POPULARIDADE DE DILMA CAI PARA UM DÍGITO

Com informações de Veja, Globo e Estadão.

12/03/2015

 

Quando o ex-presidente Collor estava com o pé virado para a porta de saída do Palácio do Planalto, acossado por um processo de impeachment, sua popularidade bateu em 15%, segundo lembrou Merval Pereira em sua coluna de hoje. 

Pesquisas internas do Palácio do Planalto mostram que os índices de ótimo e bom da presidente Dilma caíram para um dígito (a matéria fala em 7%). Em outras palavras, acenderam-se todas as luzes vermelhas nos painéis dos publicitários do governo .

Neste momento, o que mais estaria tirando o sono de Dilma é o fato de que tão alarmantes indicadores são medidos antes das marchas do próximo domingo.

O jornal O Estado de São Paulo, no Fórum dos Leitores, publica nota enviada pela leitora Elinana França Leme, comentando a vaia recebida pela presidente  ao inaugurar o Salão Internacional da Construção. "Viu, dona  Dilma, no que deu fazer o diabo para ganhar as eleições? Acha que valeu a pena? Valeu mentir, iludir o povo, enganá-lo maquiando índices, postergando medidas para não atrapalhar sua popularidade? Valeu caluniar os oponentes? Claro que não, pois nada vale à pena quando a alma é pequena." 

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MAIÔ DE SAIOTE

07/03/2015

 

 A lista do Janot, recentemente divulgada, deixou muita gente de queixo caído. Que diabos de lista é essa em que quase todos os denunciados são ou foram parlamentares do PP? O juiz Sérgio Moro e as revelações até aqui feitas dão como certo que havia um rateio entre três partidos, o PT, o PMDB e o PP, sendo que a parte do leão ficava, obviamente, com o primeiro, na proporção de dois para um. Essa lista, portanto, é maiô de saiote. Não mostra quase nada. E menos ainda o essencial.

 Ela só pode ser entendida como a primeira de outras. O que dá uma dimensão da tragédia moral instalada nas instituições da República. Não pré-julgo os acusados, entre os quais tenho amigos, do partido ao qual fui filiado até 2013. Espero que as acusações não procedam. Se sim, que arquem com as consequências.

 Tenho como fato, porém, que vivemos sob um modelo institucional que estertora. Num ciclo que chega ao fim. Sob um governo que sequer poderia ter começado.
 

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Matéria da revista Época diz: "O presidente do PT, Rui Falcão, tenta mobilizar os partidos de esquerda do Uruguai, da Bolívia, do Chile, de Cuba (nesse caso, o partido é só um) e da Venezuela (é quase só um) contra as manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. Eis o discurso de Falcão: “A tese do impeachment não encontra respaldo nem jurídico nem político. Nunca é demais lembrar os golpes institucionais recentes no Paraguai e em Honduras. Fiquemos alertas, companheiros, pois o imperialismo tanto se vale da força bruta como recorre às instituições republicanas para depor governos populares”.

 

Esse conduta é mais uma evidencia da completa perda de senso de realidade e ausência de referências morais que caracteriza o governo petista. Rui Falcão refere duas interferências absurdas do governo brasileiro em decisões constitucionais e autônomas de nações amigas. Em ambas - Honduras e Paraguai - o Brasil se postou ao lado dos companheiros que presidiam aqueles países e contra o povo e as instituições de um e de outro. O governo brasileiro mostrou total dedicação às pessoas daqueles dois presidentes e nenhum apreço as respectivas nações. Ao contrário, comportou-se como um país imperialista e intervencionista. Intrometeu-se com "cachorros pequenos". Não faria o mesmo com "cachorros grandes". E há um nome bem feio para isso.

 

Fosse apreço à democracia e seus valores, o comportamento do governo petista em relação aos governos da Venezuela e de Cuba seria bem outro. Mas não pretendamos ensinar coerência a quem se atrapalha com decência.
 

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A matéria a seguir é do Valor Econòmico de 23/02. Mostra  números assustadores gerados pela irresponsabilidade fiscal do governo brasileiro nos últimos anos. É desse desdém aos procedimentos de gestão saudável, é essa teimosa adesão ao que chamam "resistência ao neoliberalismo", é essa anunciada disposição de "não se renderem à lógica do mercado", que nos levou à crise atual. Ela nos nivela aos países mais irresponsáveis da comunidade internacional. Por tudo isso, como inorma a matéria do Valor Econômico:

Déficit nominal dobra e passa a ser um dos maiores do mundo

O déficit nominal do Brasil mais do que dobrou entre 2013 e 2014. Ao aumentar de - 3,25% para - 6,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no período, passou a ser um dos mais altos entre os países acompanhados pela Economist Intelligence Unit (EIU): só perde para os do Japão (-8%), Egito (-12%) e Venezuela (-12,7%). A EIU, área de estatística do grupo que publica a revista "The Economist", faz projeções e monitora dados de 57 países, além da zona do euro.

O resultado nominal é a diferença entre receitas e despesas totais do setor público, já considerando o pagamento de juros. Ao reduzir a poupança que o governo faz para pagar o serviço da dívida, o Brasil passou a ter um resultado fiscal pior que o de países que estiveram no centro da crise da dívida na Europa, como Grécia (-4%) e Espanha (-5,6%).

Depois de um ajuste bastante forte nos últimos anos, alguns países, que tinham resultados bem piores que o brasileiro, hoje se encontram em nível mais confortável, como é o caso dos Estados Unidos, com déficit de 2,8% no ano passado.

Para economistas, é difícil projetar uma melhora expressiva do déficit nominal neste ano, mas ele tende a caminhar para um nível um pouco mais confortável com o ajuste fiscal em curso. De acordo com a mediana das projeções do boletim Focus, a expectativa é de resultado nominal negativo em 4,5% do PIB neste ano.

Para Zeina Latif, economista-chefe da XP Investimentos, o país não passa por uma crise de solvência e tem a possibilidade de desvalorizar o câmbio, o que torna a situação diferente da enfrentada pelos países europeus. De qualquer forma, afirma, há "nitidamente a recomendação de conter excessos" cometidos na política fiscal nos últimos anos. "Não temos um problema de solvência, mas a questão é arrumar a casa, já que a política fiscal está atrapalhando, e não ajudando o crescimento."

A economista lembra que o déficit nominal só não foi pior porque o governo federal "empurrou" algumas despesas para 2015. "Mas do ponto de vista do impulso fiscal, o número foi ainda mais baixo, e ajuda a explicar por que a inflação no Brasil é tão teimosa", diz Zeina.

Alberto Ramos, diretor de pesquisa econômica para América Latina do Goldman Sachs, afirma que em grande parte o déficit fiscal do ano passado aumentou muito por causa da redução do resultado primário, que saiu de um superávit de 1,9% para um déficit de 0,6% do PIB, com deterioração tanto no governo central quanto nos Estados e municípios.

Ao mesmo tempo, com poupança menor e aumento da Selic, a conta de juros paga pelo governo federal aumentou para 6% do PIB no ano passado, maior nível desde agosto de 2008 (6,12% do PIB). Em dezembro de 2013, esse gasto representava 5,14% do produto, segundo dados do Banco Central.

Para Ramos, mais do que elevar a poupança pública, a equipe econômica precisa se concentrar na qualidade do ajuste fiscal. Por enquanto, afirma ele, o aumento de impostos anunciado e o provável corte de investimentos pouco contribuem para o crescimento do país.

Felipe Salto, especialista em contas públicas, faz ponderação semelhante. Com a provável retração da economia em 2015, diz, elevar tributos pode ser "um tiro pela culatra", já que reduz a renda disponível e mina, em parte, a capacidade de arrecadação do governo.

Segundo Salto, o governo precisa ir além do foco no superávit primário e dar atenção ao resultado nominal nas contas públicas, "um problema para o país no médio prazo, que piorou muito no ano passado em particular, mas que já vinha em deterioração há algum tempo".

O déficit nominal, diz, é importante justamente porque reflete também as despesas com juros, bastante relevantes no caso brasileiro. Além disso, pressiona o resultado em conta corrente, que no ano passado mostrou um déficit de 4,2% nas transações do Brasil com o exterior.

Para Salto, o país precisa de medidas de contenção de gasto, e não apenas aumento de impostos, além de reformas que melhores as expectativas para a economia. "Os empresários precisam de alguma sinalização de que o país vai voltar a crescer."


 

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Um grupo de auto proclamados intelectuais redigiu e (creiam!) subscreveu um manifesto segundo o qual:


1. a Petrobras está sob ataque dos que a querem privatizar;
2. a Operação Lava Jato está "dizimando" as empresas; e
3. o governo Dilma vive sob a ameaça de um golpe.


Leia mais sobre esses despautérios no blog do mais bem remunerado propagandista do governo petista, o jornalista Luis Nassif. Aqui: http://jornalggn.com.br/noticia/manifesto-em-defesa-da-legalidade.

 

  • Subscrevem o "virtuoso" documento

Alberto Passos Guimarães Filho; Aldo Arantes; Ana Maria Costa; Ana Tereza Pereira; Cândido Mendes; Carlos Medeiros; Carlos Moura; Claudius Ceccon; Celso Amorim; Celso Pinto de Melo; D. Demetrio Valentini; Emir Sader; Ennio Candotti; Fabio Konder Comparato; Franklin Martins; Jether Ramalho; José Noronha; Ivone Gebara; João Pedro Stédile; José Jofilly; José Luiz Fiori; José Paulo Sepúlveda Pertence; Ladislau Dowbor; Leonardo Boff; Ligia Bahia; Lucia Ribeiro; Luiz Alberto Gomez de Souza; Luiz Pinguelli Rosa; Magali do Nascimento Cunha; Marcelo Timotheo da Costa; Marco Antonio Raupp; Maria Clara Bingemer; Maria da Conceição Tavares; Maria Helena Arrochelas; Maria José Sousa dos Santos; Marilena Chauí; Marilene Correa; Otavio Alves Velho; Paulo José; Reinaldo Guimarães; Ricardo Bielschowsky; Roberto Amaral; Samuel Pinheiro Guimarães; Sergio Mascarenhas; Sergio Rezende; Silvio Tendler; Sonia Fleury; Waldir Pires.

É bom ler toda a matéria no site indicado para conhecer o estrago que essa ideologia faz no caráter das pessoas.
 

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Reproduzo na íntegra porque subscreveria integralmente este texto de "O antagonista" : 

http://www.oantagonista.com/posts/sergio-moro-duro-de-matar

Brasil 18.02.2015

Os encontros secretos entre o advogado administrativo José Eduardo Cardozo, ocupador do Ministério da Justiça, e os defensores das empreiteiras do Petrolão levaram o juiz Sergio Moro a estender a prisão preventiva dos empreiteiros Ricardo Pessoa, da UTC, e Eduardo Hermelino Leite, Dalton Avancini e João Auler, todos os três da Camargo Corrêa. O argumento de Sergio Moro é perfeito do ponto de vista legal: está demonstrado que as empreiteiras tentam interferir nas investigações.

Disse Moro, no seu despacho:

a) "Existe o campo próprio da Justiça e o campo próprio da política. Devem ser como óleo e água e jamais se misturarem. A prisão cautelar dos dirigentes das empreiteiras deve ser discutida, nos autos, perante as Cortes de Justiça."

b) "Intolerável que emissários dos dirigentes presos e das empreiteiras pretendam discutir o processo judicial e as decisões judiciais com autoridades políticas. Mais estranho ainda é que participem desse encontros, a fiar-se nas notícias, políticos e advogados sem procuração nos autos das ações penais."

c) "Não socorre os acusados e as empreiteiras o fato da autoridade política em questão ser o ministro da Justiça. Apesar de a Polícia Federal, órgão responsável pela investigação, estar vinculada ao ministério, o ministro da Justiça não é o responsável pelas ações de investigações."

d) O ex-ministro do STF Joaquim Barbosa "bem definiu a questão ao dizer que, se você é advogado em um processo, deve recorrer ao juiz, nunca a políticos."

e) "A mera tentativa por parte dos acusados e das empreiteiras de obter interferência política em seu favor no processo judicial já é reprovável, assim como foram as aludidas tentativas de cooptação de testemunhas, indicando mais uma vez a necessidade da preventiva para garantir a instrução e a aplicação da lei penal e preservar a integridade da Justiça contra a interferência do poder econômico."

Sergio Moro, o estrategista, evitou atirar em José Eduardo Cardozo neste momento, atribuindo tudo à empreita bandida e aos seus advogados eriçados. Moro, o enxadrista, sabe como jogar. Moro, duro de matar, é o nosso herói.

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