• Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 07 Junho 2025

 

Gilberto Simões Pires

ESTADO DE COMA

Mesmo cercado de muita desconfiança, vi com bons olhos o fato de que, nesta semana, o ministro André Mendonça, do STF, deu sinais de que, enfim, conseguiu sair do PROFUNDO ESTADO DE COMA, que parecia ser IRREVERSÍVEL a considerar o largo tempo em que permaneceu OMISSO e/ou FAVORÁVEL às TIRÂNICAS DECISÕES tomadas a cada momento pela CELESTIAL SUPREMA CORTE.

FRUSTRAÇÕES

Vale lembrar que desde o dia 16 de dezembro de 2021, quando os senadores aprovaram a indicação de Mendonça como ministro do STF, tudo aquilo que se esperava dele em termos de -JUSTIÇA-, infelizmente resultou em sucessivas FRUSTRAÇÕES. Esse sentimento foi de tal ordem que precisei me beliscar para ter certeza de que era real a afirmação do ministro André Mendonça, ao DEFENDER, durante a leitura do voto que discute a validade do artigo 19 do MARCO CIVIL DA INTENET, que o Poder Judiciário adote uma postura “autocontida” no julgamento sobre a RESPONSABILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS por conteúdos ilícitos de usuários. 

DIREITO DO CIDADÃO

Mais: a percepção de que Mendonça saiu do COMA PROFUNDO ficou ainda mais clara quando afirmou que as pessoas têm o direito de desconfiar das instituições, inclusive da Justiça Eleitoral, em defesa da LIBERDADE DE EXPRESSÃO que PROTEGE TODA A SOCIEDADE. “A Justiça Eleitoral brasileira é confiável e digna de orgulho. Se, apesar disso, um cidadão brasileiro vier a desconfiar dela, este é um DIREITO. No Brasil, arrematou -com lucidez- o ministro André Mendonça: é lícito duvidar da existência de Deus, de que o homem foi à Lua e também das instituições”.

BEM COLETIVO

Embora Mendonça seja o único dos 11 ministro do STF que recuperou a razão e a decência, há que se levar em conta que suas afirmações representam um RESPIRO DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO em meio ao MAR DE CENSURA!  Soou, portanto, como uma bela música a defesa de que MAIS DO QUE UM DIREITO INDIVIDUAL, A LIBERDADE DE EXPRESSÃO É UM BEM COLETIVO!  

 

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  • Hon. Justice Aggrey
  • 07 Junho 2025

 

Hon. Justice Aggrey

         "Existe um tipo de sabedoria que não é elevada. Ele não procura atenção. Ele não grita para ser visto. Ela simplesmente existe, silenciosa, profunda e eternamente. Esta é a sabedoria da Igreja Católica, um corpo que sobreviveu a impérios, a cismas, suportou escândalos e, ainda assim, permanece de pé, firme e sagrado. A Igreja Católica não é uma tendência. Não é uma onda social. É uma instituição que caminha com o tempo, mas escuta a eternidade.

Enquanto o mundo se ocupava de previsões, elaborando listas de cardeais notáveis, analisando alinhamentos políticos e formulando teorias sobre quem seria o próximo Papa, o Colégio dos Cardeais escolheu um caminho diferente. Ignoraram o barulho. Afastaram-se dos holofotes. Entraram no sagrado e regressaram com um nome que o mundo jamais imaginou. Papa Leão XIV. Um nome que não tinha sido sussurrado nos corredores da especulação. Um homem desconhecido nas manchetes. Uma escolha que silenciou todos os analistas e redefiniu a bússola da seleção divina.

Isto não é uma coincidência. É uma confirmação da ordem divina.

O que o Vaticano fez não foi apenas eleger um novo Papa. Fizeram uma declaração ao mundo. Lembraram à humanidade que Deus não segue tendências. Ele as define. Que a verdadeira liderança nem sempre se encontra no óbvio. Que por vezes, quem carrega o manto não é aquele que o mundo espera, mas aquele que o céu aprova. Este é o mistério da sucessão divina, envolto em silêncio, revestido de oração e selado em sagrada deliberação.

Eu não sou católico. Mas a cada dia que passa, vejo claramente porque é que esta instituição continua a ser venerada. Não é porque os seus membros são perfeitos. Não é porque os seus líderes sejam imunes ao erro. Isto porque, apesar da imperfeição humana nela existente, a Igreja Católica permanece enraizada na ordem sagrada, na governação estruturada e na disciplina espiritual. É uma instituição que domina a continuidade. A sua longevidade não é sustentada pela conveniência, mas pela consagração.

Nenhuma igreja é perfeita. Nenhuma instituição humana está isenta de falhas. A Igreja Católica não é exceção. Nela existem homens e mulheres com diferentes graus de santidade, sinceridade e luta. Mas no meio de tudo isto, permanece um núcleo profundamente espiritual, um centro que se mantém, um sistema que funciona, um ritmo que não se quebra. Há aqueles que estão dentro dos seus muros que servem a Deus em espírito e em verdade, silenciosa, humilde e fervorosamente. A devoção deles não é uma performance. A fé deles não é uma moda. É uma vida.

O que aconteceu na eleição do Papa Leão XIV não é apenas um acontecimento político ou eclesiástico. É um espelho para o resto do mundo cristão. Expõe, por comparação, o caos que reina em muitos ambientes das igrejas modernas, particularmente no espaço pentecostal. Em algumas destas assembleias, as lutas pelo poder substituíram a oração, e a ambição afogou a unção. A liderança é herdada como propriedade. As eleições são manipuladas como acordos comerciais. O púlpito tornou-se uma plataforma para a performance, não um lugar de transformação. O altar tornou-se um local de exposição, não um santuário.

Mesmo entre os chamados irmãos, o amor arrefeceu. A lealdade é transacional. A fraternidade é vazia. É uma tragédia que muitas igrejas pentecostais não conseguem sequer imaginar manter um processo de sucessão tão transparente, espiritual e altruísta. Ajudar um colega ministro é visto como uma ameaça. A ideia de unidade na liderança foi substituída pela competição e pela suspeita. O sagrado está a ser sacrificado no altar do sucesso.

Mas hoje, a Igreja Católica recordou-nos algo que nos esquecemos. Que o reino de Deus não é ruído, mas ordem. Não exibição, mas disciplina. Não a popularidade, mas a pureza. Lembrou-nos que, quando Deus tem permissão para falar, Ele geralmente escolhe alguém que ninguém esperava. Ele ressuscitará o homem que está escondido. Ele levantará aquele que esteve no lugar secreto.

A eleição do Papa Leão XIV é uma lição para a Igreja e para o mundo. É um apelo ao regresso à estrutura, à sacralidade, à tomada de decisões guiada pelo espírito. É a prova de que uma instituição pode ser antiga, mas não obsoleta. Antigo, mas não irrelevante. Tradicional, mas não estagnado. É a sabedoria em ação.

Esta é a sabedoria da Igreja eterna. Este é o mistério da ordem divina. Este é o poder do sagrado. E num mundo afogado em confusão, ela brilha como uma luz que não pode ser escondida.

Que todo o ouvido que ouve ouça. Que todo o olho que o vê aprenda. Que todo o coração que o compreenda regresse ao antigo caminho que conduz à vida.

Verdadeiramente, Deus não pode ser manipulado como muitas das nossas eleições africanas!! Deus é Deus para sempre!"

*       O autor, Justice Aggrey Otsyula Muchelule, é ministro da Corte de Apelação do Kenia e ex-pastor Metodista.

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  • Alex Pipkin, PhD
  • 06 Junho 2025


Alex Pipkin, PhD

          O Brasil, outrora celebrado como o “país do futuro”, vive hoje sob o torpor letárgico de um modelo econômico esgotado, autofágico e moralmente falido.

É como um navio enferrujado, onde os passageiros tiram selfies no convés enquanto a água invade a casa de máquinas. A dívida pública cresce como uma massa disforme, impagável, e o governo finge que não vê. O lulopetismo, fiel à sua natureza, não tem qualquer compromisso com disciplina fiscal. Gasta como se houvesse amanhã. E não haverá.

Enquanto o país sangra, a Esquerda Letrada preserva sua fórmula de poder: compadrio no topo e dependência na base.

De um lado, subsídios bilionários sustentam empresas zumbis, ineficientes e blindadas contra a concorrência. Em 2025, mais de R$ 615 bilhões foram drenados para manter vivos setores improdutivos. É o capitalismo do compadrio, ou seja, uma elite empresarial mantida em incubadora estatal, sustentada por renúncias fiscais, favores regulatórios e proteção contra a competição internacional.

De outro, o assistencialismo crônico, vendido como justiça social, mas operado como máquina de dominação eleitoral. Mais de R$ 270 bilhões, ou 2,5% do PIB, foram transferidos para programas como o Bolsa Família e o BPC. Não se trata de autonomia, mas de um sistema de domesticação coletiva. Distribui-se dinheiro para manter votos. Compra-se lealdade com o suor do pagador de impostos.

Até quando aceitaremos esse pacto silencioso? Onde está a coragem de romper com essa engrenagem perversa que premia a dependência e pune quem produz? A “elite” do funcionalismo público trabalha e vive em Nárnia!

Esse duplo veneno é o coração do projeto lulopetista! Um modelo que paralisa a produtividade, desincentiva o mérito, desmoraliza o esforço e entorpece a sociedade. Tudo isso embalado em discursos sobre “inclusão” e “justiça social” que apenas perpetuam o atraso.

Enquanto isso, a dívida pública se aproxima de 80% do PIB, os juros devoram o orçamento e o déficit é maquiado com truques contábeis. O Brasil caminha, sem freios, para um colapso fiscal antes de 2030.

Não há mais espaço para reformas cosméticas. É preciso cortar com bisturi, não com espátula. Extinguir o compadrio, desmontar o assistencialismo eleitoreiro e devolver ao brasileiro a dignidade de produzir, competir e prosperar. Isso exigirá coragem. E enfrentamento de verdade.

Não há mais tempo de espera. Ou encerramos esse ciclo de decadência ou aceitaremos, como cúmplices, o colapso iminente de um país que já foi promissor — o eterno país do futuro que nunca chega.

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  • Dartagnan da Silva Zanela
  • 05 Junho 2025

 

Dartagnan da Silva Zanela

         Nós não somos apenas os caminhos que percorremos, os tropeços que damos, as circunstâncias que vivemos. Somos também e, principalmente, o modo como encaramos os nossos descaminhos, a forma como enfrentamos nossas desventuras, a maneira como abraçamos o conjunto desconjuntado da nossa vida. Como nos ensina Ortega y Gasset, é isso que somos; e se não salvamos as nossas circunstâncias, estamos condenando a nós mesmos.

Dito de outro modo, podemos olhar para nossa sombra e lamentar a nossa diminuta condição ou, em vez disso, podemos nos perguntar, de forma resoluta, o que podemos fazer de significativo com o pouco que temos e com o nada que somos.

Para responder a essa espinhosa pergunta, mais do que inteligência e sagacidade, é preciso que tenhamos uma profícua imaginação, tendo em vista que pouco poderá ser compreendido se nossa imaginação for anêmica.

Lembremos: nada pode ser acessado pela nossa compreensão sem que antes tenha sido devidamente formulado pela nossa imaginação, porque aquilo que não pode ser imaginado não pode ser pensado.

Por essa razão, é de fundamental importância que dediquemos uma atenção especial à educação do nosso imaginário, bem como que nos dediquemos a enriquecer nossa leitura de obras de caráter histórico e literário.

Dando uma injeção vitamínica dessa monta em nossa imaginação, seremos capazes de desenhar diferentes cenários políticos e sociais que, até então, não seríamos capazes de conjecturar; poderemos vislumbrar possibilidades de vidas humanas que, antes, seríamos incapazes de conceber e, consequentemente, poderemos refletir de forma mais profunda a respeito da nossa vida e de matutar de modo mais claro sobre os caminhos possíveis que a sociedade atual poderá trilhar num futuro não tão distante.

Qualquer um que, por exemplo, deite suas vistas nas páginas de "Admirável Mundo Novo", de A. Huxley; "1984", de G. Orwell; na biografia de Lira Neto sobre Getúlio; e em "Os Donos do Poder", de R. Faoro, terá sua imaginação fertilizada com uma gama de elementos que, sem dúvida alguma, possibilitará ver a vida com outros olhos, com outros parâmetros.

Enfim, Bernard de Chartres nos diz que somos apenas anões nos ombros de gigantes. Agora, se não voltamos nossa atenção e nosso coração para as páginas titânicas, seremos apenas e tão somente o que somos.

*      O autor Dartagnan da Silva Zanela, é professor, escrevinhador e bebedor de café. Autor de "A QUADRATURA DO CÍRCULO VICIOSO", entre outros livros.

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  • Luiz Guedes, adv.
  • 30 Maio 2025

 

Luiz Guedes, adv.

           O presidente da República assinou a medida provisória da reforma do setor elétrico (MP 1.300/2025), que prevê a criação de uma nova tarifa social. De acordo com as notícias publicadas pelo site do Ministério de Minas e Energia, o novo benefício prevê a gratuidade da conta de energia elétrica para famílias inscritas no CadÚnico com renda mensal de até meio salário-mínimo por pessoa e que consomem até 80kWh/mês. Estima-se beneficiar 17 milhões de famílias com a gratuidade.

Inicialmente, o tema não deveria ser tratado em medida provisória, pois tal instrumento legal, previsto na Constituição Federal de 1988, no art. 62, caput, prevê que deve ser utilizada apenas para questões de relevância e urgência. A reforma do setor elétrico pode até ser relevante, porém carece de urgência. Além disso, tal matéria deveria ter sido objeto de debates no Congresso Nacional, com a participação de pessoas e entidades que atuam no setor e que poderiam contribuir para o aperfeiçoamento do texto legal.

Um outro ponto que parece saltar aos olhos é o caráter populista da medida provisória, sendo assinada e publicada em um momento de baixa da popularidade do presidente da República. Como frisado no site do Ministério de Minas e Energia, haverá isenção da conta de luz de pelo menos 17 milhões de famílias, ou seja, algo em torno de 60 milhões de pessoas serão beneficiadas com a nova tarifa social de energia elétrica.

Apesar de óbvio, parece ser importante lembrar que não se desparece o custo da produção e da distribuição da energia elétrica com uma simples assinatura em um diploma legal. O referido custo permanece e será pago por alguém, isto é, pelos demais usuários do sistema elétrico, quer pessoas físicas, quer pessoas jurídicas.

Isso significará o encarecimento da conta de energia elétrica das pessoas não abrangidas pela mencionada medida provisória. Conta essa já bastante cara, que inibe o aumento da produção de pequenos negócios e acarreta a diminuição no consumo das famílias da classe média, já extremamente sobrecarregadas, para não dizer sufocadas, pela carga tributária brasileira. O impacto financeiro na sua conta de luz ainda será divulgado e provavelmente não será pouco. Basta lembrar o passivo de R$ 62,2 bilhões gerado no governo Dilma quando baixou à base da canetada a tarifa de energia elétrica.

Se realmente o governo federal quisesse promover políticas sociais de impacto positivo em toda a sociedade, deveria diminuir o tamanho do Estado, melhorar a eficiência da máquina estatal, eliminar desperdícios e combater a corrupção dos agentes estatais. Com isso, poderia reduzir a carga tributária, o que beneficiaria a todos, permitindo que mais dinheiro permanecesse com as pessoas e empresas, o que incentivaria novos investimentos na produção e no aperfeiçoamento profissional, resultando em mais geração de renda e na criação de novos postos de trabalho.

Porém, não se faz isso no Brasil. Constata-se o aumento na arrecadação a cada ano, ao custo do sufocamento do setor produtivo e das pessoas trabalhadoras que são escorchadas diariamente através dos tributos. E o pouco dinheiro que resta no bolso dos brasileiros, é consumido pelo imposto silencioso chamado inflação, com o poder de compra dos brasileiros diminuindo consideravelmente ao longo dos últimos anos. É necessário trabalhar mais para tentar comprar o básico, em uma espiral desalentadora, sem a previsão de uma melhora no horizonte próximo.

Será necessário chegar a que ponto de sufocamento da população e do setor produtivo para que o Estado brasileiro seja compelido a fazer uma reforma ampla na tributação e na regulação econômica que vise o alívio dos contribuintes e que crie um ambiente menos hostil à população e às empresas?

Para acessar o texto da MP 1.300, de 21 de maio de 2025. clique aqui.

 

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  • Dartagnan da Silva Zanela
  • 30 Maio 2025

 

 Dartagnan da Silva Zanela

             Dia desses, eu estava folheando um velho caderno de anotações, relendo alguns apontamentos feitos há muito tempo, e entre uns rabiscos aqui e uns borrões acolá, eis que me deparo com algumas observações sobre o ensaio "La misión pedagógica de José Ortega y Gasset", de Robert Corrigan.

Corrigan faz algumas considerações não a respeito da obra do grande filósofo espanhol, mas sim sobre o professor Ortega y Gasset e sua forma de encarar a vocação professoral.

O autor de "La rebelión de las masas" via sua atuação junto à imprensa como uma continuação de suas atividades educacionais, onde apresentava suas ideias, marcava posição frente a temas contemporâneos e, é claro, embrenhava-se em inúmeros entreveros.

Ele afirmava que, para realizarmos com maestria a vocação professoral, é necessário que tenhamos nosso coração inclinado para um certo sacrifício heroico, para que se possa realizar algo maior do que nós mesmos: o ato de levar a luz do saber para os corações que se veem enredados nas sombras do desconhecimento ou que estejam subjugados pelas trevas da ignorância presunçosa.

E todo aquele que, hoje, se dedica de corpo e alma ao magistério sabe muito bem que tudo à nossa volta conspira contra essa hercúlea tarefa, tendo em vista que muitíssimos jovens e adultos encontram-se ébrios deste licor que é a onisciência virtual que, a cada dia que passa, é mais e mais consumida de forma indiscriminada por todos, independentemente da faixa etária.

Sobre esse ponto, lembro-me de que Ortega dizia que a grande missão da educação é levar os indivíduos a deixarem de ficar gravitando em torno daquilo que lhes parece meramente agradável, para passar a orbitar junto à realidade. E, se o mestre espanhol está certo — e creio piamente que está —, algo me diz que estamos, a cada dia que passa, reduzindo severamente as perspectivas da educação em nosso país, infelizmente.

De mais a mais, para que, de fato, algo possa ser feito, antes de qualquer coisa, temos de reconhecer o quão maculados fomos em nossa formação, pouco importa a idade que tenhamos, porque esse mal, em alguma medida, habita em nós.

Por isso, o remédio é amargo e não será fornecido nem pela iniciativa privada, nem pelo Estado, porque não há solução em massa para essa encrenca.

Em resumo, o abacaxi é esse e está em nossas mãos.

*        O autor, Dartagnan da Silva Zanela, é professor, escrevinhador e bebedor de café. Autor de "A QUADRATURA DO CÍRCULO VICIOSO", entre outros livros.

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