• Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 22/10/2021
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AUXÍLIO OU IMPIEDADE?

 

Gilberto Simões Pires

 

PÂNICO

Ontem, os mercados -financeiro e de capital- considerados como -termômetros- que medem a temperatura e a pressão da economia, entraram em PÂNICO. O responsável da hora é o valor do AUXÍLIO BRASIL, programa social do tipo -POPULISTA- que foi criado para substituir o Bolsa Família. A CAUSA do pânico aos mercados está no valor de R$ 400, que agravará ainda mais o problema estrutural das CONTAS PÚBLICAS, rompendo com força o TETO DE GASTOS, considerado como âncora fiscal do país.

 O GRANDE IRRESPONSÁVEL FISCAL

Ora, tomando por base as claras e evidentes MUTILAÇÕES que sofreram todos os projetos e/ou reformas até agora aprovados no Congresso Nacional, este destruidor e lamentável comportamento da maioria dos nossos deputados e senadores revela, sem tirar nem pôr, que o grande e legítimo -IRRESPONSÁVEL FISCAL- do nosso empobrecido Brasil é o PODER LEGISLATIVO. 

 O MAU EXEMPLO DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Nos governos anteriores a IRRESPONSABILIDADE FISCAL era dividida entre o Executivo e o Legislativo, como bem atestam as peças orçamentárias assim como a execução das mesmas. Neste governo, começando pela Reforma da Previdência, que foi barbaramente mutilada, já ficou bem claro o quanto os deputados e senadores, na sua maioria, não suportam qualquer CONTENÇÃO DE GASTOS. Pior: também não gostam de JUSTIÇA, a considerar que vários privilégios conferidos à PRIMEIRA CLASSE (servidores públicos) foram mantidos e/ou permaneceram intocáveis. 

 REFORMA ADMINSTRATIVA

Mais: a PEC da REFORMA ADMINISTRATIVA, caso venha a ser aprovada, nada tem a ver com a proposta enviada pelo Executivo. Além de não mexer nos privilégios dos atuais servidores, sob o argumento de que estão protegidos por Cláusulas Pétreas, tudo leva a crer que também os novos funcionários, aqueles que entrarão para o serviço público a partir de agora, serão tratados da mesma e nojenta forma. Ou seja, isto não é REFORMA, mas uma PEC de IRREPONSABILIDADE FISCAL, SOCIAL, etc... 

 RESPOSTA ECONÔMICA E SOCIAL

Por mais que alguém defenda GASTOS EMERGENCIAIS, o fato é que esta providência só se sustenta de forma lógica caso o Legislativo se comprometa a aprovar medidas de CONTENÇÃO DE DESPESAS PÚBLICAS. Mais: se comprometa, com a mesma intensidade e propósito, a aprovar medidas que propiciem um CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, que por sua vez se refletem em aumento da arrecadação tributária. Vejam, por exemplo, a lista de bons e ótimos projetos que estão parados na Câmara e no Senado. A maioria deles, uma vez aprovados, dariam uma importante resposta econômica e social para o nosso país.