O MASSACRE DE KATYN

Carlos I. S. Azambuja

19/03/2015

Foi em setembro de 1939, há 76 anos!

Para as novas gerações, o acidente geográfico "Katyn" não diz nada, pela simples razão de que seus professores, jornais e outras mídias tomaram todas as precauções necessárias para evitar que essa palavra lhes dissesse alguma coisa.

Em setembro de 1939 a Polônia foi derrotada, depois de ter sido invadida simultaneamente pelos nazistas, a Oeste, e pelos aliados destes, os comunistas, a Leste. Como recompensa aos seus amigos soviéticos pela preciosa ajuda, Hitler lhes outorgou então uma zona de ocupação de duzentos mil quilômetros quadrados. A partir da derrota da Polônia, os soviéticos massacraram nessa zona, sob as ordens escritas de Stálin, vários milhares de oficiais poloneses prisioneiros de guerra - mais de 4 mil em Katyn (perto de Smolensk), local onde foi descoberto posteriormente um dos mais famosos ossários, além de outros 21 mil em vários locais. Deve-se adicionar a essas vítimas cerca de 15 mil prisioneiros soldados comuns, provavelmente mortos por afogamento no Mar Branco. Perpetrados em poucos dias segundo um plano preestabelecido, esses assassinatos em massa de poloneses vencidos, exterminados pelo simples fato de serem poloneses, constituem indiscutíveis crimes contra a humanidade, e não apenas crimes de guerra, já que a guerra, para a Polônia, havia terminado.

Segundo a Convenção de Genebra, a execução de prisioneiros de um exército regular, que combatem uniformizados, constitui crime contra a humanidade, sobretudo depois que o conflito já terminou. A ordem de Moscou era para suprimir todas as elites polonesas: estudantes, juízes, proprietários de terras, funcionários públicos, engenheiros, professores, advogados e, certamente, oficiais.

Quando esses ossários poloneses foram descobertos, o Kremlin imputou os crimes aos nazistas. A esquerda ocidental naturalmente se apressou em obedecer aos ditames do mestre. Não se pode dizer que toda a esquerda não-comunista tenha sido servil. Mas grande parte dos que tinham dúvidas permaneceram muito discretos, em uma atitude que era mais de lamento perplexo do que de agressividade categórica.

Durante 45 anos, afirmar em voz alta que era possível que os soviéticos fossem culpados - pela simples razão de que os crimes haviam sido cometidos na zona de ocupação soviética e não alemã - classificaria o autor da afirmação imediatamente entre os obsessivos "viscerais" do anticomunismo "primário". Eis que em 1990, graças a Gorbachev e sua glasnost, o Kremlin reconheceu sem rodeios atenuantes, em um comunicado da Agência Tass, que "Katyn foi um grave crime do período stalinista". Em 1992, em conseqüência de um princípio de inventário nos arquivos de Moscou, divulgou-se um relatório secreto datado de 1959, de Chelepin, então chefe da KGB. Ele dá conta de "21.857 poloneses de elite, fuzilados em 1939 sob as ordens de Stalin".
No link abaixo Você verá os corpos empilhados em valas comuns.
http://www.youtube.com/watch?v=uTipYEWfdOc

* Historiador


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[Este artigo foi escrito com dados extraídos do livro A Grande Parada de Jean-François Revel, editado em 2001 pela Biblioteca do Exército]. 
 

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MIMIMI DE MILITANTE COMUNISTA TRABALHANDO PARA A ONU

Brasil Post | De Thiago de Araújo

16/03/2015


(Digo eu: Paulo Freire nunca pretendeu outra coisa que não fosse formar agentes de transformação para uma sociedade comunista. Portanto, a faixa estava corretíssima. Esse cavalheiro e seus discípulos vêm esterilizando a Educação brasileira há décadas! Ela só vai tomar jeito e servir ao desenvolvimento humano, social e econômico do Brasil quando Paulo Freire for para o arquivo das utopias danosas e frustradas, junto com outras tantas "boas ideias" das quais o inferno está cheio). Abaixo a matéria conforme redigida pelo militantezinho a serviço da ONU.

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Após faixa pedir um ‘basta de Paulo Freire', ONU divulga mensagem aos que dispensam ensinamentos de Paulo Freire

Em meio a uma coleção de faixas estapafúrdias que ilustraram uma parte dos protestos contra a presidente Dilma Rousseff (PT) neste domingo (15), uma chamou a atenção: “Chega de doutrinação marxista. Basta de Paulo Freire”.

Para quem não sabe, o pernambucano Paulo Freire foi um educador e filósofo brasileiro e que possui influência na educação não só no Brasil, mas em todo o mundo, tendo sido homenageado por instituições como Harvard, Cambridge e Oxford. Desde 2012, ele é considerado o Patrono da Educação Brasileira.

Conhecido pela sua ‘pedagogia da libertação’, a qual estava relacionada a uma visão marxista do Terceiro Mundo, Freire foi preso durante a ditadura militar e teve a publicação de algumas de suas obras barrada pelo regime que durou 21 anos (entre 1964 e 1985) no Brasil.

A ONU aproveitou a rejeição de parte dos manifestantes deste domingo às contribuições de Freire para publicar, em sua página do Facebook, uma frase conhecida do educador. E ela elucida bem o que ele dizia com a educação ser “um ato político”.

 

http://www.brasilpost.com.br/2015/03/16/faixa-contra-paulo-freire_n_6877442.html?ncid=fcbklnkbrhpmg00000004
 

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QUANDO A MÁ INTENÇÃO É EXCESSIVA

Percival Puggina

14/03/2015

Quando a má intenção é excessiva, até os bobos percebem. Estive lendo algumas matérias de jornais sobre as ditas manifestações de ontem, sexta-feira. Registram os eventos com coloridas estampas onde dominam as bandeiras vermelhas e informam um número estimativo de participantes. Esclarecem que as pautas principais eram a defesa da Petrobras, direitos trabalhistas e preservação do mandato da presidente Dilma. Corretamente, as matérias divulgam que o público era formado, em sua totalidade, por gente da CUT, MST e assemelhados. Bastava olhar as bandeiras para saber isso.

 Havia, porém, outros fatos acontecendo simultaneamente. E o silêncio sobre eles se enquadra na situação a que aludi na primeira frase deste artigo. Quem são essas pessoas que não percebem a contradição intrínseca ao que postulam? Não foi a presidente cujo mandato defendem quem detonou a Petrobras e agora quer lhes suprimir direitos? Quem são essas pessoas que em plena tarde de sexta-feira estão disponíveis para atender convocação de sua entidade e se deslocar para determinado ponto de concentração? Uma vida tão sem compromissos laborais em dia útil seria, no meu modo de ver, mais compatível com "coxinhas". Classes "trabalhadoras" dispensadas de trabalhar? Por quem, cara-pálida?

 Tem mais. O telefone celular e, em especial os iphones, conjugados com as redes sociais, parecem ainda não detectados por muitos profissionais da mídia. Hoje, cada cidadão, com um aparelho desses, é parte de uma agência de notícias onipresente. E enquanto os "do ramo" se atinham à ramagem dos fatos, pessoas comuns, de iphone em mãos, falavam com taxistas, conversavam com os atendentes de restaurantes e bares, registravam onde iam, como se alimentavam e quais as rotinas adotadas por aqueles a quem a mídia denominava manifestantes.

 Pelo Twitter, me informavam sobre os taxistas, a quem os portadores de bandeiras vermelhas pediam recibos das corridas (alguém, portanto, estava custeando aquela modorrenta espontaneidade). Pelo Face me mostravam fotos de coordenadores de grupos distribuindo dinheiro aos participantes e de grupos almoçando em restaurante caro de um shopping de Belo Horizonte. Ali, os manifestantes manifestaram bom apetite e bom gosto, consumindo três garrafas de vinho cujo preço unitário excederia R$ 100. E venha a bendita nota fiscal. Por e-mail, chegavam fotos mostrando filas nas sorveterias imperialistas do Mc Donalds. Via Face, relatos de atendentes de bares e restaurantes que gastaram canetas e talonários fornecendo recibos individuais para cada item consumido. Por e-mail, recebi short clips de manifestantes do MST marchando em filas paralelas de modo a parecerem muitos, sendo poucos, interrompendo o trânsito e criando confusão sem qualquer comunicação positiva com a sociedade (que eles, aliás, foram ensinados a rejeitar). Mas nada disso parece ter sido visto por quem, em tese, teria o dever profissional de estar observando, registrando e comunicando.

 Essa informação deficiente não é inócua. Ela transmite a ideia de duas manifestações antagônicas e semelhantes, ainda que em quantitativos diversos (como necessariamente terá que ser registrado domingo). Contudo, são eventos incomparáveis. Um é manipulado, com participantes remunerados e pautas que se contradizem. O outro é amplamente democrático, vai quem sente que deve, no uso de sua liberdade, por amor ao Brasil e com o desejo de dar um basta à sordidez que se apoderou de nossas instituições.
 

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POPULARIDADE DE DILMA CAI PARA UM DÍGITO

Com informações de Veja, Globo e Estadão.

12/03/2015

 

Quando o ex-presidente Collor estava com o pé virado para a porta de saída do Palácio do Planalto, acossado por um processo de impeachment, sua popularidade bateu em 15%, segundo lembrou Merval Pereira em sua coluna de hoje. 

Pesquisas internas do Palácio do Planalto mostram que os índices de ótimo e bom da presidente Dilma caíram para um dígito (a matéria fala em 7%). Em outras palavras, acenderam-se todas as luzes vermelhas nos painéis dos publicitários do governo .

Neste momento, o que mais estaria tirando o sono de Dilma é o fato de que tão alarmantes indicadores são medidos antes das marchas do próximo domingo.

O jornal O Estado de São Paulo, no Fórum dos Leitores, publica nota enviada pela leitora Elinana França Leme, comentando a vaia recebida pela presidente  ao inaugurar o Salão Internacional da Construção. "Viu, dona  Dilma, no que deu fazer o diabo para ganhar as eleições? Acha que valeu a pena? Valeu mentir, iludir o povo, enganá-lo maquiando índices, postergando medidas para não atrapalhar sua popularidade? Valeu caluniar os oponentes? Claro que não, pois nada vale à pena quando a alma é pequena." 

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MAIÔ DE SAIOTE

07/03/2015

 

 A lista do Janot, recentemente divulgada, deixou muita gente de queixo caído. Que diabos de lista é essa em que quase todos os denunciados são ou foram parlamentares do PP? O juiz Sérgio Moro e as revelações até aqui feitas dão como certo que havia um rateio entre três partidos, o PT, o PMDB e o PP, sendo que a parte do leão ficava, obviamente, com o primeiro, na proporção de dois para um. Essa lista, portanto, é maiô de saiote. Não mostra quase nada. E menos ainda o essencial.

 Ela só pode ser entendida como a primeira de outras. O que dá uma dimensão da tragédia moral instalada nas instituições da República. Não pré-julgo os acusados, entre os quais tenho amigos, do partido ao qual fui filiado até 2013. Espero que as acusações não procedam. Se sim, que arquem com as consequências.

 Tenho como fato, porém, que vivemos sob um modelo institucional que estertora. Num ciclo que chega ao fim. Sob um governo que sequer poderia ter começado.
 

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Matéria da revista Época diz: "O presidente do PT, Rui Falcão, tenta mobilizar os partidos de esquerda do Uruguai, da Bolívia, do Chile, de Cuba (nesse caso, o partido é só um) e da Venezuela (é quase só um) contra as manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. Eis o discurso de Falcão: “A tese do impeachment não encontra respaldo nem jurídico nem político. Nunca é demais lembrar os golpes institucionais recentes no Paraguai e em Honduras. Fiquemos alertas, companheiros, pois o imperialismo tanto se vale da força bruta como recorre às instituições republicanas para depor governos populares”.

 

Esse conduta é mais uma evidencia da completa perda de senso de realidade e ausência de referências morais que caracteriza o governo petista. Rui Falcão refere duas interferências absurdas do governo brasileiro em decisões constitucionais e autônomas de nações amigas. Em ambas - Honduras e Paraguai - o Brasil se postou ao lado dos companheiros que presidiam aqueles países e contra o povo e as instituições de um e de outro. O governo brasileiro mostrou total dedicação às pessoas daqueles dois presidentes e nenhum apreço as respectivas nações. Ao contrário, comportou-se como um país imperialista e intervencionista. Intrometeu-se com "cachorros pequenos". Não faria o mesmo com "cachorros grandes". E há um nome bem feio para isso.

 

Fosse apreço à democracia e seus valores, o comportamento do governo petista em relação aos governos da Venezuela e de Cuba seria bem outro. Mas não pretendamos ensinar coerência a quem se atrapalha com decência.
 

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