• 14/07/2014
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DISPAROU PELA CULATRA

Interessante, muito interessante, as recentes estocadas recíprocas entre Aécio Neves e Dilma Rousseff. A presidente, tão logo a lufwaffe germânica bombardeou implacavelmente o arco defendido por Júlio Cesar, abriu a caixinha de sugestões e colheu de lá a ideia de que o governo poderia agir no sentido de promover uma modernização das estruturas do nosso futebol. O ministro Aldo Rebelo subiu o tom e falou em "intervenção indireta". Para a presidente, tratava-se de produzir um gesto que protegesse o governo contra possíveis desgastes políticos causados pelo fiasco.

Aécio Neves, ironizou a providência, afirmando que Dilma estava pretendendo criar a Futebras. O comentário se encaixa na linha estatizante do governo central, que jamais desaparece da retórica petista quando analisa seus adversários, embora, na prática do seu governo, comporte exceções. Dilma, por sua vez, retrucou afirmando que não pretendia criar qualquer Futebrax, numa alusão a Petrobrax, ideia para mudança do nome da Petrobras surgida durante o governo de FHC.

O fato serve para mostrar que, tanto na opinião do governo quanto da oposição, a Copa é tema com reflexos na eleição, revelando-se uma poderosa e onerosa arma política que disparou pela culatra.