• Percival Puggina
  • 24/12/2022
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Petrobras, vandalismo por controle remoto

 

Percival Puggina

Chegará um momento em que você acreditará que tudo acabou. Isso será o começo. (Louis L’Amour)

O excelente Guilherme Baumhardt, em sua coluna de hoje no Correio do Povo, escreve sobre a perda de valor da Petrobrás ao longo dos últimos dias. Eis o que diz:

A Petrobras já perdeu, desde que a verborragia petista teve início na equipe de transição, algo em torno de 200 bilhões de reais em valor de mercado. É quase o mesmo que uma Ambev e valor superior a Bradesco (183 bilhões), WEG (171 bilhões) e Santander (166 bilhões). Os números das demais companhias são de novembro.

Para quem diz que a Petrobras é nossa, não deixa de ser um tremendo contrassenso tratar tão mal assim algo que você considera que é seu. “Ah, mas eu não tenho ações da Petrobras. Isso não me afeta”. É uma frase recorrente. Verdade?

Sim e não. A perda de valor de mercado, de fato traz prejuízos aos donos dos papéis. Se você não está entre eles, não perdeu dinheiro.  Mas esse é o primeiro passo para o segundo problema, A empresa operar no prejuízo é o segundo passo. E aí, meu amigo, quer você queira, quer não, isso atinge você. Como o governo federal é o principal acionista, para tapar eventuais furos ou rombos, ou capitalizar a empresa (sem recursos devidos à descapitalização), é o dinheiro de seu imposto que vai parar lá. Isso sem falar sobre corrupção, tônica das gestões lulopetistas da empresa.

Segundo o TCU, em relatório divulgado em junho de 2020, foi de R$ 18 bilhões em reais de então o valor atualizado do prejuízo à empresa. Esse o total decorrente do cartelização entre licitantes às suas obras e aquisições com sobrepreço de 14,53%. O montante não inclui aditivos e estes podem mais do que duplicá-lo.

 Como se vê, por via remota, desde fora do governo, simplesmente falando e dizendo asneiras, a vandalização da Petrobrás já acarreta estrago 10 a 15 vezes superior às bilionárias bandalheiras da gestão lulopetista. Imagine se meterem a mão na massa.

Daquele período, não podemos ignorar os terríveis erros de gestão que, estes sim, alcançam valores muito superiores aos de que estamos tratando nestas linhas.