• 24/11/2021
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LULA, O PASSADO E O FUTURO

Foto: crédito REUTERS/ Ueslei Marcelino

 

Percival Puggina

 

         Ao ver as primeiras imagens de Lula com Macron, pensei: “Eis aí dois que fazem mal ao Brasil”. Era natural que se encontrassem e que o encontro se travasse em clima amistoso, repleto de convergências e afinidades, e que Lula acionasse seu bodoque contra o Todavia, sso não significa coisa alguma para ele contanto que Macron lhe dê palco adequado a seu interesse político no mercado eleitoral brasileiro. Acontece que, na Europa, quem tem juízo sabe que Lula e seu partido, no poder cuidam, mesmo, é do Foro de São Paulo e dos interesses políticos da esquerda em regimes tão democráticos quanto, entre outros, os de  Cuba, Venezuela, Nicarágua, Gana e Moçambique.

Lula saltitou sobre as perguntas que lhe fizeram na Espanha a respeito das supostas eleições da Nicarágua porque sabe muito bem onde está seu coração conhece o teor de suas relações – e o que é pior: de seus apoiadores – com Daniel Ortega, Hugo Chávez, Nicolás Maduro, os Castro Brothers e seu sucessor Diaz-Canel, hábeis em encontrar motivos para prender opositores.  Aliás, essa prática, que passa a viger no Brasil, encontra apoiadores entre apoiadores do presidiário emérito.

Na política dos andares superiores todos têm passado e muitos perdem seu futuro em virtude desse passado. Lula está entre estes. Seu passado o condena no mercado interno. Daí sua dificuldade para gerar conteúdo favorável a si em roteiros pelo Brasil. Por isso, frequenta praias desertas.