• Percival Puggina
  • 13/02/2021
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BIA KICIS NA CCJ

 

Percival Puggina

 

         Do que tenho lido, a indicação da deputada Bia Kicis  para o comando da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados encontra resistência nos lugares certos. Haveria algo errado se concordassem, se é que me faço entender. Eles estão sempre a postos, como faróis piratas para desviar o Brasil de sua rota. Deixe de lado esses faróis fajutos e siga em frente.

         São os mesmos comentaristas, analistas, opiniáticos e palpiteiros de todo dia, atuando em três turnos de oito horas, sete dias por semana. “Como pode ser presidente da mais importante comissão da Câmara dos Deputados uma parlamentar bolsonarista?”, perguntam com fingido espanto. Fico pensando. E pergunto aos ventos: “Será uma mulher presidindo a CCJ. Sumiram as feministas?”. Sim, responde o sábio vento. Estas só defendem as companheiras.

         Depois de tanto ouvir a mesma lengalenga fui dar uma pesquisada e, para surpresa minha, de fato, nenhuma mulher, até hoje, presidiu aquela comissão. Nenhuma! E quando surge uma, credenciada, cai sobre ela o “estigma” de bolsonarista, de extremista. Interessante é que quando o Dr. Luiz Eduardo Greenhalgh, petista, advogado do MST, extremista de fazer dó, assumiu a CCJ em 2003, no início do governo Lula, ninguém apareceu para dizer que ele não poderia fazê-lo por ser lulista, petista e extremista.

         Nada foi dito, tampouco, contra a indicação ao mesmo cargo, já na era Dilma, do famoso João Paulo Cunha, lulista e dilmista, condenado posteriormente no mensalão e indultado em 2016. Nem contra a do também petista Vicente Cândido em 2014.

         Dê a esse tipo de conduta o nome que quiser. Só não leve toda essa hipocrisia a sério porque ela desdenha de seu discernimento. Sempre que perdem, querem que tudo continue como antes.