborá-lo foi dada e cumprida pelo ministro Luis Felipe Salomão (sim, ele mesmo), com relatoria de Rosa Maria de Andrade Nery e Flávio Tartuce.

Um Código Civil envolve e dispõe sobre conceitos essenciais de uma sociedade. Alterações nesses conceitos alteram a própria sociedade, tal a abrangência de seus desdobramentos na vida real das pessoas. Então, para não deixar por menos, se aprovado tal como está agora, “o documento promoveria uma revolução legal no Brasil, atendendo demanda do abortismo, do identitarismo woke e dos defensores da ideologia de gênero, e modificaria radicalmente os conceitos de família e de pessoa na legislação” (aqui).

Aberto para receber emendas até o dia 8, vale dizer amanhã (os espertalhões fazem assim quando querem aprovar o que não deveria ser aprovado), no resumo de alguns temas, dispõe, segundo a Gazeta do Povo:

- A definição do bebê em gestação como "potencialidade de vida humana pré-uterina ou uterina", que introduz no Código Civil a noção de que o bebê, antes de nascer, não teria vida humana.

- O reconhecimento de uma "autonomia progressiva" de crianças e adolescentes, que devem ter "considerada a sua vontade em todos os assuntos a eles relacionados, de acordo com sua idade e maturidade" – o que abriria caminho, por exemplo, para facilitar cirurgias de redesignação sexual sem a necessidade de anuência dos pais, entre outras coisas.

- A previsão de que o pai perderá na Justiça a sua autoridade parental caso submeta o filho a "qualquer tipo de violência psíquica" – a lei não especifica as atitudes classificáveis como "violência psíquica".

- A previsão de que os animais de estimação podem compor "o entorno sociofamiliar da pessoa", e que da relação afetiva entre humanos e animais "pode derivar legitimidade para a tutela correspondente de interesses, bem como pretensão reparatória por danos experimentados por aqueles que desfrutam de sua companhia" – o que elevaria o status jurídico da relação entre pessoas e animais, abrindo espaço para o reconhecimento legal daquilo que se tem chamado de "família multiespécie".

- A introdução do conceito de "sociedade convivencial", que poderia abrir caminho para abrigar na legislação brasileira, por exemplo, uniões poliafetivas (veja com mais detalhes no PDF ao fim deste artigo).

O grupo que comanda o Senado Federal para não fazer o que convém à nação, que se banqueteia com Lula e exibe em grupo uma felicidade que não vem da pureza de seus corações, agora se apressa para fazer o que não deve. Haverá ali algum grupo desapoderado que se sensibilize com o clamor da sociedade e ponha um freio nessa esquerda desengrenada morro abaixo?

 

 

 

 

 

  • Percival Puggina, com conteúdo da Gazeta do Povo
  • 07 Março 2024

 

Percival Puggina

Lido no site da Agência Brasil

     O governo brasileiro enviou nesta segunda-feira (12) um lote de 125 toneladas de leite em pó para Cuba. O Ministério das Relações Exteriores informou, por meio de nota, que carregamentos adicionais de leite em pó, além de arroz, milho e soja, também serão enviados ao país nas próximas semanas.

No final de 2023, Brasil, Emirados Árabes Unidos e Cuba pactuaram, durante a Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), uma iniciativa para promover a segurança alimentar e nutricional na América Latina, fornecendo recursos para a produção, distribuição e suporte de sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis.

Comento

Tendo lido também essa matéria, que circulou como grande feito da generosidade petista nas redações do jornalismo companheiro, um amigo me enviou o seguinte comentário:

“Imagine se durante a campanha eleitoral Lula dissesse que antes de acabar com a fome no Brasil iria mandar alimentos para outros países! Isso é fazer contrapropaganda do socialismo e usar nosso dinheiro para fazer doações ao país errado. Afinal, o próprio petismo vive afirmando que no socialismo há uma justa repartição dos bens e, por isso, em Cuba, ‘todos têm o básico e ninguém passa fome...”.

Estranho, muito estranho: Cuba passa fome, mas pactuou "com Brasil e Países Árabes, uma iniciativa para promover segurança alimentar e nutricional na América Latina" e em seguida entra na fila com prato na mão para receber 150 toneladas de leite em pó.

  • Percival Puggina, com conteúdo Agência Brasil
  • 19 Favereiro 2024

 

Percival Puggina

 

Leio no Diário do Poder

      Na última segunda-feira (12), o instituto Paraná Pesquisas revelou que 73,4% dos brasileiros não sabem citar uma medida positiva ou benefício que o governo Lula III realizou desde o início de sua vigência.

Entre o percentual de 26,6% relativo às pessoas que dizem conhecer as ações positivas da gestão, as respostas mencionaram investimentos no Bolsa Família, em educação pública, seguidas por investimentos em programas de moradia e habitação popular, entre outros temas.

Um percentual de 41,1% respondeu ao instituto sobre erros do governo Lula. As respostas versaram sobre aumento de impostos, boatos sobre envolvimento em corrupção e excesso de gastos.

O Paraná Pesquisas ouviu 2.026 eleitores com 16 anos ou mais, pertencentes a 164 municípios, nos 26 Estados e no Distrito Federal. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, o nível de confiança é de 95%.

Comento

No último dia 9, a Veja assemelhou a uma bomba o efeito da informação acima transcrita sobre a área de comunicação do governo. Imagino que tenha ocorrido isso mesmo. Afinal, com tanto dinheiro despejado se poderia supor um resultado melhor. Há um tipo de comunicação da qual se espera competência para fazer volume com coisa alguma.

Essa avaliação merece um outro ponto de vista. Fui verificar quais os veículos de comunicação que haviam registrado a informação disponibilizada por Paraná Pesquisas. Passados quatro dias (às 11 horas desta terça-feira) apenas Diário do Poder, Gazeta do Povo, O Antagonista, Poder 360°, Revista Oeste e Jovem Pan haviam concedido espaços à importante informação. Silenciar também faz parte do negócio, já se vê.

O mais impressionante na pesquisa: os eleitores consultados que não perceberam méritos no governo, assim como não apontaram virtudes e utilidades, foram capazes de listar 22 defeitos e malfeitos da gestão lulista, revelando um elevado nível de formação e informação. Eles souberam indicar, entre outros, os seguintes males: aumentos e reajustes de impostos, inatividade no combate à corrupção, excesso de gastos, viagens, número excessivo de ministérios e má escolha de ministros, más companhias (alianças políticas), assistencialismo ineficiente, falta de investimento em segurança pública, etc...

O povo está vendo, mas há um jornalismo que engorda no curral e não vê o que não convém.

  • Percival Puggina, com conteúdo do Diário do Poder
  • 14 Favereiro 2024

 

Percival Puggina 

        Depois de ouvir os presidentes de três destacadíssimas instituições universitárias norte-americanas (Harvard, Pensilvânia e Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), o Congresso dos Estados Unidos resolveu abrir investigação. Afinal, durante audiência em que as manifestações de antissemitismo foram tratadas de modo severo no Capitólio, as representações das universidades relativizaram o fato numa alarmante proporção.

Anteontem, num encontro casual com um amigo judeu no supermercado, ouvi dele que quando soube das manifestações estudantis nos EUA tratando de genocídio, ele pensou serem protestos contra o ataque de Israel ao Hamas em Gaza. Só mais tarde ficou sabendo que eram movimentos a favor de um genocídio de judeus.

A diferença entre o que se pode imaginar e o que está acontecendo de fato é abismal. Quem pensa tratar-se de uma crise no âmbito da cultura ocidental está subestimando o problema. Num processo que faz lembrar o que aconteceu no mundo inteiro durante a pandemia, todas as vertentes da nossa cultura foram inoculadas com venenos específicos que lhe atacaram o cerne: a Educação, as Igrejas, especialmente a católica, os meios de comunicação, a estética, as instituições políticas, o Direito, a Justiça e o inteiro pacote das Ciências Sociais.

Isso não se resolve com chá de camomila. Não é nem parecido com o que se estabeleceu entre o Hamas palestino e Israel. O que vimos acontecer em todo o Ocidente é de muito maior gravidade. Disseminar o terror e acossar judeus mundo afora é traço de união dos velhos totalitarismos, que no passo seguinte vão atrás dos homossexuais, dos religiosos, dos diferentes e dos divergentes.

Os eventos em curso na América do Norte – Estados Unidos e Canadá – mostram que estamos, no Brasil, atrasados em relação ao ritmo dos acontecimentos de lá. É lá que operam os laboratórios de envenenamento cultural cujas fórmulas nossos “intelectuais de esquerda” traduzem pelo Google Transator. Essas mesmas pessoas, amanhã ou depois, em quaisquer circunstâncias, estarão nos púlpitos, nos palanques e nos microfones, gritando contra “discurso de ódio” (hate speech) e fake news quando alguém desmascara as mazelas de seus intelectos. Cada vez mais nitidamente se percebem os sintomas de uma guerra espiritual. Oremos!

  

 

 

 

 

 

 

  • Percival Puggina
  • 29 Dezembro 2023

 

Percival Puggina

        Segundo informou O Globo em 20 de julho deste ano, um milhão de pessoas foram submetidas a alguma forma de coerção e tiveram seus celulares tomados. Será que algum desses criminosos foi preso e acabou dormindo na Papuda? 

Claro que não! Afinal, esse é um crime de “menor gravidade”, é um “roubinho” como dizem os protetores de bandidos. Suponho que nunca passaram por essa experiência sinistra e nunca pensaram nas consequências da subtração desse bem na vida de tanta gente.

Aprendi, nos primeiros anos de escola, que o corpo humano se dividia em cabeça, tronco e membros. Passadas sete décadas de modernidade, podemos afirmar, conscientemente, que nosso corpo tem cabeça, tronco, membros e ... celular. Esse aparelhinho é parte de nosso corpo, é nossa memória portátil e nosso principal meio de comunicação, tem a lista de nossos amigos, nossa agenda, nossas lembranças, dados pessoais e vida financeira.

Para milhões de pessoas, passam por ele os meios de ganhar o pão de cada dia e sua supressão constitui uma tragédia pessoal. Causar tal tormento a outra pessoa, mediante coerção, para com o fruto do roubo comprar um “baseado” ou uma cervejinha, é motivo mais do que suficiente à aplicação de severa sanção. Não é “roubinho”, mas roubo com agravante, em vista do valor de uso do bem subtraído, muito superior ao preço de aquisição.

8Uma vez que criar tipo penal por analogia já não é mais novidade, sugiro que o roubo de telefone celular, entendido como parte do corpo do proprietário, seja qualificado como roubo com mutilação da vítima...

  • Percival Puggina
  • 15 Dezembro 2023