• 04/08/2014
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EDUCAÇÃO PARA O PETISMO

 

 Fez-me muito mal ler, hoje, a notícia de que o Conselho Estadual de Educação está elaborando "uma norma que pretende negar às escolas, sejam elas públicas ou privadas, a prerrogativa de suspender ou transferir alunos que transgridam normas disciplinares". O tema suscitou uma nota oficial do Sindicato do Ensino Privado (SINEPE/RS), publicada em Zero Hora desta segunda-feira. Na nota, o SINEPE informa que o fundamento jurídico da medida seria o direito de acesso e permanência na escola.

 É nisso que dá confiar poder político e, sobretudo, poder sobre o sistema educacional, ao Partido dos Trabalhadores. Na oposição, esse partido não deixa governar. No governo, faz esse tipo de coisa. Aplica, em tudo, a ideologia da destruição, que também poderia ser definida como manifestação de ego patológico, impulsionando para rupturas dos padrões culturais da sociedade em que tais indivíduos vivem.

 Tal ideologia não busca corrigir o que esteja mal ou de melhorar o que possa ser melhorado, mas de destruir tudo que sustenta a ordem social em que vivemos. A disciplina, certamente, é um desses sustentáculos. O leitor destas linhas provavelmente já leu autores que se aventuram à defesa das "suadáveis transgressões" praticadas por adolescentes. De repente, o que faz mal é bom e o que faz bem é mau. Disciplina faz bem, portanto, é coisa má e deve ser abolida.

Não estou extrapolando, nem "transgredindo" os limites da razoabilidade. Estou apontando a própria gênese dos movimentos sociais criados pelo petismo, das afeições manifestadas pela política externa petista, dos conceitos petistas sobre Segurança Pública, atividade policial, legislação penal, ocorrência de tumultos, e sobre o modo de tratar um aluno que desfere pontapés na diretora da escola. Nesse caso, trata-se de uma educação para o petismo.