Humberto Pinho da Silva
Todos asseveram que Portugal está diferente. Não sei se para melhor ou pior. Se evoluiu, no aspecto moral, se involuiu.
Certo é que está diferente, com: estradas magnificas, luxuosos hotéis, eventos sem fim, congressos e festivais...
As cidades pululam de turistas de várias nacionalidades. A mocidade está mais culta – instruída, – mas quiçá, menos educada e mais violenta.
O número de analfabetos – em geral respeitadores, aprendeu a ler ou faleceram. Concluindo: a Nação encontra-se muito melhor, do que no século passado.
Mas, as famílias? Serão mais felizes? É o que vamos ver:
A fundação Francisco Manuel dos Santos realizou recentemente estudo, para se conhecer como se encontra a Família Portuguesa:
Segundo a pesquisa, apurou-se:
O agregado familiar era, em média, em 2021 – 2,7 pessoas.
A idade de casar, era em 2021 – 34,3 anos, para homens, e 33 para as mulheres.
CASAMENTOS
Em 2019, realizam-se: 33.272, na Igreja e no Civil:
Não católicos, em 2021, foram 71,5% da população.
União de Facto, foram 729.800, em 2011.
Ou seja: 8,1% da população com mais de 15 anos.
União do mesmo sexo: 677, em 2019.
DIVÓRCIOS
Houve cerca de 17.000, em 2020. Sendo 8490 de casamentos civis e 8692 de casados na Igreja.
Como se conclui, neste estudo, a situação da Família Portuguesa é o resultado da desagregação constante da Família, devido, certamente, à descristianização da sociedade e ao premente combate à Família, pelos meios de comunicação social.
Eis, em suma, o retrato atual da Família Portuguesa.
Percival Puggina
E segue a dança dos números nas pesquisas presidenciais, num ambiente de pouco crédito e grande interesse. Contraditório? Sim, é verdade. Uma coisa não bate com a outra. Felizmente, porém, temos um grande número de institutos de pesquisa. Imaginem o que aconteceria numa situação de monopólio ou de oligopólio, como existe entre os grandes grupos de comunicação do país. É esse oligopólio, aliás, que repercute com maior intensidade as pesquisas mais favoráveis ao ex-presidiário.
A lista abaixo sintetiza os últimos dados coletados nacionalmente para as intenções de voto dos dois candidatos que lideram a disputa.
Sigma 12/08
Bolsonaro 37,5%
Lula 28,2%
Gerp 05/09
Bolsonaro 39,0%
Lula 37,0%
Futura 08/09
Bolsonaro 41,8%
Lula 35,7%
Veritá 10/09
Bolsonaro 43,6%
Lula 41,9%
FSB PTG Pactual 12/09
Bolsonaro 35,0%
Lula 41,0%
Ipec 12/09
Bolsonaro 31,0%
Lula 46,0%
Paraná 13/09
Bolsonaro 36,5%
Lula 39,6%
Quaest 14/09
Bolsonaro 34,0%
Lula 42,0%
Brasmarket 15/09
Bolsonaro 30,5%
Lula 43,5%
Datafolha 15/09
Bolsonaro 34,0%
Lula 45,0%
Pessoalmente, prefiro acreditar no poder de mobilização que vejo nas ruas do país em favor da reeleição do presidente do que na falta de entusiasmo da militância esquerdista e no acanhamento do próprio candidato, um inequívoco prisioneiro de seu sentimento de culpa.
Percival Puggina
A Gazeta do Povo, na edição de 15 de outubro, passa scanner em “12 aberrações jurídicas do inquérito contra empresários, que segue em andamento”.
Doze, dúzia redonda. Desconsiderações ao devido processo suficientes para encher uma sacola de feira, selecionadas peça por peça sob olhos baços dos demais membros do coletivo supremo. E nenhum deles dá um tapa na mesa, joga a balança defeituosa no chão e diz “Chega!”? Ao contrário, o ministro que transformou a Casa em delegacia de polícia à moda antiga é festejado com pompas imperiais por misteriosos méritos.
A excelente matéria da Gazeta (cuja íntegra pode e deve ser lida aqui) analisa de modo minucioso as seguintes 12 aberrações.
1. O inquérito cria no Brasil os crimes de opinião e de cogitação,
2. Operação contra empresários é equiparável à polícia de pensamento de regimes autoritários,
3. Moraes estaria usando a técnica da pescaria probatória,
4. Moraes não aguardou posicionamento do PGR sobre as ações,
5. Moraes está violando o sistema acusatório,
6. Moraes feriu o princípio da inércia do Judiciário,
7. Moraes aceitou o pedido feito por uma parte ilegítima,
8. STF ignorou os diversos pedidos de arquivamento dos inquéritos relacionados às fake News,
9. Medidas como apreensão de objetos e quebra de sigilo não podem ser tomadas no primeiro dia de uma investigação,
10. Um inquérito não pode ser instaurado e conduzido pelo STF,
11. Não existe crime de “fake news”,
12. Advogados dos investigados nos inquéritos ainda não têm acesso completo aos autos.
Nenhum dos atuais ministros endossaria qualquer dessas atitudes se tomadas por um juiz de comarca! O CNJ abriria processo contra magistrado que agisse desse modo.
Ontem, o ministro ativista liberou as contas bancárias de investigados visto que transcorrido o 7 de setembro não havia mais necessidade de manter essas contas bloqueadas. Que coisa delirante!
Justiça numa tribo txucarramãe deve ser menos voluntarista e mais ritualista.
* Leia mais sobre o assunto em https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/12-aberracoes-juridicas-do-inquerito-contra-empresarios-que-segue-em-andamento/
No último dia 8 de setembro, ainda embalado pelas emoções da véspera, fui a Santiago, próspero município do Centro Ocidental Sul-Rio-Grandense. A convite do Sindicato Rural e por sugestão de seu grupo feminino, falei sobre a influência da Revolução Cultural e seus agentes na formação das posições políticas da sociedade brasileira. Nenhuma vitória política será consistente se não produzir efeitos positivos no nível de informação da sociedade, não elevar seus padrões éticos e não infundir amor à pátria comum. Isso significa reverter a longa passividade graças à qual, sem encontrar resistência, foram sendo destruídos os fundamentos da nossa civilização.
O Brasil vive um momento decisivo e tem papel central nesse embate.
Percival Puggina
A imprensa militante destacou como acintosa e imprópria a ausência do presidente da República na posse de Rosa Weber no comando supremo do Supremo. Bolsonaro se fez representar por Paulo Guedes.
Cabe bem, aqui, o provérbio: “Tanto vai o cântaro à fonte que um dia lá deixa a asa”. Essa asa se partiu há bom tempo. Alguém pode achar saudável que o noticiário político seja absorvido por atos do STF, no entanto, um pouco de juízo basta para perceber, nisso, sintoma de grave enfermidade. Trata-se de algo totalmente anômalo. E cansativo.
A política não pode ser polarizada por um poder sem voto. Eminentes juristas, ex-ministros do Supremo, jornalistas bons e experientes advertem para os malefícios causados por tão claro desvio de rota.
Se fez presente, o STF, nas festividades oficiais do 7 de setembro? Não. No caso, para a mesma imprensa militante, foi tudo como tinha que ser. Atende, o STF, algum pedido do presidente? Não. Mas também nisso está tudo bem para os plantonistas da mídia engajada.
Pouco antes da posse, a ministra Rosa Weber indeferiu o pedido da PGR para que se encerrassem os inquéritos abertos contra o presidente da República como decorrência do relatório da espalhafatosa e politiqueira CPI da Covid. O órgão titular da ação penal pública disse não ter encontrado motivos consistentes para dar continuidade às investigações. A ministra, mesmo assim, reproduz o padrão do poder que passaria a presidir: dane-se o ministério público.
Manter inquéritos abertos no Supremo virou uma espécie de porte ostensivo de arma destravada...
Em outras palavras, a ministra optou por desacreditar a PGR e atribuir maior valor ao denuncismo desvairado de Renan Calheiros, um senador de má reputação, que em 14 de setembro de 2021 tinha nove inquéritos abertos no STF. Mas, aparentemente, nada disso tem algo a ver ou dá razões para a tão reprovada polarização...
Carta de D. Leopoldina ao Príncipe D. Pedro
"Pedro, o Brasil está como um vulcão. Até no paço há revolucionários. Até oficiais das tropas são revolucionários. As Cortes Portuguesas ordenam vossa partida imediata, ameaçam-vos e humilham-vos. O Conselho de Estado aconselha-vos para ficar. Meu coração de mulher e de esposa prevê desgraças, se partirmos agora para Lisboa. Sabemos bem o que tem sofrido nossos pais. O rei e a rainha de Portugal não são mais reis, não governam mais, são governados pelo despotismo das Cortes que perseguem e humilham os soberanos a quem devem respeito. Chamberlain vos contará tudo o que sucede em Lisboa. O Brasil será em vossas mãos um grande país. O Brasil vos quer para seu monarca. Com o vosso apoio ou sem o vosso apoio ele fará a sua separação. O pomo está maduro, colhei-o já, senão apodrece. Ainda é tempo de ouvirdes o conselho de um sábio que conheceu todas as cortes da Europa, que, além de vosso ministro fiel, é o maior de vossos amigos. Ouvi o conselho de vosso ministro, se não quiserdes ouvir o de vossa amiga. Pedro, o momento é o mais importante de vossa vida. Já dissestes aqui o que ireis fazer em São Paulo. Fazei, pois. Tereis o apoio do Brasil inteiro e, contra a vontade do povo brasileiro, os soldados portugueses que aqui estão nada podem fazer.
Leopoldina"
* Reproduzido da página de “História do Brasil” no Facebook, onde foi publicada por iniciativa de Marcelo Pereira Nunes.