Percival Puggina
Leio no Estadão:
“A desmoralização explícita de Paulo Guedes e de sua agenda liberal por parte do presidente deveria bastar para que o ministro afinal se desse conta da ‘venezuelização’ do governo e pedisse as contas”. Editorial deste 6 de março, com o título “Aprendiz de Chávez”...
COMENTO
Procurando por essa matéria me deparei com uma cerrada campanha da mídia militante empenhada em constranger Paulo Guedes a pedir demissão. Normalmente, mobilizações dessa natureza são decorrentes de interesses contrariados. Mas não é o caso. Não me consta que Paulo Guedes esteja atrapalhando negócios do setor. Então, por que essa mobilização uníssona, orquestrada e com regência? Logo num momento delicado da pandemia?
A resposta é sempre a mesma. O papel desempenhado por Paulo Guedes em meio a uma crise fiscal e às incertezas mundialmente plantadas em relação ao Brasil é importante para o governo. E se é importante para o governo, se é benéfico ao Brasil, se ajuda o país, então é ruim para eles e para seu projeto de afastar o presidente.
A esse ponto chegamos. Os piores fins justificam os piores meios.