(Originalmente publicado em polibiobraga.blospot.com)

Os analistas, jornalistas, políticos e até gente bem intencionada como o ex-ministro Joaquim Barbosa, fizeram leitura reducionista e boba sobre o modo recorrente como a maioria dos deputados incluiu a família como influências decisivas para os votos que deram.

As citações de filhos, netos, pais, mostra que a ampla mobilização de opinião pública desde 2013 penetrou nas famílias, mas demonstra sobretudo que os valores familiares são preponderantes na Câmara dos Deputados, bem ao contrário do que defendem arrivistas canalhas como o deputado hermafrodita Jean Willys, para os quais a família tradicional é um lixo, como também são lixos os valores sociais protegidos pelas leis e pela Constituição. É assim que também pensam os renegados sociais que foram à tribuna para saudar líderes políticos que durante toda a vida defenderam a implantação de ditadura feroz e comunista no Brasil, como foram os casos de Carlos Marighela e Carlos Lamarca. Essa gente está toda alojada no PT, PCdoB e PSOL.

Os psolentos, petistas e comunistas foram derrotados com humilhação neste domingo.

Citar os familiares, não foi por emoção ingênua, mas porque os familiares exigiam que votassem de uma maneira e o deputado provou à família que estava votando como tinha prometido.


 

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O PRINCÍPIO DO MAL MENOR

Conselho Pontifício para a Família

17/04/2016

NOTA DO EDITOR

Julguei conveniente transcrever estes esclarecimentos diante da natural perplexidade que cerca muitas análises da decisão que a Câmara dos Deputados deve adotar na tarde de hoje, 17/04. É natural que as pessoas se indaguem sobre a escolha entre um governo liderado pelo PMDB que até bem poucos dias esquentava as costas do PT no Congresso Nacional. Afinal, muitos peemedebistas fizeram ou fazem parte da Organização Criminosa que opera no Brasil desde 2003. É perante essa perplexidade que, a meu modo de ver, se aplicam as considerações abaixo, extraídas de um documento bem maior (Lexicon) elaborado pelo Conselho Pontifício da Família. Não pode haver dúvida sobre qual o maior dos males postos à mesa das opções e sobre a obrigação moral de rejeitá-lo.

***

O que chamamos de "princípio do mal menor" pode ser expresso, em sentido amplo, da seguinte maneira: diante de males inevitáveis é preciso escolher o menor.

[...] Tem dois campos de aplicação: o genérico, da prática, e o específico, da ética da decisão. Num primeiro sentido (amplo), o princípio do mal menor significa que, prevendo males inevitáveis, é preferível permitir o menor, escolhendo-o para evitar o mal maior. Num segundo sentido (mais restrito), o princípio do mal menor significa que, quando todas ou cada uma das possíveis decisões a serem tomadas são, realmente negativas e não existe alternativa para tomar uma decisão, é preciso optar pela menos negativa.

No primeiro sentido, o mal menor se refere às conseqüências derivadas de uma decisão numa situação que obriga a fazer uma escolha; sendo essa situação inevitável, escolhe-se a conseqüência menos prejudicial. No segundo sentido, refere-se, ao contrário , à decisão em si mesma, que se revela problemática no momento em que qualquer decisão é negativa; nessa situação de perplexidade, é preciso decidir-se por aquilo que parece menos mal. Em ambos os sentidos a aplicação desse princípio tem limites relacionados com os chamados "absolutos morais" ou com as ações desordenadas em si próprias.

[...] Aristóteles coloca o problema do mal menor no contexto da justiça. A justiça é uma certa proporção; quem é injusto atribui a si mesmo mais do que lhe é devido, e, quem é vítima de injustiça, recebe menos bens do que lhe caberia. Em relação aos males (entendido aqui não como mal moral, mas como aquilo que deve ser suportado como adversidade) acontece o contrário: "O mal menor, em relação a um mal maior, está situado na categoria de bem. Pois um mal menor é preferível a um mal maior. E aquilo que é preferível sempre é um bem, e quanto o mais preferível este seja maior bem é" (Ética a Nicômaco V.3). O mal menor portanto, é preferível não porque seja um bem objetivo, mas sim porque o bem que se perde com o mal maior é mais valioso. O mal menor, em Aristóteles, é consequência de uma decisão justa.

 

Conselho Pontifício para Família, Lexicon, Roma 2002

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- Em 2015 o Regime Geral de Previdência Social (INSS) destinado aos trabalhadores de segunda classe (empresas privadas) com 99,6 milhões de participantes (contribuintes e beneficiários) gerou um déficit previdenciário da ordem de R$ 78,9 bilhões.

- Em 2015 o Regime Próprio da Previdência Social destinado aos trabalhadores de primeira classe (servidores públicos) – União, 26 estados, DF e 2067 municípios mais ricos, com apenas 9,6 milhões de participantes (contribuintes e beneficiários) gerou um déficit previdenciário da ordem de R$ 114,3 bilhões.

- Essa bomba relógio foi montada de longa data, e até hoje, sem nenhuma indignação da sociedade brasileira, agora somente nos resta assistirmos a falência total do sistema, começando pelos estados e municípios (já fazendo parte das manchetes atuais da imprensa) o do INSS que já vem falindo paulatinamente de longa data, ou seja: se aposenta com um valor em salários mínimos, e em 10 anos o segurado está recebendo a metade do valor em salários mínimos. E a União, como sempre o Brasil foi um país totalitário e centralizador (nossa democracia é meia-sola), jamais será atingida.

www.ricardobergamini.com.br

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Cesar Maia

1. A imprensa informa que a ordem de votação na Câmara de Deputados, relativa ao Impeachment de Dilma, será pelos Estados e de Sul em direção ao Nordeste. Segundo essas matérias, como os votos a favor do impeachment são maiores no Sul e assim por diante e menores no Nordeste, a votação avançaria com vantagem para os pró-impeachment. E assim criaria um ambiente favorável e estimulante para aqueles que ainda estiverem indecisos.

2. Um importante antecedente a respeito aconteceu na convenção do PSD de 10 de fevereiro de 1955 para a escolha do candidato a presidente. JK, governador de Minas Gerais, surgia como candidato. Mas o líder mineiro Benedito Valadares, ex-governador, espalhava ruído nos bastidores que não era o candidato ideal.

3. JK foi um governador muito próximo ao presidente Getúlio Vargas. Mesmo após o suicídio de Getúlio essa marca se mantinha. A polarização Getulistas x AntiGetulistas alcançou o auge em 1954, até seu suicídio. O nome de JK, colocado como pré-candidato a presidente, gerou reações dentro e fora do PSD.

4. O jornal O Globo publicou editoriais sistemáticos -de capa- assinados por seu controlador, tentando mostrar os riscos de uma candidatura de JK, pois esta seria a continuidade explícita de Getúlio Vargas.

5. O resultado futuro da Convenção do PSD continuava indefinido, mesmo com a Convenção muito próxima. O presidente do PSD –Amaral Peixoto- genro de Getúlio Vargas e íntimo deste, naturalmente assumiu a candidatura de JK. Mas a insegurança em relação aos VOTOS ABERTOS na Convenção era muito grande.

6. O fator decisivo era o voto de Benedito Valadares e dos delegados de Minas Gerais que o acompanhavam. Como os adversários de JK não eram de Minas Gerais, Amaral Peixoto adotou uma tática para levá-lo à vitória. Em vez da votação ser por Estado –que independente do sentido colocava Minas Gerais no meio da votação- Amaral Peixoto, com seu poder de presidente do PSD, abriu a sessão.

7. Ao definir as regras para a votação, surpreendeu e disse que a votação nominal seria delegado a delegado independente do Estado, e obedeceria a ordem alfabética. Dessa forma, Benedito Valadares seria dos primeiros a votar e não poderia votar contra o candidato de Minas Gerais. Fechou a cara e votou por JK. Isso levou todos os delegados mineiros a acompanhar seu voto. Não havia como realizar reuniões paralelas no meio da votação. Criou-se o ambiente de vitória para JK.

8. Venceu JK, que passou a ser candidato a presidente pelo PSD. Amaral Peixoto narra este episódio no livro Amaral Peixoto, editado pela FGV. A partir daí as regras da sequência dos votos nas Convenções e no Legislativo passaram a ser elemento significativo para o resultado de votações indefinidas.
 

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TEMPO DE DESVARIO

J. R. GUZZO

11/04/2016

J.R.Guzzo

(Trecho do artigo publicado na edição impressa da Veja)

 

Nunca houve uma campanha tão frenética a favor da corrupção como a que se faz agora sob o comando de Lula, e que está à vista de todos com o bombardeio contra as investigações em andamento no Poder Judiciário - especialmente contra o juiz Sergio Moro, acusado de nazista, bandido, conspirador decidido a eliminar o estado de direito no Brasil e daí para baixo. Nunca um governo recorreu tanto à cesta das soluções cretinas como o atual; seu último feito, aí, é a tentativa de obter 'apoio internacional' contra o impeachment de Dilma e futuros processos penais em que Lula possa ser réu. Nesse caso já não se trata de estupidez - é desvario. Cinco minutos depois de tomar posse, um novo governo que venha a substituir Dilma já será reconhecido por todas as nações, salvo, talvez, por uma Venezuela qualquer. É bom não contarem com Cuba: hoje o herói de lá é Barack Obama, não Lula, e o grande projeto cubano é dar-se bem com os Estados Unidos.

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CHICO BUARQUE CHAMA ATO PRÓ-DILMA DURANTE VOTAÇÃO DO IMPEACHMENT

Congresso em Foco e comentário meu

08/04/2016

 

 

(Publicado originalmente em www.congressoemfoco.uol.com.br)

Convocação também feita por Wagner Moura, Leonardo Boff, Fernando Morais e Eric Nepomuceno diz que tentativa de afastar Dilma é “golpe de Estado” movido por “aventureiros do desastre” e “ressentidos da derrota”

Em manifesto divulgado nesta terça-feira (5), cinco figuras conhecidas do meio artístico e intelectual brasileiro convocam para uma manifestação em defesa da democracia no próximo dia 11, às 17h, na Lapa, no Rio de Janeiro. No mesmo dia e horário, está prevista a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff pela comissão especial da Câmara, em Brasília. Para eles, o processo de impeachment é um “golpe de Estado” movido pelos “ressentidos da derrota” e pelos “aventureiros do desastre”. O texto é assinado pelo compositor e cantor Chico Buarque, pelo ator Wagner Moura, pelo teólogo Leonardo Boff e pelos escritores Fernando Morais e Eric Nepomuceno.

Os cinco alegam que, embora tenham opções ideológicas, políticas e eleitorais diversas, estão unidos em defesa de uma causa. “Nos une, acima de tudo, a defesa do bem maior: a democracia. O respeito à vontade da maioria. O respeito à diversidade de opiniões.”

No texto, eles reconhecem que o impeachment é um mecanismo constitucional, mas criticam o “uso indevido e irresponsável” da Constituição para amparar o afastamento de Dilma. “E é precisamente por isso, pelo respeito à Constituição, escudo maior da democracia, que seu uso indevido e irresponsável se constitui em um golpe branco, um golpe institucional, mas sempre um golpe. Quando não há base alguma para a sua aplicação, o que existe é um golpe de Estado.”

COMENTO

Enquanto o PT na oposição usava pedido de impeachment como corneta, formulando 50 pedidos de impeachment contra todos os presidentes que o antecederam, os "ressentidos da derrota" perderam três eleições e não usaram desse instrumento constitucional exceto na quarta, por sobradas e conhecidas razões.

Os supostos intelectuais signatários dessa convocação lixam-se para o Brasil e para a situação do povo brasileiro. Falam nele na condição de seres extraterrestres. Que sabem de desemprego? Quanto tempo esperam para um exame médico especializado? Qual sua experiência com a sensação de insegurança? De hospitais públicos e de SUS? Quais preços de artigos de consumo conhecem? Quanto lhes pesa a inflação? Que entendem de desemprego? Quais deles não se abastecem nas tetas gordas dos projetos culturais? Que prejuízo lhes causa o assalto promovido pela Orcrim?

Fariseus! Falsários do patriotismo! Democratas adoradores de Fidel Castro! "Esquerda Caviar"! "Socialistas de I-Phone e de carrão"! Defensores de bandidos!
 

 

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