• Percival Puggina
  • 26/08/2021
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POLÍTICA NÃO SE DISCUTE?

 

Percival Puggina

 

Nota do Editor: Recebi de um leitor, atribuído a Roberto Nunes de Menezes, o texto do qual extraio o seguinte trecho:

No passado eu acreditava que brigar com alguém ou desfazer uma amizade por política era bobagem. Mas os anos foram passando e vi que não se tratava exclusivamente de política e sim de valores morais e éticos que estavam sendo substituídos por ideologias macabras, como criminalidade, recebimento sem mérito, aborto, uso de drogas ilícitas, promiscuidade sexual e principalmente comportamento anticristão.

A partir de então passei a entender que bobagem mesmo era brigar por causa de futebol, frio ou calor, preto, branco ou colorido, dia ou noite, inveja ou ciúmes. Motivos estes que em nada se confundem com que a organização criminosa chamada de políticos corruptos que nos rouba há décadas, desviando dinheiro de impostos os quais deveriam no mínimo ser investido na educação, saúde e segurança.

COMENTO

O que mais favoreceu a construção da hegemonia esquerdista no Brasil foi a atitude omissa de quem não participa de debates políticos.  Para tais cidadãos, os temas mencionados pelo autor acima podem gerar uma tensão inconveniente e eles, então, calam quando deveríam falar, aceitam em silêncio a contaminação ideológica da sala de aula pela pedagogia da militância, não resistem à infiltração esquerdista em entidades e instituições de que participam.

A hegemonia esquerdista não teria acontecido sem uma descomunal omissão de conservadores e liberais que confundem ser bem educado com ser cordato, como cordeiros polidos, no caminho do frigorífico para onde os querem levar.

Estamos revivendo as consequências dessa falsa polidez, dessa postura desastrosa. Mais uma vez, a esquerda está nos mostrando, não o caminho, nem os modos, mas o ânimo que não se abate com dificuldades nem com derrotas. Nem com pressões, nem com a destruição completa de sua presunçosa superioridade moral.