NESSE CASO, É MELHOR QUE NÃO MUDE.
Percival Puggina

 

 Os arrufos da senadora Marta Suplicy com seu partido têm motivo conhecido e resultado previsível.

 

 O motivo se chama Aloísio Mercadante, que se tornou, por essas coisas da vida, figura número dois do PT paulista (se quisermos dar a Lula o primeiro lugar nessa lista).

 

Com Mercadante assumindo, também, a Chefia da Casa Civil, passam por ele todas as decisões importantes do governo, entre elas as que sejam de conveniência da senadora. Nessa briga de vaidades e de posições na mesa dos banquetes, ela está definitivamente preterida. A senadora completa 70 anos em março e está em busca de doses maciças da endorfina e da adrenalina que o poder parece produzir em algumas pessoas. Ela quer mais poder e o partido não tem para lhe dar. A conclusão mais óbvia, portanto, é a que está sugerida na imagem acima. Marta sairá para algum novo partido que venha a ser criado.

 

Quanto ao dilema que ela propõe ao PT, torçamos, primeiro, para que ela tenha razão e o dilema seja verdadeiro - ou o PT muda ou acaba. Depois, torçamos para que o partido não mude. 

 

  • 11 Janeiro 2015

AJUSTE FISCAL AUMENTANDO IMPOSTO ATÉ MINHA AVÓ FAZ!
Rodrigo Constantino

“Esse pênalti até minha avó fazia!” Todos conhecem essa expressão, tão utilizada no país do futebol. Faço uma adaptação para a minha área, a economia: ajuste fiscal subindo imposto até minha avó faz! Assim é muito fácil. O difícil – e o correto – é reduzir os gastos públicos, sempre crescentes, sempre subindo acima do próprio crescimento da economia.

O editorial do GLOBO de hoje bate nesta tecla, reforçando o apelo ao bom senso de que o necessário ajuste fiscal deveria focar mais no corte de despesas do governo do que no aumento da receita por meio de mais impostos. O jornal lembra que essa não tem sido a tendência em nossa democracia, mas adota um tom de otimismo em relação aos planos do novo ministro Joaquim Levy:

O ministro Joaquim Levy acenou com a possibilidade de aumento de tributos no esforço de ajuste fiscal. O fim de algumas desonerações já estava no roteiro, assim como a volta da cobrança da Cide sobre as vendas de gasolina e óleo diesel (zerada durante o demagógico represamento dos preços desses combustíveis).
No entanto, para a boa saúde da economia brasileira, é importante que a nova equipe fazendária não caia na tentação de aumentar a carga tributária. Infelizmente, desde o lançamento do Plano Real, essa tem sido a estratégia de todos os governos para equilibrar as finanças públicas, com mais prejuízos do que benefícios para o país. Tucanos e petistas, nesse aspecto, em nada se diferenciaram
. Segue:
 

  • 08 Janeiro 2015

 

DUAS MANIFESTAÇÕES EM PORTO ALEGRE: O CIVISMO DEMOCRÁTICO E O FANATISMO COMUNISTA
Percival Puggina


 Há poucas semanas, um pequeno grupo de porto-alegrenses se deslocou pela Av. Borges de Medeiros até o local onde está sendo construído um memorial a Luís Carlos Prestes. Sobre a cerca que isola a obra, colocaram alguns cartazes reprovando a iniciativa da Câmara de Vereadores local que vai na contramão do bom senso. De fato, no mundo inteiro, onde os totalitarismos produziram suas aberrações políticas e suas inumanas intervenções na vida dos povos, o que se constrói são memoriais para manter viva a recordação de seus malefícios e de suas vítimas.

 

 Os cartazes levados pelos manifestantes eram de papel e papelão. Foram presos à cerca que contorna a obra, com fita adesiva, para não causar qualquer dano, seja ao prédio, seja à cerca, que sequer foi ultrapassada pelos manifestantes. O que acabo de descrever foi um ato de civismo. Mesmo assim, no dia seguinte, as notícias sobre o evento incluíam o depoimento de um dirigente do Instituto Olga Benário Prestes, para quem aquela pequena manifestação foi fascista, raivosa, antidemocrática, etc..

 

 Mas nada como um dia depois do outro. Não se passaram dois meses e sobreveio um ataque contra um mini-memorial às vítimas do comunismo, localizado no Parque da Redenção. O memorial já fora destruído uma vez e acabara de ser recuperado pelo Sinduscom. A agressão ocorreu na calada da noite e inutilizou totalmente o novo restauro. Como se vê, os comunistas querem apagar a memória de seus males e toda menção às suas vítimas, para darem sequência a seu infernal destino. O nome disso é fanatismo totalitário comunista.
 

  • 08 Janeiro 2015

 

DUAS MANIFESTAÇÕES EM PORTO ALEGRE: O CIVISMO DEMOCRÁTICO E O FANATISMO COMUNISTA
Percival Puggina


 Há poucas semanas, um pequeno grupo de porto-alegrenses se deslocou pela Av. Borges de Medeiros até o local onde está sendo construído um memorial a Luís Carlos Prestes. Sobre a cerca que isola a obra, colocaram alguns cartazes reprovando a iniciativa da Câmara de Vereadores local que vai na contramão do bom senso. De fato, no mundo inteiro, onde os totalitarismos produziram suas aberrações políticas e suas inumanas intervenções na vida dos povos, o que se constrói são memoriais para manter viva a recordação de seus malefícios e de suas vítimas.

 

 Os cartazes levados pelos manifestantes eram de papel e papelão. Foram presos à cerca que contorna a obra, com fita adesiva, para não causar qualquer dano, seja ao prédio, seja à cerca, que sequer foi ultrapassada pelos manifestantes. O que acabo de descrever foi um ato de civismo. Mesmo assim, no dia seguinte, as notícias sobre o evento incluíam o depoimento de um dirigente do Instituto Olga Benário Prestes, para quem aquela pequena manifestação foi fascista, raivosa, antidemocrática, etc..

 

 Mas nada como um dia depois do outro. Não se passaram dois meses e sobreveio um ataque contra um mini-memorial às vítimas do comunismo, localizado no Parque da Redenção. O memorial já fora destruído uma vez e acabara de ser recuperado pelo Sinduscom. A agressão ocorreu na calada da noite e inutilizou totalmente o novo restauro. Como se vê, os comunistas querem apagar a memória de seus males e toda menção às suas vítimas, para darem sequência a seu infernal destino. O nome disso é fanatismo totalitário comunista.
 

  • 08 Janeiro 2015

É muito vigarista junto!

A SENHA: "SG9W"

José Casado, jornalista, no Blog do Noblat

 

Alguns dos maiores segredos da Petrobras vazaram numa operação de espionagem realizada por brasileiros, entre eles um diretor da estatal indicado por deputado do PMDB.

 

Parece formigueiro quando se observa da janela, no alto da torre desenhada como plataforma de petróleo. A massa serpenteia, quase atropelando vendedores de ilusões lotéricas, espertos do carteado e ambulantes de afrodisíacos à volta dos prédios. Na paisagem se destaca um paletó preto surrado. Bíblia na mão direita e “caixa-para-doações” na esquerda, ele bacoreja: “Irmãos, o apocalipse está chegando!”

 

Naquela quinta-feira, 7 de abril de 2011, seu palpite ecoava numa cidade perplexa com a carnificina de 12 estudantes em insano ataque numa escola de Realengo, na Zona Norte.

 

No alto da torre, porém, o mundo era outro. Emoções oscilavam entre a euforia das renovadas promessas de óleo fator sob a camada do pré-sal e a depressão com o rombo de caixa bilionário provocado pelo “congelamento” do preço da gasolina. Recém-chegada à Presidência, Dilma Rousseff culpava suspeitos de sempre, os anônimos “inimigos externos”.

 

No alto da torre, de porta fechada e solitário na sala refrigerada, ele apertou quatro teclas no computador: “SG9W”. Foi como abrir um cofre: abriu-se o acesso a valiosos papéis da Petrobras.

 

Procurou um documento específico (“E&P-PRESAL 21/2011”). Era novo e dos mais sigilosos da empresa naqueles dias. “Confidencial”, advertia a etiqueta na capa. Concluído três semanas antes, consolidava o “Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do Polo Pré-Sal da Bacia de Santos”. Descrevia, em detalhes, a estratégia tecnológica e financeira da estatal para exploração de “uma nova fronteira petrolífera com elevado índice de sucesso exploratório, contendo grandes acumulações de petróleo de boa qualidade para a geração de derivados”.

 

O relatório com dois anexos foi copiado às 15:40:34. No dia seguinte, começou a ser analisado por um grupo de especialistas em Amsterdã. Na segunda-feira, 18 de abril, 11 dias depois, quando a diretoria da Petrobras se reuniu na sede da Avenida Chile, no Centro, para aprovar o secreto plano para o pré-sal, cópias já circulavam em Londres, Mônaco e na holandesa Schiedam, onde está instalada a SBM, fornecedora de quase um terço dos navios, sondas e plataformas alugados pela estatal brasileira. Nos meses seguintes, vieram outros três documentos sigilosos.

 

Nessa operação de espionagem vazaram alguns dos maiores segredos da Petrobras no governo Dilma Rousseff. Por trás, não havia nenhum serviço de informações estrangeiro, o “inimigo externo”, embora naquele abril de 2011 a americana Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) estivesse trabalhando com idêntico objetivo.

 

Foi uma ação de brasileiros. A senha usada para copiar era exclusiva — de uso pessoal — de Jorge Luiz Zelada, que há três anos ocupava a Diretoria Internacional da Petrobras por indicação do deputado federal Fernando Diniz (PMDB-MG), com a chancela amiga do governo Lula. A remessa ao exterior foi realizada por Julio Faerman, agente da holandesa SBM no Rio e responsável pela distribuição de US$ 102,2 milhões em propinas a “funcionários do governo brasileiro”, como confessou a SBM à Justiça da Holanda e à dos EUA.

 

Há pelo menos oito meses o governo e o comando da estatal sabem das ações de Zelada e Faerman, entre outros. Dilma Rousseff, no entanto, continua na praça pregando contra anônimos “inimigos externos” da Petrobras.
 

  • 06 Janeiro 2015

 

EIXO OBAMA - FRANCISCO: PRESTIDIGITAÇÃO E CONFUSÃO


Armando Valladares

 

NOTA DO EDITOR DO SITE

 

Armando Valladares é um escritor cubano que cumpriu 22 anos de prisão (1960 a 1982) sob a ditadura de Fidel Castro. Após muitas greves de fome que o deixaram em cadeira de rodas, conseguiu ir para os Estados Unidos cujo governo o designou embaixador junto à Comissão de Direitos Humanos da ONU (1988 a 1990). Em recente artigo, que pode ser lido aqui, em espanhol, ele fez a observação transcrita a seguir, que considero especialmente relevante e, por isso, traduzi para o português. Diz ele:

 

"(...) Poucos analistas assinalam o aspecto mais grave e trágico deste acordo: a responsabilidade que cabe a seu artífice e mediador mais eminente, o pontífice Francisco. No dia 17 de dezembro pp, o próprio dia do anúncio de restabelecimento de relações diplomáticas, Francisco, junto com a reafirmação de seu papel mediador, saudou a libertação de "alguns presos", sem sequer insinuar que em Cuba o sistema comunista mantém subjugados não a "alguns" senão que a 12 milhões de cubanos. É sumamente doloroso dizê-lo, mas a bota com a qual Castro continua pisoteando meus irmãos da ilha tem, agora, um altíssimo aval".
 

  • 05 Janeiro 2015