Grupo extremista para ônibus na fronteira com a Somália, separa e executa não-muçulmanos. O ataque aconteceu no sábado, 22, e matou 28 pessoas
Vinte e oito passageiros de um ônibus identificados como não-muçulmanos foram executados neste sábado no nordeste do Quênia por extremistas somalis da organização islâmica radical Al-Shabaab , que reivindicaram o ataque como vingança pelo fechamento de quatro mesquitas em Mombasa esta semana. Na ocasião, a polícia invadiu duas mesquitas suspeitas de terem ligações com elementos islâmicos radicais.
Segundo declarações feitas à AFP pelo chefe da polícia do departamento de Mandera, Noah Mwavinda, os criminosos pararam o ônibus, levaram o veículo para longe da estrada e executaram os passageiros que não souberam citar versos do Alcorão.
"Havia cerca de 60 passageiros no ônibus (...) os milicianos armaram uma emboscada a 8 km da saída de Mandera, cidade localizada na fronteira com a Somália", relatou o policial.
Em entrevista à BBC, Adbikadir Mohammed (assessor direto do presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta) afirmou que o objetivo do atentado foi de criar um conflito entre os muçulmanos e não-muçulmanos nesse país. “O objetivo é uma guerra religiosa no Quênia”, constatou o assessor. Ele ainda pediu que os cidadãos de todas as religiões se mantivessem unidos contra o que ele qualificou de ‘crime atroz’.
A Cruz Vermelha do Quênia confirmou o registro de vítimas: 19 homens e 9 mulheres.