• 15/08/2014
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A MORTE E A MORTE DE EDUARDO CAMPOS


 A morte é a mais fatal das fatalidades. Os imensos avanços científicos alongam as expectativas de vida, a ciência acena com ganhos ainda maiores, e as sociedades modernas fornecem algumas razões para que nós nos creiamos senhores de nossas próprias vidas. Até que a morte cancele todas as ilusões a esse respeito. A essa derrota corresponde o triunfo da Esperança naqueles que têm fé.

 

 Dia 13 a morte levou um jovem político de apenas 49 anos, participante da corrida presidencial em curso. Na opinião dos que o conheciam era um homem bom e um governante competente. Poucas horas após sua morte soubemos mais a respeito de suas virtudes do que pudemos conhecer nos longos meses preparatórios ao período de campanha propriamente dito. Eduardo Campos vem recebendo um reconhecimento nacional que lhe faltou em vida.

 

 Em qualquer país do mundo, a morte de um candidato presidencial cobra rigorosas investigações. Quanto mais rigorosa for, maior tributo se estará prestando à sua memória e a seu valor. Nenhuma trilha pode deixar de ser seguida, nenhuma hipótese pode ser afastada e nenhuma urgência tem o direito de acelerar a identificação das causas do lamentável acontecimento.