Percival Puggina

 

         O YouTube retirou o tal vídeo em que um "gênio da perícia criminal" negava a ocorrência da tentativa de assassinato de Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018. Tudo seria uma farsa construída para conduzir o candidato à vitória. Adélio Bispo juntava-se a Lula na lista dos "inocentes" sacrificados...

O vídeo ficou lá durante quatro anos até que o YouTube, espontaneamente, decidiu apagar-lhe o rastro, alegando sua disposição de coibir “discurso de ódio”. Qual o discurso de ódio existente em dizer que John Kennedy não morreu ou que Niel Armstrong não pisou na Lua?   

A alegação soa tão descabida quanto o vídeo vitimado com essa decisão. Mas a plataforma não é gerida por ingênuos ou precipitados. Seria imprudente presumir isso. Algum motivo mais racional deve ter surgido e o aparentemente mais racional, nas circunstâncias, é que a empresa tenha pretendido mostrar-se “cortando para os dois lados”, não privilegiando quaisquer posições.

Você ficou convencido disso? Por certo não, nem eu.

Outro modo de ver o fato, este sim, bem mais coerente com a realidade, é ter a plataforma apagado um vídeo que testemunhava de modo eloquente o nível de ilogicidade característico de setores da esquerda tupiniquim, capazes de tirar narrativas até de uma cabeça de prego. Ou seja, o vídeo fazia muito mais mal do que bem aos companheiros do descondenado.  

  • Percival Puggina
  • 12 Agosto 2022

Percival Puggina

 

Na quinta-feira, matéria de O Globo permitiu a qualquer leitor com discernimento suficiente perceber a posição contrária do jornal ao projeto que acaba com as “saidinhas” temporárias dos presos. Está no rumo de sempre, a Globo. Está coerente com um jornalismo que não reconhece e não denuncia algo profundamente errado quanto um descondenado disputar a presidência da República apesar de todos os crimes que não descometeu. Está ciente e não se importa com o vexame mundial que isso representa para a sociedade e as instituições brasileiras. Não se acuse a Globo de incoerência. Vários pasquins de esquerda dizem a mesma coisa.

Além disso, vejam o absurdo. No meio da matéria, o Globo insere um vídeo com dados do “Monitor da Violência” para comprovar que no Brasil há presos em excesso, desconhecendo o excesso de bandidos na rua e o fato de que os que estão presos são os únicos bandidos que não agem, diretamente ao menos, contra a sociedade. O disparate não fica aí. Que história é essa de substituir criminalidade por “violência”? Alguém está preso por dar murro na mesa, xingar no trânsito? Isso é atitude violenta, mas crime é outra coisa, é coisa de bandido (palavra que os bandidólatras, do alto de seu humanismo nada inocente, detestam).

No plenário da Câmara dos Deputados, as “saidinhas” foram extintas por ampla maioria de votos (311 a 98). Quem votou contra? As bancadas do PT e do PSOL foram unânimes contra. Apenas um deputado em cada bancada do PDT e PCdoB, e três no PSB divergiram dessa unanimidade da esquerda na votação.

Trata-se de algo tão óbvio, tão esperável, que quase dispensa comentários. No entanto, às vésperas de uma eleição nacional em que esses partidos têm candidatos, vale a pena sublinhar isto: o mesmo eleitor que, com razão, discorda das saidinhas e não quer moleza para bandidos, vota, aos milhões, para presidente da República, num descondenado que entrou para o circuito privilegiado dos políticos que enriqueceram.

Todo mundo sabe como isso aconteceu e como foi solto, mas fazem de conta que não sabem. Pelo que se viu na votação da saidinha, o voto dos criminosos brasileiros não é secreto.

 

  • Percival Puggina
  • 06 Agosto 2022

Percival Puggina

 

Leio na Revista Oeste

(...) É a primeira vez que todos os magistrados da Corte escrevem em uma mesma obra acadêmica. O lançamento acontece na próxima semana.

No livro, chamado Liberdades, Moraes discorre sobre a condição do candidato em período de campanha. O ministro assume a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no próximo dia 16 de agosto e será o responsável por liderar a Corte na eleição de outubro.

Alguns trechos do artigo de Moraes foram reproduzidos pela Folha de S.Paulo na última quinta-feira 28. No texto, o ministro sugere que deve estar atento à comunicação de candidatos durante a campanha eleitoral, que começa oficialmente em agosto.

 “Liberdade de expressão não é liberdade de agressão! Liberdade de expressão não é liberdade de destruição da democracia, das instituições e da dignidade e honra alheias! Liberdade de expressão não é liberdade de propagação de discursos de ódio e preconceituosos”, argumenta o ministro. (...)

O livro dos ministros do STF faz parte de um projeto do Instituto Justiça e Cidadania. O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti, assina a apresentação da obra.

*A íntegra da matéria pode ser lida aqui:

https://revistaoeste.com/politica/moraes-sugere-intervencao-contra-discurso-de-candidatos-em-novo-livro/

Comento

Verei emanar da Corte uma expressão coletiva de apreço à Liberdade? E ainda por cima no plural: Liberdades? Todas elas, refulgentes como espada de arcanjo? Espero sinceramente que sim e que tenhamos oportunidade de ler um ato de contrição do Supremo Coletivo.

O que mais ele nos tem brindado são expressões e decisões para calafetar liberdades com o carimbo da defesa do Estado Democrático de Direito. Enfim, ler para crer.

O que mais me desconforta é a informação de que o livro vem referendado  com apresentação do aquiescente presidente da OAB, que de modo tão eloquente chancela com seu silêncio as supremas truculências destes últimos anos.

 

  • Percival Puggina
  • 02 Agosto 2022

Percival Puggina

 

Leio em Epoch Times *

Trump avisa que algo pior do que a recessão está chegando

Tom Ozimek

 

O ex-presidente Donald Trump alertou que a economia dos Estados Unidos está a caminho de um desastre maior do que uma recessão. Seus comentários foram feitos pouco antes de as estatísticas do governo mostrarem o PIB negativo pelo segundo trimestre consecutivo, o que é uma definição prática para uma recessão.

“Para onde estamos indo agora pode ser um lugar muito ruim”, disse Trump em um comício no Arizona na semana passada. “Temos que colocar isso em ordem, temos que colocar este país em movimento, ou teremos um problema sério.”

O ex-presidente destacou o colapso dos salários reais dos americanos, uma taxa de participação da força de trabalho historicamente deprimida e a pressão democrata pelo New Deal Verde que, segundo ele, esmagaria o crescimento econômico.

“Não é recessão. Recessão é uma palavra bonita. Teremos um problema muito maior do que a recessão. Teremos uma depressão”, disse o ex-presidente.

Os comentários de Trump vieram vários dias antes de o Bureau of Economic Analysis (BEA) divulgar dados mostrando que o PIB real dos EUA caiu 0,9% anualizado no segundo trimestre, depois de contrair 1,6% no primeiro trimestre.

Dois trimestres consecutivos de crescimento negativo do PIB são uma definição comum para uma recessão, embora as recessões nos Estados Unidos sejam oficialmente declaradas por um comitê de economistas do National Bureau of Economic Research (NBER) usando uma definição mais ampla do que a regra de dois quartos.

Vance Ginn, economista-chefe da Fundação de Políticas Públicas do Texas, disse à mídia irmã do Epoch Times NTD em uma entrevista que, embora oficialmente seja o NBER que chama recessões, a regra de dois quartos é “geralmente como é feito por uma regra prática. ”

“Acho que é definitivamente uma recessão em que estamos agora por causa dessas más políticas”, acrescentou Ginn, culpando uma série de “políticas progressistas” vindas da Casa Branca e da Casa controlada pelos democratas.

* Leia mais em https://www.theepochtimes.com/mkt_morningbrief/trump-warns-something-worse-than-recession-is-coming_4619894.html

Comento

O populismo é uma distorção da política, quanto aos meios e aos fins, decorrente de processos de degradação cultural que fragilizam os valores, recusam princípios e degradam simetricamente a representação política. Tal representação sempre reflete a sociedade, agudizando o que nela exista de negativo e contraproducente. Eis por que devemos estar sempre atentos, como sociedade, aos mecanismos de controle do poder político.

Estamos a ver, infelizmente, as consequências da ascensão do populismo de esquerda nos Estados Unidos. Ela é favorecida pelo presidencialismo – importante sublinhar – em vista da concentração de expectativas e de interesses em uma só pessoa. Mesmo num país que percorreu a maior parte de sua história pautado pela descentralização característica do federalismo dos “founding fathers”, o presidencialismo vem arrastando Uncle Sam para males que são inerentes a esse sistema.

O esquerdismo avançou nos Estados Unidos. Utilizou para isso os mesmos canais empregados na infiltração da esquerda no Brasil. Com Biden, o “progressismo” fez na economia americana o estrago que a “mídia tradicional” do ministro Alexandre de Moraes acusava Bolsonaro de estar causando ao Brasil.

No entanto, enquanto os poderosos EUA entram em recessão com Biden e contemplam um horizonte de incertezas sob risco de uma bomba fiscal, o Brasil convive com o menor índice de desemprego dos últimos seis anos e inflação em queda, saiu da recessão  causada pela pandemia e o PIB cresce. Mesmo num cenário de desordem das cadeias mundiais de produção, nosso país é visto pelos organismos internacionais como uma das poucas exceções positivas entre as grandes economias mundiais.

O populismo de esquerda é um desastre, é como um tornado por onde passa. Se tem dúvida, dê uma lida nas propostas de Lula.

  • Percival Puggina
  • 30 Julho 2022

 

Percival Puggina

 

Leio no UOL (Grupo Folha)

Em seu novo relatório sobre a evolução econômica global, o Fundo Monetário Internacional (FMI) emitiu um aviso claro: as perspectivas de crescimento "estão inclinadas esmagadoramente para o lado negativo" e, se os riscos se concretizarem, poderão empurrar a economia mundial para uma das piores recessões em meio século. Entre as exceções estão o Brasil e o México.

Comento

Li a matéria do UOL, contendo avaliação positiva sobre a economia brasileira nestes tempos difíceis, esperando encontrar, a todo momento, aquela advertência: “disse o FMI, sem apresentar provas”...

Mas não veio. Talvez algum descuido tenha proporcionado esse “vazamento” de uma notícia internacional que traz desconforto à campanha do companheiro Lula, ou a cartilha da redação militante não faça alusão ao FMI como adversário a ser abatido. Enfim, os que torcem contra o Brasil e dizem defender a democracia e o Estado de Direito com arbitrariedades e supressão de liberdades estão vivendo dias de más notícias.

  • Percival Puggina
  • 28 Julho 2022

Percival Puggina

 

Leio no site da Agência Brasil

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial, ficou em 0,13% em julho. A taxa é menor que as de junho deste ano (0,69%) e de julho de 2021 (0,72%).

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou hoje (26), no Rio de Janeiro, que essa é a menor taxa mensal do IPCA-15 desde junho de 2020 (0,02%). O indicador acumula inflação de 5,79% no ano e de 11,39% em 12 meses.

(Íntegra da matéria da Agência Brasil, aqui.)

Comento

A turma que pisoteia na bandeira e chama os adversários de extremistas, lê essa notícia com pesar. “Puxa vida, que azar, logo agora!”, devem dizer.

Esquecem-se, mas eu não esqueço do imenso esforço e sacrifício da sociedade brasileira para que a economia nacional saísse da hiperinflação e entrasse nos trilhos. O aperto e as dificuldades decorrentes abriram caminho para a vitória de Lula em 2002.

O irresponsável colheu os frutos da estabilidade, beneficiou-se do ingresso da China no mercado mundial (de repente, meio bilhão de chineses se tornaram consumidores e a economia brasileira beneficiou-se enormemente com isso). Lula pensou que era uma espécie de rei Midas, que tudo que tocasse virava ouro e que a China continuaria a despejar centenas de milhões de novos consumidores no mercado, todos os anos.

Deu no que se viu. Em vez de poupar, o governo petista elevou o gasto público. O Estado inchou. Obras no Brasil e no exterior passaram a ser lançadas às pencas, com olho gordo nos comissionamentos. A corrupção cresceu acima do PIB. Aliás, passou a ser medida em percentagens do PIB.

Agora, contam com a repetição da estratégia. Desde o início, exploram as dificuldades causadas pela pandemia e, agora, pela guerra. Contam com a manutenção dessa realidade para colher o benefício do esforço nacional para vencê-las. Contam com a pouca memória do eleitor e torcem contra o Brasil para fazer tudo de novo. Estão anunciando exatamente isso.

Querem desfazer novamente com os pés o que outros fizeram com as mãos.

  • Percival Puggina
  • 27 Julho 2022