• Percival Puggina
  • 17/05/2023
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Ministro da Justiça ameaça as plataformas das redes sociais

 

Percival Puggina

 

Assisto e transcrevo de vídeo da JP trecho da fala do ministro

Eu, particularmente, não estou preocupado com os termos de uso dos senhores. Se os senhores não mudarem os termos de uso, serão obrigados a mudar os termos de uso. E rápido. Ou vocês entendem isso ou não precisa nem continuar a reunião. A partir daqui, se os senhores não mudarem, arquem com as consequências. Nós não vamos deixar uma epidemia de assassinatos em escolas por causa dos termos do Twitter. (...) Não são os senhores que interpretam a lei no Brasil. Não são. Não serão. Eu sei que os senhores sabem isso. Eu me refiro a todas as plataformas.

Esse tempo da autorregulação, da ausência de regulação da liberdade de expressão como valor absoluto, que é uma fraude, que é uma falcatrua, esse tempo acabou no Brasil. Acabou, foi sepultado. (...) Mais me refiro ao Twitter porque esse discurso dos termos de uso é inaceitável. Isso não existe no nosso dicionário. O dicionário-gramático do ministério da Justiça e da Polícia Federal, que eu comando, não existe a expressão termos de uso. Esqueçam isso. (...) Eu tenho certeza de que essa colaboração ocorrerá e quem se opuser a essa ideia de colaboração obviamente está se expondo a que nós adotemos as providências. Nós não queremos que os senhores passam a condição de investigados da Polícia, ou de réus. Nós não queremos isso.

Comento

O ministro da Justiça deixou clara a intenção de estabelecer a censura no país. Ninguém pode achar que sai pela tangente falando em chacinas nas escolas quando o escopo está muito claro desde o início. E quando ele, ministro, em evento anterior, mandou recado semelhante, ele estabeleceu como parâmetro o que ocorreu durante o processo eleitoral, determinando que tomassem aquele período como referência.

O que tivemos naquele período se não censura política? Mas quem associar essa palavra ao PL 2630, sofrerá as consequências.

Grande novidade a esquerda querendo exercer o domínio da linguagem. Perguntem ao Noam Chomsy