• 16/03/2015
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OS PORTO-ALEGRENSES CUMPRIRAM COM ENTUSIASMO O QUE ENTENDERAM SER SEU DEVER MORAL.


Numa tarde quente e úmida, cem mil porto-alegrenses saíram hoje de casa e fizeram uma longa caminhada de quase 5 km. Andei um trecho na posição privilegiada, sobre o carro de som. No meio do caminho desci e fiz o restante a pé, reagrupando aos poucos a minha família que se dispersara na multidão.


Diversas vezes precisei secar as lágrimas que teimavam em surgir perante o entusiasmo que percebia nos olhares, nos abraços, nas palavras e nos gestos das pessoas. A gente sente quando há pureza e elevada intenção naquilo que se está fazendo, não é mesmo? Pois era isso que se percebia.


Não muito longe dali, pela manhã, uma centena de apoiadores do governo assaram coxinhas e distribuíram à população. Motivo: ridicularizar, ironizar a marcha que aconteceria a tarde.


Sem querer, proporcionaram excelente parâmetro para comparação. De um lado a seriedade, de outro a molecagem. De um lado a responsabilidade cívica, de outro a marotagem, a falta de seriedade. De um lado, cem mil, de outro cem. De um lado, cidadãos engajados em ato organizado às próprias custas. De outro, até as coxinhas foram compradas com dinheiro dos impostos que nós pagamos e que o PT, de algum modo sorrateiro, transfere para seus "companheiros". O que, em outras palavras, é a própria cara do governo petista. Ou não?


A vida continua. E a mobilização persiste até que as engrenagens do poder comecem a rodar e se disponham a fazer o que a consciência nacional exige,


(Foto: Caetanno Freitas/G1)