• 07/01/2022
  • Compartilhe:

VACINAÇÃO DE CRIANÇAS CONTRA COVID-19

 

Percival Puggina

 

         Tenho em mãos uma caixa de Dipirona, um medicamento de uso corrente que me foi receitado para emprego em caso de dor ou febre, pois estou com Covid-19.

Como faço com tudo que me cai nas mãos, leio a bula da Dipirona. As três partes mais prolixas são, respectivamente, “Quando não devo usar este medicamento”, “O que devo saber antes de usar este medicamento”, e a longa lista que alinha “Quais os males que este medicamento pode causar”. Quem lê, não toma. Aliás, não pretendo tomar. Meus sintomas são muito brandos e o mais incomodo é o isolamento.

São todos esses alertas, feitos pelo laboratório fabricante de um medicamento comum, que me trazem ao tema da vacinação infantil contra a Covid-19. Querem torná-la obrigatória e contam, para isso, com agressiva campanha nos meios de comunicação. Reproduz-se o surrado mecanismo que parece ungir tantos jornalistas à condição de sacerdotes missionários de uma causa sagrada. Agem como exorcistas da divergência. Aventam a possibilidade de perda de direitos familiares sobre as crianças!

Pergunto-me: como podem usar seus espaços nos meios de comunicação para defender a irrestrita vacinação infantil contra a Covid-19, sem cogitar de eventuais condições prévias? Sem a mais tênue advertência sobre o que observar nas crianças após a vacinação (reações adversas)? Sem sequer alertar para o caráter experimental da vacina, usada em condições emergenciais, numa população de baixíssimo risco?

Os amados mestres, que ao longo da vida me ensinaram a pensar, também achariam tudo isso muito estranho e me apontam como mais correto o caminho que passa pela ampla informação e pelo respeito ao direito dos pais. O clima deste país está ficando sufocante.