• 18/08/2014
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BABAQUICE NÃO TEM LIMITE

Percival Puggina


 Houve de tudo no velório de Eduardo Campos. Logo ele, uma pessoa bem educada, polida, teve um velório de anedota, onde houve de tudo. Visitantes posaram para selfies, a presidente Dilma levou as habituais vaias, uma repórter (como anda mal o nosso jornalismo!) saudou Marina Silva como "presidenta" e foi corrigida por ela que lhe retrucou - "Presidente!". Teve Lula ensopando de lágrimas seus sapatos de crocodilo (ou apenas as lágrimas eram de crocodilo?). E teve muita gente com o punho da mão esquerda erguido aos ventos, lembrando ideias que o neto do velho comunista Miguel Arraes deixara para trás havia um bom tempo.

 Esse gesto, de punhos erguidos não pode deixar de ser associado ao modo como os dois Josés, Dirceu e Genoíno, proclamados guerreiros, heróis do povo brasileiro, se manifestaram ao serem conduzidos para a penitenciária da Papuda.

 Pois foi esse mesmo gesto, comumente empregado por comunistas, marxistas e anarquistas, que os três filhos de Eduardo Campos tiveram a péssima ideia de fazer ao lado do caixão do pai, que Deus o tenha. E que coisa pior não nos sobrevenha.