Percival Puggina

 

         Acabo de ler em Epoch Times que a inflação medida no Índice de Preços ao Consumidor norte-americano pelo Bureau of Labor Statistics alcançou 7%, o maior salto em 12 meses desde o ano de 1982.  É o efeito lá, em dólares, da chamada inflação mundial. No Brasil a alta de preços foi medida em 10% no ano de 2021.  

O resultado afeta o bolso de todos e, claro, sofre mais quem pode menos.

O mal estar social é grande. As pessoas reclamam. A oposição se refestela! Seus economistas põem a culpa em Bolsonaro e recheiam seus candidatos com criativas inutilidades.

No entanto, caro leitor, há um problema. A queixa é grátis, mas não deveria ser totalmente liberada. Na minha perspectiva, cá no meu observatório, só deveriam ter direito a reclamar aqueles cidadãos que se opuseram ao fique-em-casa, ao fecha-tudo, ao lockdown e ao discurso segundo o qual “a economia a gente vê depois”.

Convenhamos, durante meses a fio tivemos que defender o direito ao trabalho e a liberdade num ambiente em que éramos vistos como seres insensíveis, para os quais o dinheiro valia mais do que a vida... Sim, até esse tipo de insulto tivemos que ler e ouvir.

Agora, infelizmente, o depois e a inflação vieram para todos.

Leia mais

SUICÍDIO MULTICULTURAL DA ALEMANHA

Giulio Meotti

07/01/2022

 

Giulio Meotti
Em 6 de Janeiro de 2022

 

-  Vou continuar tendo uma postura crítica àqueles... que usam a estrutura liberal e a tolerância da constituição para impor visões totalitárias do estado que minam as normas do Estado de Direito usando doutrinação antiocidental...Não vou adaptar a minha visão de liberdade de expressão... 'Todos têm o direito de expressar livremente sua opinião desde que não seja contrária à lei da Sharia." Ralph Giordano, FAZ.net.

-   Depois que uma barragem se rompe, é um salve-se quem puder para ver quem cede mais rápido.

-   A cidade também está mudando o nome de suas praças para dar espaço ao Islã. "Moscheeplatz" ("Praça da Mesquita"), nome almejado pelo prefeito Marcel Philipp, acordado com o Departamento de Assuntos Religiosos da Turquia...

-    A despeito disso, diz-se que a "Grande Substituição" e a islamização da Europa não passam de teorias da conspiração. Será que realmente estamos cientes de como será a Europa do amanhã?

A hegemonia do Ocidente acabou,"ressaltou recentemente o presidente turco Recep Tayyip Erdogan. "Durou séculos, mas já era".

Concomitantemente, as mesquitas da cidade de Colônia, a quarta maior cidade da Alemanha, obtiveram licença para transmitir todas as sextas-feiras o chamado às orações pelos sistemas de alto-falantes dos minaretes.

"Muitos residentes de Colônia são muçulmanos", salientou a prefeita Henriette Reker, "e na minha opinião é um sinal de respeito permitir a chamada do muezim (encarregado que chama os muçulmanos às orações do alto dos minaretes)."

Para outros, o chamado muçulmano às orações representa o mesmo grito de conquista que os cristãos do Oriente Médio e da África ouvem cinco vezes todos os dias e todas as noites nas portas das igrejas e casas. Agora é a vez da Alemanha.

Há dezesseis anos, o Papa Bento XVI fez sua primeira visita papal à cidade de Colônia. Ele convidou os jovens da Europa a voltarem às suas raízes numa peregrinação ao túmulo dos Reis Magos. Um ano depois, em Regensburg, ele soou o alerta em relação à violência intrínseca do Islã. Colônia agora virou o palco onde a Alemanha acabou de assinar a rendição ao Islã político.

O jornalista Daniel Kremer, escreveu no jornal Bild, lembrando que muitas das mesquitas de Colônia são financiadas pelo governo turco e administradas por Erdogan, "um sujeito que se opõe aos valores liberais de nossa democracia" e salientou:

"é errado equiparar os sinos da igreja ao chamado para a oração. Os sinos representam um sinal sem palavras que também ajuda a dizer as horas. Mas o muezim grita 'Alá é Grande!' e 'eu atesto que não há outro Deus a não ser Alá.' É uma enorme diferença."

Os sinos das igrejas não proclamam que o deus cristão é o único deus e que Jesus é seu filho.

Ahmad Mansour, especialista em integração, também refutou a posição da prefeita Recker. "Não se trata de 'liberdade religiosa' ou 'diversidade', como quer fazer crer a prefeita Reker," ressaltou Mansour. "A mesquita quer visibilidade. O muezim é uma demonstração de poder".

No ano passado, um tribunal da cidade de Münster deliberou que uma mesquita local seja autorizada a realizar o chamado às orações em público na sexta-feira pelo sistema de alto-falantes. A mesquita é administrada pela União Turco-Islâmica para Assuntos Religiosos (DITIB). Sendo a maior organização pai de mesquitas da Alemanha, a DITIB providencia imãs e financiamento, além de administrar cerca de 900 mesquitas na Alemanha, contando com aproximadamente 800 mil membros.

Pouco depois da decisão, o governo estadual de Hesse deliberou que as chamadas do muezim para as orações por meio dos alto-falantes da minarete estão autorizadas sem a necessidade de licença.

Oito das 100 cidades mais populosas da Alemanha, observou a revista Der Spiegel, já deram luz verde para a transmissão de chamadas islâmicas para orações em público. Em Düren, a mesquita turca Fatih chama os fiéis para as orações três vezes ao dia. A professora de etnologia Susanne Schröter, da Universidade Goethe em Frankfurt, esclarece que os muçulmanos veem as chamadas para as orações como triunfo do "Islã forte" em cima do "cristianismo fraco" e, ao que tudo indica, acompanhado pelo anseio do crescente islâmico substituir as estrelas da União Europeia.

"Será que o chamado do muezim será ouvido em toda a Alemanha?" perguntou o Bild, jornal de maior circulação da Alemanha. O chamado do muezim já pode ser ouvido em Munique. Desde abril de 2020, cinco mesquitas estão transmitindo o chamado às orações pelo sistema de alto-falantes. "A chamada do muezim não necessita licença," ressaltaram as autoridades de Hanover, onde há 27 mesquitas. "Lembra o som dos sinos das igrejas, da liberdade da prática religiosa que é protegida pela constituição".

Uma resposta na mesma linha veio de Dresden: "nós nos vemos como uma sociedade urbana diversificada e cosmopolita".

De Frankfurt, domicílio de uma mesquita que acomoda até 6 mil fiéis, o prefeito declarou: "a lei não prevê a necessidade de licença para a oração do muezim, a exemplo dos sinos das igrejas".

Cidades como Dortmund, Hamm, Siegen, Düren e Oldenburg também permitiram que mesquitas transmitissem o chamado islâmico à oração por intermédio do sistema de alto-falantes. Em Nuremberg, sede de uma dozena de mesquitas, permitir a chamada do muezim aparentemente "não é nenhum problema".

O ex-presidente do Tribunal Constitucional da região do Reno, Norte da Westphalia, Michael Bertrams,fala de um "triunfo político" do presidente da Turquia, já Hamed Abdel-Samad, um sociólogo que vive protegido por seguranças armados por conta de ameaças de morte dos islamistas, meteu o dedo na ferida:

"o chamado às orações começa com 'Allahu Akbar', também é o grito de guerra dos muçulmanos. Isso significa que Alá é o maior. Maior que o inimigo, maior que o povo, maior que a vida, maior que a Alemanha, maior que tudo. E como ele é maior que tudo, ao fim e ao cabo só vale a sua lei, a sharia".

Malte Kaufmann, membro do Bundestag escreveu:

"doravante, em todas as sextas-feiras em Colônia, 'não há outro deus a não ser Alá!' Mas a islamização não deveria tomar forma na Alemanha... Estamos alertando há anos! O clamor do muezim é uma asseveração de poder. Passo a passo, o Ocidente cristão está sendo traído".

"A história da Mesquita Central de Colônia documenta a ingenuidade das autoridades alemãs no trato com as organizações islâmicas", relata da Suíça o Neue Zürcher Zeitung, o jornal no idioma alemão mais antigo da Europa.

"Antes do início da construção, a Associação Turca prometeu ao então prefeito de Colônia, Fritz Schramma, que os sermões seriam realizados em alemão e que a mesquita se tornaria um ponto de encontro de membros de diferentes religiões. O ex-prefeito, um dos maiores patrocinadores da mesquita, não foi convidado para a inauguração. Eles queriam construir uma casa para encontros interculturais nos quais o Islã fosse pregado em alemão. No estado de espírito de Erdogan, foi criado um centro nacionalista islâmico. Depois dessa chicana, quem acredita que o muezim vai parar por cinco minutos sequer está sendo embalado no mundo dos contos de fadas ".

O que dá a impressão é que há uma atmosfera infantil, gritantemente aberta de capitulação. "Quem diz sim aos campanários também deve dizer sim aos minaretes", disse o Cardeal Rainer Maria Woelki, arcebispo de Colônia. Parece que as igrejas alemãs estão cometendo suicídio. A arquidiocese de Colônia, a maior da Alemanha e uma das mais ricas do mundo, planeja reduzir suas paróquias de 500 para 50 até 2030. Em Colônia, Erdogan veio para a inauguração da maior mesquita e foi recebido pela chanceler alemã Angela Merkel, filha de um pastor prussiano. Este gesto de boa vontade não impediu o presidente turco, em 2020, de transformar a grande basílica bizantina de Hagia Sophia em mesquita. A Igreja Católica de São Teodoro em Colônia até contribuiu para a islamização da cidade ao financiar a mesquita, em nome de algum quimérico diálogo inter-religioso.

Ralph Giordano, escritor judeu que escapou do Holocausto, criticou a decisão de Colônia, o "islã político" e a "megalomania da grande mesquita", é ao seu ver "uma espécie de declaração de guerra". Em um artigo para o jornal FAZ, Giordano escreveu:

"Vou continuar tendo uma postura crítica aos imãs que usam a estrutura liberal e a tolerância da constituição para impor visões totalitárias do estado que minam as normas do Estado de Direito usando doutrinação antiocidental para incutir a lei da Sharia..."

"Quero ter o direito de dizer que não quero ver burcas ou xadores nas ruas alemãs, assim como não quero ouvir os chamados dos muezins dos minaretes. Também não vou adaptar a minha visão de liberdade de expressão a um demônio que a interpreta da seguinte forma: todos têm o direito de expressar livremente sua opinião desde que não seja contrária à lei da Sharia'. Não e três vezes não!".

Depois que uma barragem se rompe, é um salve-se quem puder para ver quem cede mais rápido. Até o chefe da Chancelaria Alemã, Helge Braun, que ao que consta gostaria de se tornar o líder do partido CDU de Angela Merkel, se manifestou favorável que as mesquitas transmitissem a chamada às orações.

Em Aachen, cidade do imperador Carlos Magno e sua maravilhosa catedral e seus arredores, o chamado do muezim não só se sente em casa. A cidade também está mudando o nome de suas praças para dar espaço ao Islã. "Moscheeplatz" ("Praça da Mesquita") é o novo nome de uma praça pública em Aachen. Evidentemente, trata-se da mudança almejada pelo prefeito Marcel Philipp, que de acordo com a DITIB turca salientou: "estou muito contente na qualidade de prefeito por termos uma Praça da Mesquita", ressaltou o prefeito.

Em 11 de novembro, o muezim chegou em Raunheim, uma cidade nos arredores de Frankfurt, a primeira em Hesse a permitir oficialmente orações por meio de alto-falantes todas as sextas-feiras e, durante o Ramadã, todos os dias antes da oração antes do pôr do sol.

"O princípio da equanimidade também se aplica à religião numa sociedade democrática", explicou o prefeito Thomas Jühe. E também há a questão demográfica: 70% da população de Raunheim é formada por migrantes. "Aqui há mais muçulmanos do que cristãos", enfatizou Jühe.

A despeito disso, diz-se que a "Grande Substituição" e a islamização da Europa não passam de teorias da conspiração. Será que realmente estamos cientes de como será a Europa do amanhã?

Em uma entrevista com Boulevard Voltaire, Thilo Sarrazin, ex-presidente do banco central da Alemanha e autor de dois best-sellers sobre multiculturalismo e islã que sacudiu o debate na Alemanha, diz que a decisão de Colônia está perfeitamente alinhada com o futuro demográfico da Alemanha:

"se esta a tendência não esfriar, a população alemã, chegará ao fim nos próximos 100 anos. No último capítulo do Germany is Disappearing, esbocei o rumo que a situação tomará nos próximos anos... A decisão de Colônia não me surpreende em nada. Corresponde à minha imagem de como as coisas vão evoluir nesta área. Na França, descobri que Michel Houellebecq diz o mesmo em seu livro Soumission".

Até os dois principais jornais do establishment alemão criticaram a crescente tendência.

O Frankfurter Allgemeine Zeitung tomou partido contrário à decisão de Colônia de autorizar a oração do muezim em 50 mesquitas da cidade. Ronya Othmann escreveu:

"contrastando com o Adhan, a chamada islâmica às orações, o badalar dos sinos é apenas um som, não uma mensagem. 'Tolerância' é uma palavra como 'diversidade' e 'respeito', um chiclete velho mascado até não ter mais gosto. Se Erdogan acarpetou aldeias Alevis e Yazidi com mesquitas e as fez ressoar a fé islâmica cinco vezes por dia, é um ato de submissão islamista e não podemos permitir que isto aconteça em Colônia".

O jornal Süddeutsche Zeitung de Munique também foi duro:

"o chamado às orações não é novidade na Alemanha. Ele já é ouvido em dezenas de cidades há muito tempo. O Ocidente Cristão, se é que ainda existe, não cairá de sopetão. Mas Recep Tayyip Erdo?an uma vez citou um poema: 'minaretes são baionetas, cúpulas são capacetes,... crentes são soldados. Uma coisa é inegável: o islamismo está em ascensão há décadas. A ascensão ao poder do Talibã no Afeganistão é saudada pelos islamistas como triunfo abençoado com o poder da fé. Então a transformação de Hagia Sophia em mesquita... Isso pode ter pouco a ver com as ideias e pensamentos da maioria dos muçulmanos na Alemanha. Mas para um islamista, o Adhan é a confirmação diária do mandato político".

Agora temos música alta ecoando de uma tenda acima da Willy-Brandt-Platz de Leipzig, enormes banners verdes com letras em árabe e jovens distribuindo panfletos aos transeuntes. O Bild nos diz que o aniversário de Maomé está sendo comemorado em uma grande cidade alemã. Se a França é o país da agressão islamista, a Alemanha é o país da rendição. O Pew Research Center estima que em 2050, a população muçulmana da Alemanha atingirá 17,5 milhões, 20% da população. Hoje ela é de apenas 8%. A "cidade dos Três Magos" será renomeada de "cidade dos muezins"?

"Prepare-se para o muezim diário..."alertou Henryk Broder no jornal Die Welt. "Já é uma realidade em EstocolmoLondresBruxelas e Amsterdam... "

*       Giulio Meotti, Editor Cultural do diário Il Foglio, é jornalista e escritor italiano.

**     Original em inglês: Germany's Multicultural Suicide
***    Tradução: Joseph Skilnik

****   Publicado originalmente em https://pt.gatestoneinstitute.org/18106/suicidio-multicultural-alemanha

Leia mais

 

Ella Kietlinska e Joshua Philipp, em Epoch Times

 

Segundo o Dr. Aaron Kheriaty, ex-professor de psiquiatria e diretor do Programa de Ética Médica da Universidade da Califórnia, Irvine (UCI), uma vez que a vacinação obrigatória é introduzida na sociedade e as pessoas se acostumam a mostrar seu certificado de vacina COVID-19 para participar da vida social, as autoridades podem usar essa infraestrutura para outras políticas coercitivas,

A vacinação obrigatória anula o direito de fornecer consentimento informado quando se trata de intervenção médica, não permitindo que pacientes ou pais de crianças tomem suas próprias decisões a esse respeito, disse Kheriaty, que foi recentemente demitido de seu cargo na UCI por contestar a política de vacinação contra COVID-19 na Universidade.

Para muitas pessoas, mostrar um comprovante de vacinação para poder viajar, ir a um restaurante, uma arena esportiva, comprar comida ou fazer outras coisas pode parecer trivial, pois tomar a vacina COVID-19 faz com que alguns se sintam mais seguros, especialmente aqueles que são mais velhos ou têm comorbidades, disse Kheriaty ao programa “Crossroads” da EpochTV.

No entanto, “uma vez que a infraestrutura está pronta, e as pessoas se acostumaram, isso se tornou normal. Essa infraestrutura pode ser facilmente usada para todos os outros fins”, disse o especialista em ética, chamando-a de “um desenvolvimento muito nefasto”.

Não há vacinas esterilizantes para COVID-19, pois os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) admitiram que essas vacinas não impedem a infecção e a transmissão, ao contrário da imunidade natural, continuou Kheriaty.

De acordo com o CDC, “as pessoas vacinadas ainda podem ser infectadas e têm o potencial de espalhar o vírus para outras pessoas, embora a taxas muito mais baixas do que as pessoas não vacinadas”.

“É por isso que a ética tradicional de consentimento livre e informado é tão importante manter com essas intervenções”, disse Kheriaty.

Outra consequência da vacinação obrigatória sem consentimento informado é “o problema de as pessoas se acostumarem com as coisas sob o pretexto de uma emergência de saúde pública ou em uma situação na qual foram submetidas a propaganda que induz ao medo por dois anos, [e] aceitando coisas que eles nunca teriam aceitado em circunstâncias normais ”, observou ele.

“Estou muito preocupado com o uso das liberdades civis comuns como incentivos e castigos para fazer as pessoas se comportarem da maneira que as autoridades de saúde pública querem que você se comporte”, continuou Kheriaty.

“Lançar isso com uma vacina que muitas pessoas queriam faz com que pareça mais benigno e inócuo do que realmente é. … Isso concentra muito poder nas mãos, não apenas de funcionários do governo, mas também de pessoas com interesses econômicos que podem querer nos empurrar nessa ou naquela direção. ”

Por exemplo, quem está no poder pode usar essa infraestrutura para desligar a capacidade de uma pessoa de comprar gasolina porque a pegada de carbono dessa pessoa é muito alta, disse o ex-professor.

A nova tecnologia avançada, especialmente a tecnologia do smartphone, que permite rastrear onde as pessoas estão e se estão próximas a outras pessoas, foi "ligada a objetivos médicos e de saúde pública de maneiras que são novas" e não era vista há 10 a 15 anos atrás, disse Kheriaty.

Nos últimos 10 anos, os governos se envolveram no tipo de cenários de planejamento de pandemia que envolveram não apenas médicos e epidemiologistas tentando encontrar a melhor resposta à gripe, gripe aviária ou outros surtos, mas também muitas vezes envolveram agências de segurança, como a CIA ou aspectos dos militares, ele explicou.

“Sob o pretexto de [uma] emergência de saúde pública, houve uma enorme mudança de poder durante a pandemia e, na verdade, uma enorme mudança para cima da riqueza durante a pandemia que considero muito preocupante”.

O especialista em ética médica está particularmente preocupado com a falta de definição do que constitui uma emergência de saúde pública. O governo federal ou os governos estaduais prorrogaram o estado de emergência a cada 90 dias nos últimos dois anos, mas os critérios para determinar o que é uma emergência de saúde, como o número de casos, o número de hospitalizações, percentual da população infectada, ou outros métricas nunca foram definidas, ele explicou.

“[Isso] significa que não temos como saber quando a emergência acabou... Tipos comuns de proteção e limites constitucionais comuns foram colocados de lado por dois anos, e não sabemos, e não temos nenhuma medida para saber quando isso vai parar. ”

“Isso me parece altamente problemático apenas de uma perspectiva social e política, porque significa que essas pessoas receberam poderes enormes. Quero dizer, nunca antes em minha vida os governadores exerceram tanto poder sobre aspectos muito pessoais e íntimos de nossas vidas. ”

“Cidadãos comuns, pessoas comuns ao redor do mundo, eu acho, precisam começar a exigir de seus líderes definições claras, limites claros sobre quem pode declarar este estado de emergência, por quanto tempo ele pode durar.”

 Conflito de interesses

A pesquisa científica é frequentemente financiada pelo governo federal, explicou Kheriaty, acrescentando que agências como o National Institutes of Health, o CDC, a Food and Drug Administration (FDA), todas reportando ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS) “tornaram-se estreitamente alinhadas ao longo dos anos, com os interesses das empresas farmacêuticas de formas muito concretas e tangíveis”.

Por exemplo, o NIH “projetou e fez os testes clínicos para a vacina Moderna e, na verdade, copossui a patente da vacina Moderna”, disse o especialista em ética.

Os dólares do contribuinte foram usados ??como subsídios para financiar estudos científicos e o desenvolvimento da vacina, disse Kheriaty observando que "como o [NIH] tem copropriedade dessas patentes, eles lucram quando a vacina é vendida".

“Para mim, seria um claro conflito de interesses”, acrescentou.

O FDA autoriza o uso da vacina e o CDC faz a recomendação sobre como usar a vacina, disse Kheriaty. “E essas recomendações são normalmente traduzidas hoje em dia em vacinação obrigatória.”

O Epoch Times entrou em contato com o Departamento de Saúde e Serviços Humanos, Institutos Nacionais de Saúde, CDC, FDA e Moderna para comentários.

Um assessor de imprensa do FDA disse em um e-mail para o Epoch Times que “o FDA não exige vacinações. Se um estado, governo local ou empregador, por exemplo, pode exigir ou exigir a vacinação contra COVID-19 é uma questão de estado ou de outra lei aplicável”.

“A outra questão importante é que as empresas farmacêuticas são totalmente indenizadas contra qualquer responsabilidade pelas vacinas”, disse Kheriaty.

Como resultado, os medicamentos passam por testes de segurança mais rigorosos do que as vacinas, porque os fabricantes de produtos farmacêuticos são os únicos responsáveis ??por quaisquer danos causados ??por um medicamento, observou ele.

“[As empresas farmacêuticas] convenceram o governo federal, há vários anos, de que as vacinas não eram suficientemente lucrativas e os custos de pesquisa e desenvolvimento eram muito altos se fossem responsáveis ??por danos.”

Outra maneira pela qual as empresas farmacêuticas podem exercer influência indevida sobre a opinião pública é a publicidade direta de produtos farmacêuticos aos consumidores, disse Kheriaty.

Ele foi originalmente proibido pela lei federal, então as empresas farmacêuticas costumavam comercializar seus produtos apenas para médicos, explicou ele. No entanto, essa lei foi alterada no final dos anos 90 para permitir que as empresas farmacêuticas anunciassem seus medicamentos diretamente aos pacientes, o que deu a essas empresas influência sobre muitos meios de comunicação e redes de TV, acrescentou.

“Para que os interesses econômicos não ultrapassem os interesses da saúde pública, provavelmente precisamos de algumas das proteções antigas em vigor que foram reduzidas nas últimas duas décadas. E precisamos de uma separação mais rígida entre as agências encarregadas de regulamentar as empresas farmacêuticas e seus produtos e as próprias empresas”, concluiu Kheriaty.

Ele também aconselhou as pessoas a buscarem muitas fontes diferentes de informação, avaliá-las cuidadosamente e pensar sobre sua credibilidade.

“Embora seja verdade que você pode não ser um virologista, ou pode não ser um epidemiologista, você é um ser humano racional que pode reconhecer uma contradição aberta, que pode reconhecer quando algo é completamente ilógico e não faz sentido . ... Então, uma suspeita saudável de um especialista que não está disposto a explicar as coisas, citar evidências, responder perguntas, acho que é saudável para as pessoas comuns nos dias de hoje. ”

“Acho que todos precisam realmente examinar suas próprias convicções e se perguntar: ‘Ok, onde está minha linha na areia?’”.

 

*      Ella Kietlinska é repórter do Epoch Times em Nova York.

**   Joshua Philipp é um repórter investigativo premiado do Epoch Times e apresentador do programa "Crossroads" da EpochTV. Ele é um especialista reconhecido em guerra irrestrita, guerra híbrida assimétrica, subversão e perspectivas históricas sobre as questões de hoje. Seus mais de 10 anos de pesquisas e investigações sobre o Partido Comunista Chinês, subversão e tópicos relacionados lhe dão uma visão única da ameaça global e do cenário político.

***   Texto original de 5 de janeiro de 2022, em Epoch Times

Leia mais

OS ECONOMISTAS DE LULA...

Percival Puggina

05/01/2022

Percival Puggina

 

            A Folha de São Paulo está apresentando uma série com o pensamento econômico dos candidatos à Presidência. No caso, é um artigo em que Guido Mantega diz expressar a opinião de economistas que assessoram o ex-presidiário, mas não necessariamente o pensamento de Lula. Além dele, Mantega, quem serão esses economistas: Palocci? Dilma? No artigo, o ministro diz que:

- o crescimento da economia é pequeno e o Brasil precisa de investimentos públicos e privados de longo prazo para gerar empregos;

- a inflação deverá recuar em 2022 para “algo em torno de 6%, graças a uma política monetária contorcionista que vai paralisar a economia”;

- o bolsa família vai beneficiar apenas pequena parcela dos necessitados;

- o atual governo “em vez de colocar o estado em campo para socorrer os necessitados” reduziu os auxílios sociais de 2020 para 2021.

Ao analisar os governos petistas, o ex-ministro da Economia dos governos Lula e Dilma, falando em nome dos economistas do PT, examina os dados bons dos primeiros anos esquecendo o que lhes deu causa. Faz parecer que resultaram da ação de governantes talentosos e não de um surto mundial de crescimento econômico determinado pelo ingresso de centenas de milhões de chineses no mercado consumidor mundial. Fatos como aquele, uma vez acontecidos, não tornam a acontecer. O mercado se acomoda para atender essa demanda e não há novos saltos a dar.

Em compensação, quando se trata de examinar os governos pós-petistas, os economistas do PT, em cujo nome o ex-ministro se manifesta, esquece a tragédia dos governos Dilma, quando ele era ministro e quando presidiu BNDES. Esquece a pandemia e esquece o fecha tudo e fique em casa, entusiástica e agressivamente defendido pelos seus companheiros.

Até aqui, o artigo é mera retórica. No final, se torna assustador.

O que sim, assusta, dá causa a reações receosas do mercado, é a afirmação contida no último período do texto, onde se lê que a escolha do eleitor deve se fazer no rumo do social desenvolvimentismo, rumo ao estado de bem-estar social. É o que Lula e FHC puseram na Constituição, consagrando uma visão de Estado que vem desde Vargas, prometendo a mesma coisa, como se os meios financeiros para isso caíssem do céu por obra e graça do Estado.

Leia mais

CARO MINISTRO MENDONÇA

Renato Rodrigues Gomes

03/01/2022

 

Renato Rodrigues Gomes

 

Nota do editor: Este tweet, postado na referida mídia social no dia 1º de janeiro, me foi enviado pelo jurista Dr. Renato Rodrigues Gomes. Com poucas palavras,  ao tempo em que deseja sucesso ao ministro, o autor aponta as razões do fracasso do STF.

Caro ministro Mendonça,

Torço, sinceramente pelo seu sucesso, e que, de fato, consiga atribuir um mínimo de prestígio à Constituição Federal, tão vilipendiada hoje, sempre que estiver ao seu alcance.

Compartilho com o senhor um sonho pessoal, no qual imagino seu modo de agir. Nele, o senhor:

  1. NÃO manipula princípios; NÃO manipula a semântica; e NÃO manipula contexto fático a dedo com a intenção de sobrepor a vontade inconfessável ao Direito; 
  2. aplica estritamente as regras;
  3. fundamenta com honestidade intelectual as decisões, rebatendo todas as objeções que possam apontá-lo como sendo alguém incoerente ou tendencioso ao interpretar;
  4. resgata as regras de suspeição e impedimento para si, bem como o requisito “da possibilidade jurídica do pedido” para permitir a instauração de qualquer processo.

Excelente 2022, ministro!

Leia mais

 

Percival Puggina

 

            Com abstenção superior a 50%, a presidência do Chile caiu nas mãos de Gabriel Boric, ex-líder estudantil cuja biografia é uma short list. Fora a intensa militância, inclui apenas dois mandatos como deputado atuando nas pautas da esquerda.

Na eleição presidencial, fez apenas 25% dos votos totais, correspondendo a 55% dos votos válidos.

Assim como Boric era um comunista que se deslocou para a centro-esquerda, seu adversário, José Antônio Kast, era um fã de Pinochet que se deslocou para a centro- direita. Ambos buscaram ocupar o espaço menos radical até agora majoritário em sucessivas eleições chilenas.

Logo após a eleição de Boric, a bolsa caiu e o dólar subiu, refletindo receio em relação às alterações já anunciadas na política econômica do país. Quanto aos aspectos culturais, as dúvidas são ainda menores. O Chile, infelizmente, vai para o lado exitoso do conflito cultural que está erodindo o Ocidente com péssimos resultados e nenhuma alternativa que possa ser sustentada num debate honesto.

Fica a advertência aos brasileiros, amuados com a política nacional, que prenunciam sua abstenção. Queiram ou não, tornam-se corresponsáveis pelos resultados, sejam quais forem. A omissão produz consequências eleitorais! É uma forma ininteligível de voto, mas afeta ao resultado do pleito.

Os eleitores descontentes, que apreciariam um Congresso Chileno mais qualificado, ao ficarem em casa nas eleições de primeiro turno, certamente deixaram sem mandato muitos bons congressistas. E por ai vai a omissão, fazendo sucessivos estragos. Atenção, Brasil!

Leia mais