Os desvios de conduta e as acusações que pesam contra o ex-jogador de futebol Jardel, hoje deputado estadual pelo PSD/RS, trazem à superfície uma questão política mais importante do que o submundo pessoal das drogas, do alcoolismo e da vida libertina com que ele reiteradamente se envolveu.

Jardel recebeu mais de 40 mil sufrágios, ou seja, teve eleitores em número suficiente para lotar a maior parte dos estádios brasileiros. A pergunta que se impõe é esta: os eleitores de Jardel, em vista de sua vida pessoal, votariam nele para presidente do seu clube? Para tesoureiro? Para diretor de futebol? Claro que não! Entretanto, julgaram que ele, entre centenas de outros nomes, era figura certa para ocupar uma cadeira na Assembleia Legislativa e ali deliberar, entre outros temas, sobre finanças públicas, Educação, Saúde e Segurança de todos nós. Jardel tem graves problemas pessoais e merece comiseração. E seus eleitores têm o quê?

Se Jardel deve um pedido de desculpas ao povo gaúcho, e responder na Justiça pelo que fez, seus 41.227 eleitores também precisam ser convocados, em sua consciência cívica, a refletir sobre a precariedade de seus critérios de voto. A inconsciência do eleitor produz deputados como Jardel. E leva o país a governantes como os que conduzem a nação à alarmante realidade destes últimos anos.
 

Leia mais

EM RELATÓRIO, PF DIZ QUE CONSULTORIA DO FILHO DE LULA REPRODUZIU WIKIPÉDIA

Camila Bomfim da TV Globo, em Brasília

28/11/2015

EM RELATÓRIO, PF DIZ QUE CONSULTORIA DO FILHO DE LULA REPRODUZIU WIKIPÉDIA
Do G1
Luís Cláudio Lula da Silva é investigado pela Operação Zelotes, da PF.
Empresário recebeu R$ 2,5 mi de suspeito de atuar em fraude no Carf.

O relatório final da Polícia Federal (PF) sobre as investigações da Operação Zelotes – que apura fraudes em julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) – coloca sob suspeita o contrato de consultoria firmado entre uma das empresas de Luís Cláudio Lula da Silva, filho mais novo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e a Marcondes e Mautoni, escritório advocatício que, supostamente, participaria do esquema criminoso.
Segundo as investigações, a LFT Marketing Esportivo – de Luís Cláudio – recebeu R$ 2,5 milhões em pagamentos da Marcondes e Mautoni, banca de advogados especializada na representação de montadoras automotivas em entidades do setor, como a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos (Anfavea) e o Sindicato Nacional da Indústria de Veículos (Sinfavea).

A conclusão dos investigadores no relatório final do inquérito que investiga a suposta compra de três medidas provisórias para beneficiar montadoras de automóveis é de que a consultoria entregue por Luís Claúdio foi feita a partir da reprodução de material disponível na internet, e não de um trabalho próprio, desenvolvido pela empresa. No documento ao qual a TV Globo teve acesso, a PF chama a atenção para a "inexperiência" do filho de Lula para o trabalho prestado e para a "baixa complexidade" do estudo apresentado pela empresa dele.
"[No relatório de análise policial] confirmou-se, objetivamente, que o estudo produzido é baseado em meras reproduções de conteúdo disponível na rede mundial de computadores, em especial no site do 'Wikipedia'", diz trecho do inquérito.

A Wikipédia é uma enciclopédia virtual e gratuita alimentada por colaborações de usuários da internet. Atualmente, o site mantido pela Fundação Wikimedia possui mais de 30 milhões de artigos, dos quais cerca de 834 mil na língua portuguesa.

A banca de advogados de Marcondes é investigada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público por ter atuado de forma supostamente ilegal para aprovar a MP 471, que prorrogou benefícios fiscais de montadoras de veículos.
Quando surgiram as acusações, o advogado do filho caçula de Lula, Cristiano Zanin Martins, explicou que a LFT prestou serviços à Marcondes e Mautoni nos anos de 2014 e 2015 e, por este motivo, recebeu os valores que foram contratados. Ele prestaria a Marcondes consultoria técnica e assessoramento empresarial de marketing esportivo.
Nesta sexta, o G1 tentou contato com Zanin para comentar o relatório da PF, mas até a última atualização desta reportagem não havia obtido resposta.

 

Leia mais

Beltrame: "Estamos apreendendo fuzis AK-47 novos"

Secretário de Segurança Pública afirma que já circula no Rio de Janeiro um tipo mais moderno do Kalashnikov, armamento usado por terroristas em Paris

Matéria da revista Época, por Hudson Correa 

A polícia do Rio de Janeiro apreendeu 202 fuzis entre janeiro e junho de 2015, ou seja, mais de um fuzil por dia. Essa média de apreensão vem desde 2012, mas os criminosos continuam a ostentar as armas de guerra, indicando que o tráfico de fuzis não só não arrefeceu, como se ampliou. O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, afirma que já circula no Rio de Janeiro um novo tipo de fuzil Kalashnikov (Ak-47), cuja origem seria a Venezuela. Estima-se que 250 mil pessoas sejam mortas por ano em diversos conflitos no mundo com uso do AK-47, de fabricação originalmente russa. Na semana passada, os terroristas que atacaram Paris utilizaram o Kalashnikov para alvejar suas vítimas. Beltrame afirma que as armas ilegais chegam pelas fronteiras do Brasil, principalmente com o Paraguai. Na falta de maior fiscalização do governo federal, ele defende mudanças na legislação para punir com mais rigor os criminosos.

ÉPOCA – O problema está nas fronteiras ou no desvio de armas no Rio?
José Mariano Beltrame – São as fronteiras. Não tenha dúvidas. Neste ano, nós não apreendemos pistolas ou fuzis desviados da Polícia Militar ou da Polícia Civil. A CPI das Armas, na Assembleia Legislativa, (que investiga desvio nos quartéis e delegacias), é válida e apoiamos, mas as coisas são publicadas aos pedaços. Por exemplo, a munição da companhia da PM do Palácio Guanabara, sede do governo do Estado, foi usada em treinamentos e não, desviada. Eu me lembro de que meses atrás sumiram 28 pistolas ou revólveres do Batalhão de Choque. As armas estavam na escola de tiro na formação de cadetes. Também foram encontradas. O nosso problema é que o controle não é eletrônico, mas feito por meio de anotações em papel que às vezes some.

ÉPOCA – De onde vêm os fuzis?
Beltrame – Normalmente vêm do Paraguai. Agora, nós temos Kalashnikok que são novos. Não é mais o cabo de madeira, mas o de polímero. É uma versão nova. Não é daquela leva que entrou aqui após a guerra de Moçambique e Angola. Eu sei que a Venezuela fez uma grande compra de fuzis. Não sei se 20 mil ou 30 mil unidades. Informação da Inteligência me diz que esses fuzis são distribuídos de maneira aleatória para os amigos do governo venezuelano. Não sabemos se entram no Brasil pela Amazônia ou se chegam pelo Paraguai também. Nós estamos pegando aqui fuzis novos, Ak-47. E essa arma tem uma peculiaridade que ninguém leva em conta: ela precisa de uma munição própria, 762 por 39. Então, trazem o fuzil e sua munição.

ÉPOCA – Os terroristas que atacaram Paris usaram o Ak-47...
Beltrame – Pois é. Com três Ak-47 mataram 70 pessoas. Agora, nós pegamos um fuzil por dia aqui no Rio.

ÉPOCA – O atentado de Paris muda algo no esquema de segurança das Olimpíadas de 2016?
Beltrame – Não. Absolutamente. Até porque, é bom dizer isso, a questão de terrorismo no Brasil é tratada pela Polícia Federal, Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Ministério da Defesa. Nós aqui no Rio somos de força de resposta. Trabalhamos apenas sob uma demanda. Recebemos algumas análises que a Abin faz e nos envia. Depois desse atentado, não mudou o parâmetro de demanda contra o terror no Rio.

ÉPOCA – A grande quantidade de fuzis nas mãos de bandidos não aumenta a preocupação com a segurança dos jogos?
Beltrame – Primeiro, a gente tem uma preocupação com armas, não (especificamente) com armas para (eventual ataques) nas Olimpíadas. Depois de ver as dificuldades que as instituições têm de controlar as nossas fronteiras, eu parti para algo mais efetivo que possa nos dar uma resposta rápida: a alteração do Estatuto do Desarmamento para penalizar de maneira mais forte quem estiver usando armas de uso restrito, como fuzis, metralhadoras e explosivos, sejam industrializados ou de fabricação caseira. No momento em que o Congresso Nacional aprovar, nós podemos aplicar a lei principalmente aqui no Rio de Janeiro, pois nós estamos apreendendo um fuzil e cinco pistolas por dia.

ÉPOCA – Até agora que resposta objetiva o senhor teve do governo federal sobre reforço de segurança nas fronteiras?
Beltrame – Objetivamente, alegam que fazem operações na fronteira envolvendo o Exército. Eu não posso ficar parado, então partir para mudar a legislação. No momento em que pegamos uma pessoa com fuzil e condenamos a oito anos em regime fechado, vão pensar duas vezes antes de ter uma arma de uso restrito.
 

Leia mais

OPERAÇÃO LAVA JATO ESTÁ "PREGANDO NO DESERTO", DIZ SÉRGIO MORO

Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil

24/11/2015

http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2015-11/operacao-lava-jato-esta-pregando-no-deserto-diz-sergio-moro


O juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância da Justiça Federal, disse que a operação “é uma voz pregando no deserto”. A afirmação foi feita no fim da tarde de hoje (23) durante o Fórum Aner (Associação Nacional dos Editores de Revistas) de Revistas 2015, ocorrido no Hotel Renassaince, em São Paulo.

Segundo ele, a Lava Jato, que ainda está em andamento, mostrou “indícios de corrupção sistêmica, profunda e penetrante no âmbito da administração pública” do país e, apesar disso, de acordo com Sérgio Moro, não houve respostas "institucionais" diante da insatisfação popular contra a corrupção.

“No caso da Petrobras, por exemplo, há indícios que todos os grandes contratos envolviam o pagamento de propina. O nível de deterioração da coisa pública é extremamente preocupante”, disse. “A quantidade de pessoas nas ruas revelou insatisfação e não tivemos respostas institucionais mais relevantes”, acrescentou.

Para o juiz, a corrupção não será exterminada por operações como a Lava Jato ou por ações com a Penal 470 (processo do mensalão), mas com mudanças nas instituições. “Não vai ser a Operação Lava Jato que vai resolver o problema da corrupção no país. Não serei eu que resolverei isso. Não foi a Ação Penal 470 que resolveu o problema da corrupção no Brasil. Mas o que nós, como cidadãos, vamos fazer a partir de agora? Para isso, precisamos ter melhora nas nossas instituições, e não vejo isso ocorrendo de forma alguma”, disse.

COMENTO

Quanto já escrevi sobre esse modelo institucional ficha-suja, cuja principal utilidade é proteger o poder e não a sociedade! Com esse modelo institucional, o Estado de Direito se afasta da democracia e cria uma "república" de corporações que se auto-protegem e que são qualquer coisa menos república.

 

Leia mais

 

Vencem na tarde deste sábado dois prazos para a retirada dos manifestantes pró-impeachment acampados no gramado defronte ao Congresso Nacional.

O primeiro desses prazos foi dado pelos presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Eduardo Cunha.Determinação que expediram em conjunto estabeleceu como tempo limite para permanência o final da tarde deste sábado (21).

O segundo ultimato foi proporcionado pelo truculento presidente da CUT, Vagner Freitas. Durante o 3º Congresso Nacional da Juventude do PT, sob aplausos da "galera", ele chamou os manifestantes de "coxinhas" e disse que se "não forem (embora), nós vamos lá e tiramos eles".

Há um acampamento de petistas em outra ala da Esplanada. Eles falam pelos 7% dos brasileiros que apoiam a presidente.

 

Leia mais

 

 A presidente da república, durante a reunião do G-20, na Turquia, afirmou que a criação da CPMF seria um estímulo à economia e não um tributo para elevar as despesas. "Não é para gastar mais; é para crescer mais" esclareceu. Pinóquio concorda. "E o grilo falante, não diz coisa alguma?" perguntará o leitor. Ora, meu caro, o grilo morreu, vai para mais de 12 anos.

 Ao ler a notícia lembrei-me daquela confusão envolvendo o currículo da presidente durante sua primeira campanha eleitoral. Ao fim das contas, ela não tinha, como economista, as titulações que lhe eram atribuídas, como mestre e doutora porque não concluíra, nos dois cursos, as teses necessárias para apresentação, defesa e, posterior, adjudicação dos respectivos títulos.

 Ouvir-se de uma economista que um novo imposto vai produzir desenvolvimento é disparate que não se diz nem mesmo diante de crianças sem produzir risadinhas. Se fosse boa essa estratégia "desenvolvimentista", que suprimirá da sociedade recursos no montante de R$ 38 bilhões, melhor ainda seria elevar bastante a alíquota, para obter muito mais desenvolvimento.

O que o governo pretende com a CPMF é buscar, no bolso e na capacidade de consumo dos cidadãos, o dinheiro que jogou fora em demagogias para eleger-se em 2014. A CPMF é dinheiro para tapar buraco, cobrir despesas já feitas, diminuir o déficit. Os pacientes que se danem. E os impacientes, também.
 

Leia mais