• 12/09/2022
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Viramos “dependentes” do STF/TSE?

 

Percival Puggina

 

Leio na coluna de Claudio Humberto

"Rigor do TSE contra celular é maior que no presídio."

"A ameaça é de “prisão” do eleitor que descumprir a resolução do TSE, apesar de não ser crime ter um celular.

Na realidade paralela do Brasil, a proibição do porte do celular na hora de votar, ordenada pelo Tribunal Superior Eleitoral, deve ser cumprida com mais rigor que a proibição de celulares dos bandidos nos presídios. A ameaça é de “prisão” do eleitor que descumprir a resolução do TSE, apesar de não ser crime ter um celular. Já contrabandear celulares para um presídio é crime previsto no Código Penal. Mas o Supremo ainda discute se celulares em presídios são protegidos por “sigilo dos presos. O ministro Dias Toffoli é o relator do Agravo em Recurso Extraordinário (ARE) 1042075 que decidirá sobre o sigilo de celulares nos presídios.”

Comento

O que mais podemos esperar? Qual a próxima novidade com que irão atacar nossa liberdade, nossa autonomia? Nunca me senti tão subjugado em meu país.

Para incluir Oswaldo Eustáquio e outros num de seus inquéritos, o STF decidiu que qualquer ato que caia no desagrado da corte e de seus membros, venha de uma macega à beira do Xingú, do fundo do Itaimbezinho ou de um itinerante circo mambembe, acontece nas severas dependências do tribunal.  

Não é o que diz o Regimento Interno do Supremo, mas é uma leitura que serve às suas estratégias.

No passo seguinte, já que estamos nas dependências da corte, mesmo se na intimidade do lar, somos vistos como dependentes dela. E os ministros mais belicosos passam a nos tutorear mostrando, simbolicamente, a chibata de seu poder. Prometem cana para quem entrar com celular na cabine de votação. E pronto.

Não há lei e, de longa data, tampouco Poder Legislativo.