• 22/07/2014
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CASO FORD NO RS. ENFIM A CONFISSÃO DO AUTOR.

 

 Terminou ontem uma das mais longas polêmicas da política estadual gaúcha. No dia 28 de abril de 1999, o governador Olívio Dutra encerrou os entendimentos que resultariam na implantação de uma montadora de veículos Ford no Rio Grande do Sul. A decisão favorável sobre o festejado projeto fora tomada no governo anterior. O contrato fora aprovado pela Assembleia Legislativa. Olívio Dutra e seu partido, recém chegados ao Palácio Piratini, tomados por espírito xenófobo, anti-americanista, decidiram renegociar todo o contrato. Olívio fez discurso contra a empresa. Proporcionou prolongados chás de banco a seus diretores. E, deliberadamente, tornou o Estado inadimplente. Após quatro meses disso, a FORD entendeu o recado, recolheu suas tralhas e foi embora. A partir de então, o PT e os porta-vozes do governo passaram a responsabilizar, sucessivamente, pelo ocorrido: 1) a empresa; 2) a crise da indústria automobilística mundial; 3) uma suposta decisão corporativa de levar a montadora para a Argentina; 4) o então presidente Fernando Henrique Cardoso, que teria concedido vantagens adicionais caso a Ford se radicasse na Bahia. O que os petistas nunca disseram é que, se o governo houvesse cumprido sua parte no contrato, a Ford, por força desse contrato, teria permanecido no Rio Grande do Sul. (segue ao lado)