Pe. José Eduardo
Nota do editor: Este texto contém duas breves reflexões do sacerdote sobre aborto. Ambas me foram enviadas por terceiros. O título e a imagem foram escolhidos por mim para fins de edição no site.
As pessoas não são mais capazes de diferenciar o que é uma mera condenação retórica do aborto de um efetivo combate político ao mesmo.
Uma condenação retórica é apenas a declaração de "ser contra" o aborto, desaprová-lo moralmente, dizer que não o faria... Isso até um abortista é capaz de fazer.
O efetivo combate político ao aborto consiste em lutar para que os abortistas não cheguem ao poder e impedi-los por todos os meios possíveis de alcançar os seus objetivos.
A retórica serve apenas para nos mostrarmos bonzinhos; no final, é só uma demonstração de vaidade. O combate político visa atingir metas, não é apenas uma paróquia esquálida e vazia.
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Esse papinho, de que a mudança da legislação sobre o aborto compete ao poder legislativo, ignora completamente os indevidos avanços do STF nessa matéria, avanços que estão sendo desinibidos neste momento pelas ações do atual chefe do executivo et caterva.
Não tenham dúvida: caso a presidência do Senado seja ocupada por um cúmplice do atual status quo, não terminaremos o semestre sem que o aborto tenha sido descriminalizado.
Claro! Tudo com aquele isentismo que se esconde por detrás da alegação de democracia e não sem aquela lamentação de prostituta traída, característica de "católicos, só que não", que é apenas obsceno teatrinho que esconde a conivência fria e consciente com os agentes da morte (pra eles, isso tudo é fixação delirante).
Percival Puggina
O excelente jornalista Claudio Humberto, em sua Coluna CH de ontem 9 de janeiro no Diário do Poder, conta sobre as manifestações de desagrado nas hostes petistas quanto à conduta do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, em suas responsabilidades na proteção dos prédios dos três poderes durante os acontecimentos do dia anterior.
A nota de CH salienta ter o próprio ministro, no sábado, declarado caber à Força Nacional de Segurança a tarefa de “impedir o protesto bolsonarista na Esplanada dos Ministérios, dispensando na prática a experiente Polícia Militar do Distrito Federal, uma das melhores do País”. Para os petistas, acrescenta a matéria, “Dino foi ingênuo ao confiar nas providências de Anderson Torres, ex-ministro de Bolsonaro, para garantir segurança na Esplanada”.
Agora me digam se não tenho razão ao sentir vontade de repetir o bordão do senador Magno Malta: “Mamãe me acode!”. Quanto mais a gente examina os fatos do dia 8, mais transparece a infiltração e mais tudo fica com jeito de cena de crime previamente montada...
Goleiro ruim entrega o time. Principalmente na política, onde as possibilidades de defesa devem ser cuidadosamente examinadas antes.
Como sabem meus leitores, este site tem importante e elegante apoio publicitário da Florense, modelar empresa brasileira, “nascida e criada” na charmosa cidade gaúcha de Flores da Cunha e que, há anos, ombreia com as maiores e melhores do mundo na produção de mobiliário de altíssima qualidade.
Sempre que vou a Flores da Cunha me encanta conviver com esse ânimo ao mesmo tempo empreendedor nas ações do presente, de preservação das raízes culturais da empresa e de projeção para o futuro, como transparece da Floweek, que inicia na noite deste domingo e se estende até quarta-feira (08/02). Com o jantar de abertura, a Florense recepciona todos os franqueados de suas 64 lojas – 50 no Brasil e 14 no exterior (Estados Unidos e América Latina) – para o jantar de abertura da FloWeek, evento que se estenderá até quarta-feira.
Além da abordagem de todos os temas relativos ao dia a dia da rede, o ponto alto será a apresentação da Casa Florense. Instalada na Fábrica 1, no centro de Flores da Cunha, a Casa Florense propõe uma imersão no universo da marca, resgatando sua história e projetando seu futuro.
As intervenções são percebidas ainda na parte externa, com o restauro da primeira fachada da empresa. O tour pelos ambientes internos inicia-se no espaço Galeria, com uma instalação assinada pelo cenógrafo José Marton, que apresenta de forma lúdica toda a cultura da Florense, seu DNA, filosofia e trajetória. A história se materializa em peças antigas originais resgatadas de clientes, produzidas desde 1953, e num rico acervo de fotos e catálogos.
Chega-se, então, a um showroom que traz os lançamentos da marca para 2023. Fechando o tour, o espaço Inside apresenta um novo e promissor modelo de operação da empresa, que será revelado em primeira mão presencialmente. Aqui, um mergulho no metaverso da Florense se transforma uma experiência futurística única.
* Com release de Quadrante Sul Publicidade
Percival Puggina
31/12/2022
Percival Puggina
A guilhotina jurídica continua em pleno funcionamento. Ceifam-se meios de comunicação como se ceifaram cabeças nas guilhotinas do jacobinismo francês. Qualquer coincidência é mera semelhança.
Em tempos atuais de comunicação, suprimir de alguém seu acesso às plataformas, sempre disponíveis para quem comete esse abuso, é transformar essa pessoa numa não pessoa, impedindo-a de trabalhar, obrigando-a a emigrar (mudar-se para alguma outra plataforma no exterior). O sujeito vai para o exílio da comunicação. Quantos brasileiros estão nessa situação? Qual a repercussão disso em suas vidas? Qual razão foi apresentada a elas para tais excessos? Que dizem seus advogados?
Eu não monetizo. Portanto, não escrevo em causa própria. Aliás, sim, escrevo em causa própria porque sou cidadão e toda injustiça praticada contra alguém incide também sobre mim, que vivo numa polis.
Por isso, em vão procuro quem tenha assistido, lido ou ouvido na “mídia tradicional” matéria analítica, com substância e abrangência, quantitativa e qualitativa, sobre essa pena sem lei chamada “desmonetização”, seus fundamentos e/ou abusos nas plataformas das redes sociais, por si mesmas ou por ordem do nosso jacobinismo judicial. Sempre sob silêncio servil que acometeu a dita “mídia tradicional” brasileira.
Percival Puggina
Enquanto a direita se permite lidar com visões de mundo, conceito de pessoa humana, valores morais, relação entre o estado e o indivíduo, a esquerda mergulha de cabeça em estratégias para o poder; as pautas da direita também lhe dizem respeito, mas sempre na perspectiva de sua estratégia até o poder.
Graças a essa determinação e a esse foco, esquerdistas podem desenhar um cronograma de decisões judiciais em instância máxima para tirar Lula da cadeia e posicioná-lo no partidor da corrida presidencial. É o uso do poder de Estado para um projeto político perante o qual tudo mais flexiona a coluna vertical e cede passagem.
Portanto, quando Lula, Haddad e seu braço direito Gabriel Galípolo falam na criação de uma moeda comum para a América do Sul, o eixo dessa reflexão é muito mais político do que econômico. Tem a ver com formação de bloco, com a consolidação do momento comunista vivido pelos países da região, tem a ver com causar dano aos interesses norte-americanos e tem a ver com aquilo que ficou bem evidente durante os últimos quatro anos quando as bandeiras do Brasil tomaram as ruas: o antinacionalismo que caracteriza a esquerda ao longo de sua história.
Dessa vertente vem a ideia sempre repetida da “Pátria Grande”. Quando Lula, há alguns meses, falando num evento petista, gravou mensagem de apoio à candidatura do “companheiro” Gustavo Petros na Colômbia, ele fez o auditório repetir com ele, em coro, palavra por palavra, o que dizia. E o que afirmava, em sucessivos mantras, era a possibilidade que se abriria com sua própria eleição e a de Petros, junto com outras vitórias esquerdistas, de concretizar a “integração política, econômica e cultural” do continente. Bye Bye Brasil?
Todas as experiências ibero-americana de integração travam nas instabilidades políticas, na corrupção e nos ciclos recessivos, depressivos e espirais inflacionárias que marcam, no ritmo de cada um, a vida dos povos da região. O próprio Mercosul tem febre cada vez que a Argentina adoece e resolve alterar suas alíquotas de importação. Venezuela, Bolívia, Equador, Cuba e Nicarágua, em 2010, criaram o SUCRE (Sistema Unificado de Compensação Regional), como meio de troca entre os países da região. O SUCRE andou devagar até que a Venezuela adoeceu de vez.
A ideia de criar o SUR é tola, mas sempre é bom interpretar devidamente as tolices do adversário. Elas nos revelam seus objetivos de poder: obviamente esse bloco seria comandado pelo PT valendo-se do maior peso econômico do Brasil.
Percival Puggina
Chegará um momento em que você acreditará que tudo acabou. Isso será o começo. (Louis L’Amour)
O excelente Guilherme Baumhardt, em sua coluna de hoje no Correio do Povo, escreve sobre a perda de valor da Petrobrás ao longo dos últimos dias. Eis o que diz:
A Petrobras já perdeu, desde que a verborragia petista teve início na equipe de transição, algo em torno de 200 bilhões de reais em valor de mercado. É quase o mesmo que uma Ambev e valor superior a Bradesco (183 bilhões), WEG (171 bilhões) e Santander (166 bilhões). Os números das demais companhias são de novembro.
Para quem diz que a Petrobras é nossa, não deixa de ser um tremendo contrassenso tratar tão mal assim algo que você considera que é seu. “Ah, mas eu não tenho ações da Petrobras. Isso não me afeta”. É uma frase recorrente. Verdade?
Sim e não. A perda de valor de mercado, de fato traz prejuízos aos donos dos papéis. Se você não está entre eles, não perdeu dinheiro. Mas esse é o primeiro passo para o segundo problema, A empresa operar no prejuízo é o segundo passo. E aí, meu amigo, quer você queira, quer não, isso atinge você. Como o governo federal é o principal acionista, para tapar eventuais furos ou rombos, ou capitalizar a empresa (sem recursos devidos à descapitalização), é o dinheiro de seu imposto que vai parar lá. Isso sem falar sobre corrupção, tônica das gestões lulopetistas da empresa.
Segundo o TCU, em relatório divulgado em junho de 2020, foi de R$ 18 bilhões em reais de então o valor atualizado do prejuízo à empresa. Esse o total decorrente do cartelização entre licitantes às suas obras e aquisições com sobrepreço de 14,53%. O montante não inclui aditivos e estes podem mais do que duplicá-lo.
Como se vê, por via remota, desde fora do governo, simplesmente falando e dizendo asneiras, a vandalização da Petrobrás já acarreta estrago 10 a 15 vezes superior às bilionárias bandalheiras da gestão lulopetista. Imagine se meterem a mão na massa.
Daquele período, não podemos ignorar os terríveis erros de gestão que, estes sim, alcançam valores muito superiores aos de que estamos tratando nestas linhas.