• 23/09/2014
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O HOMEM MAIS LÚCIDO DO BRASIL

 

 

O texto a seguir foi extraído do livro "O homem mais lúcido do Brasil" uma coletânea de frases notáveis complementadas por um extraordinário discurso de Roberto Campos. A coletânea é de Aristóteles Drummond e a edição é da Resistência Cultural.

 

Num trecho do discurso, Roberto Campos escreve sobre a sacralização do profano. E, lá pelas tantas, diz assim: "A transformação de bens econômicos em tabus ideológicos é apenas um dos aspectos da sacralização do profano, coisa talvez pior que a profanação do sagrado. A sacralização do profano tem dois subprodutos às vezes involuntários, mas nem por isso menos danosos: o intervencionismo estatal e, de novo, o desrespeito à hierarquia das leis. (...) A sacralização do profano, pela imantação obsessiva da segurança é um obstáculo ao tratamento racional dos problemas. Vários setores econômicos têm sido periodicamente, sob esse pretexto, subtraídos ao campo da análise, entrando no reino da paranálise, isto é, da paralisia da análise. Instala-se a "ideocracia", que Raymond Aron definiu como "o despotismo de um preconceito ideológico".

 

Quem assiste debates entre candidatos sabe o quanto isso é verdadeiro!