Percival Puggina

         O empresário Luciano Hang é uma importante liderança nacional. Num país carente de líderes autênticos, o dono da Havan revela qualidades para ser isso. Não tem medo de assombração (pior defeito de falsos líderes), encara uma agressiva CPI com altivez, difunde o empreendedorismo, investe e cria postos de trabalho, apóia quem merece apoio, não ostenta sua riqueza. Em vista disso, uma rápida pesquisa me mostrou que ele tem 5,2 milhões de seguidores no Instagram, 835 mil no Twitter, 500 mil no Facebook, 351 mil no YouTube e 215 mil no TikToc.

Luciano, a quem nunca vi e com quem nunca falei, é também comunicador inato e líder político. Influencia pessoas. Aqueles a quem ele influencia se tornam influentes em relação a outras e isso, lá na ponta do dia 2 de outubro, se reflete em votos. Portanto, em dias de eleição, fechar todas suas contas nas redes sociais por razões de uma conversa fútil e inútil buscada no WhatsApp é afronta à fluidez natural do debate político e à propagação das idéias. Estou falando de algo que não é fútil nem inútil, mas inerente e sagrado em qualquer democracia cujos princípios sejam respeitados.

Quem tomou a decisão de restringir seus direitos (aliás, o direito de tantos) afrontou a democracia que diz defender e, de algum modo e em alguma proporção, o resultado da eleição.

Nem os ministros da eleição (TSE), nem os da defesa da “democracia e do Estado de Direito” (STF) fazem algo a respeito? E querem que a nação os aplauda nas ruas?

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A família, em Portugal

Humberto Pinho da Silva

18/09/2022

Humberto Pinho da Silva

Todos asseveram que Portugal está diferente. Não sei se para melhor ou pior. Se evoluiu, no aspecto moral, se involuiu.

Certo é que está diferente, com: estradas magnificas, luxuosos hotéis, eventos sem fim, congressos e festivais...

As cidades pululam de turistas de várias nacionalidades. A mocidade está mais culta – instruída, – mas quiçá, menos educada e mais violenta.

O número de analfabetos – em geral respeitadores, aprendeu a ler ou faleceram. Concluindo: a Nação encontra-se muito melhor, do que no século passado.

Mas, as famílias? Serão mais felizes? É o que vamos ver:

A fundação Francisco Manuel dos Santos realizou recentemente estudo, para se conhecer como se encontra a Família Portuguesa:

Segundo a pesquisa, apurou-se:

O agregado familiar era, em média, em 2021 – 2,7 pessoas.

A idade de casar, era em 2021 – 34,3 anos, para homens, e 33 para as mulheres.

CASAMENTOS

Em 2019, realizam-se: 33.272, na Igreja e no Civil:

Não católicos, em 2021, foram 71,5% da população.

União de Facto, foram 729.800, em 2011.

Ou seja: 8,1% da população com mais de 15 anos.

União do mesmo sexo: 677, em 2019.

DIVÓRCIOS

Houve cerca de 17.000, em 2020. Sendo 8490 de casamentos civis e 8692 de casados na Igreja.

Como se conclui, neste estudo, a situação da Família Portuguesa é o resultado da desagregação constante da Família, devido, certamente, à descristianização da sociedade e ao premente combate à Família, pelos meios de comunicação social.

Eis, em suma, o retrato atual da Família Portuguesa.

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Pesquisas presidenciais para todos os gostos

Percival Puggina

16/09/2022

 

Percival Puggina

         E segue a dança dos números nas pesquisas presidenciais, num ambiente de pouco crédito e grande interesse. Contraditório? Sim, é verdade. Uma coisa não bate com a outra. Felizmente, porém, temos um grande número de institutos de pesquisa. Imaginem o que aconteceria numa situação de monopólio ou de oligopólio, como existe entre os grandes grupos de comunicação do país. É esse oligopólio, aliás, que repercute com maior intensidade as pesquisas mais favoráveis ao ex-presidiário.

A lista abaixo sintetiza os últimos dados coletados nacionalmente para as intenções de voto dos dois candidatos que lideram a disputa.

Sigma                           12/08

Bolsonaro            37,5%

Lula                       28,2%

 

Gerp                             05/09

Bolsonaro            39,0%

Lula                       37,0%

 

Futura                          08/09

Bolsonaro            41,8%

Lula                       35,7%        

 

Veritá                            10/09

Bolsonaro            43,6%

Lula                       41,9%

 

FSB PTG Pactual         12/09

Bolsonaro            35,0%

Lula                       41,0%

 

Ipec                               12/09

Bolsonaro            31,0%

Lula                       46,0%

 

Paraná                         13/09

Bolsonaro            36,5%

Lula                       39,6%        

 

Quaest                          14/09

Bolsonaro            34,0%

Lula                       42,0%

 

Brasmarket                   15/09

Bolsonaro            30,5%

Lula                       43,5%

 

Datafolha                      15/09

Bolsonaro            34,0%

Lula                       45,0%

Pessoalmente, prefiro acreditar no poder de mobilização que vejo nas ruas do país em favor da reeleição do presidente do que na falta de entusiasmo da militância esquerdista e no acanhamento do próprio candidato, um inequívoco prisioneiro de seu sentimento de culpa.

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Voluntarismo delirante

Percival Puggina, com conteúdo Gazeta do Povo

16/09/2022

 

Percival Puggina

         A Gazeta do Povo, na edição de 15 de outubro, passa scanner em “12 aberrações jurídicas do inquérito contra empresários, que segue em andamento”.

Doze, dúzia redonda. Desconsiderações ao devido processo suficientes para encher uma sacola de feira, selecionadas peça por peça sob olhos baços dos demais membros do coletivo supremo. E nenhum deles dá um tapa na mesa, joga a balança defeituosa no chão e diz “Chega!”? Ao contrário, o ministro que transformou a Casa em delegacia de polícia à moda antiga é festejado com pompas imperiais por misteriosos méritos.

A excelente matéria da Gazeta (cuja íntegra pode e deve ser lida aqui) analisa de modo minucioso as seguintes 12 aberrações.

1. O inquérito cria no Brasil os crimes de opinião e de cogitação,

2. Operação contra empresários é equiparável à polícia de pensamento de regimes autoritários,

3. Moraes estaria usando a técnica da pescaria probatória,

4. Moraes não aguardou posicionamento do PGR sobre as ações,

5. Moraes está violando o sistema acusatório,

6. Moraes feriu o princípio da inércia do Judiciário,

7. Moraes aceitou o pedido feito por uma parte ilegítima,

8. STF ignorou os diversos pedidos de arquivamento dos inquéritos relacionados às fake News,

9. Medidas como apreensão de objetos e quebra de sigilo não podem ser tomadas no primeiro dia de uma investigação,

10. Um inquérito não pode ser instaurado e conduzido pelo STF,

11. Não existe crime de “fake news”,

12. Advogados dos investigados nos inquéritos ainda não têm acesso completo aos autos.

Nenhum dos atuais ministros endossaria qualquer dessas atitudes se tomadas por um juiz de comarca! O CNJ abriria processo contra magistrado que agisse desse modo. 

Ontem, o ministro ativista liberou as contas bancárias de investigados visto que transcorrido o 7 de setembro não havia mais necessidade de manter essas contas bloqueadas. Que coisa delirante!

Justiça numa tribo txucarramãe deve ser menos voluntarista e mais ritualista.

*       Leia mais sobre o assunto em https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/12-aberracoes-juridicas-do-inquerito-contra-empresarios-que-segue-em-andamento/

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No último dia 8 de setembro, ainda embalado pelas emoções da véspera, fui a Santiago, próspero município do Centro Ocidental Sul-Rio-Grandense. A convite do Sindicato Rural e por sugestão de seu grupo feminino, falei sobre a influência da Revolução Cultural e seus agentes na formação das posições políticas da sociedade brasileira. Nenhuma vitória política será consistente se não produzir efeitos positivos no nível de informação da sociedade, não elevar seus padrões éticos e não infundir amor à pátria comum. Isso significa reverter a longa passividade graças à qual, sem encontrar resistência, foram sendo destruídos os fundamentos da nossa civilização.

O Brasil vive um momento decisivo e tem papel central nesse embate.       

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Percival Puggina

         A imprensa militante destacou como acintosa e imprópria a ausência do presidente da República na posse de Rosa Weber no comando supremo do Supremo. Bolsonaro se fez representar por Paulo Guedes.

Cabe bem, aqui, o provérbio: “Tanto vai o cântaro à fonte que um dia lá deixa a asa”. Essa asa se partiu há bom tempo. Alguém pode achar saudável que o noticiário político seja absorvido por atos do STF, no entanto, um pouco de juízo basta para perceber, nisso, sintoma de grave enfermidade. Trata-se de algo totalmente anômalo. E cansativo.   

A política não pode ser polarizada por um poder sem voto. Eminentes juristas, ex-ministros do Supremo, jornalistas bons e experientes advertem para os malefícios causados por tão claro desvio de rota.

Se fez presente, o STF, nas festividades oficiais do 7 de setembro? Não. No caso, para a mesma imprensa militante, foi tudo como tinha que ser. Atende, o STF, algum pedido do presidente? Não. Mas também nisso está tudo bem para os plantonistas da mídia engajada.

Pouco antes da posse, a ministra Rosa Weber indeferiu o pedido da PGR para que se encerrassem os inquéritos abertos contra o presidente da República como decorrência do relatório da espalhafatosa e politiqueira CPI da Covid. O órgão titular da ação penal pública disse não ter encontrado motivos consistentes para dar continuidade às investigações. A ministra, mesmo assim, reproduz o padrão do poder que passaria a presidir: dane-se o ministério público.

Manter inquéritos abertos no Supremo virou uma espécie de porte ostensivo de arma destravada...

Em outras palavras, a ministra optou por desacreditar a PGR e atribuir maior valor ao denuncismo desvairado de Renan Calheiros, um senador de má reputação, que em 14 de setembro de 2021 tinha nove inquéritos abertos no STF. Mas, aparentemente, nada disso tem algo a ver ou dá razões para a tão reprovada polarização...

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