• Genaro Faria
  • 01 Dezembro 2015

 

Sim, para felicidade dos dominadores, muitos de nós fomos convencidos de que eles são imbatíveis. Não o são, nunca foram e jamais serão de jeito nenhum.

As organizações criminosas, de fato, tiveram seus dias de expansão e glória desde que Fidel Castro veio ao Brasil para fundar, com Lula, para coordená-las, o Foro de São Paulo, título que não revela seus objetivos e dissimula sua verdadeira matriz, Havana, sob um nome de fantasia.

Se o maior trunfo do seu inimigo é lhe fazer crer que você é quem ele diz que você, como disse um sábio francês cujo nome perdeu-se em minha memória, o PT e seus satélites quase conseguiram esse intento. Era e ainda é comum ouvirmos “tá tudo dominado” como resposta ao apelo para que reagíssemos ao projeto macabro de hegemonia do poder, em curso na América Latina e Caribe desde o colapso do império soviético.

E assim fomos derrotados pelo derrotismo dos fracos ante um poder supostamente incontrastável, ao qual logo aderiram os oportunistas.

Homens de pouca fé! Com tal desânimo e tão débil disposição para se defenderem, são vocês mesmos seus maiores inimigos.

Se não se miraram no exemplo dos hondurenhos, que fecharam a filial socialista metendo o pé nos fundilhos do gerente Manuel Zelaya. Nem nos paraguaios, que não muito depois puseram para correr o bispo garanhão Fernando Lugo, que mirem nossos vizinhos argentinos, que cerraram as portas da filial gerida pela viúva Cristina, a “Evita” que sobreviveu a “Peron” no socialismo do século XXI.

Ou vocês preferem esperar que, nos próximos dias, o mais histriônico chefe mafioso dessa organização internacional, Nicolás Maduro, também seja colocado pra fora com um sonoro e solene chute no traseiro?

Coragem! O país não merece passar outro Natal com o PT dando as cartas desse baralho viciado que trapaceia o jogo democrático do poder. Vamos lá, nós perdemos feio, caímos feito patinhos na lagoa cheia de piranhas e jacarés.
Mas vergonha mesmo é não levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima, como diria Paulo Vanzolini.

Pátria Grande é o Brasil. Só falta agora ela ficar livre, com um povo soberano e confiante em seu futuro.

 

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  • Carlos Azambuja
  • 28 Novembro 2015

(Coleção selecionada pelo historiador Carlos Azambuja)

  • "...pois já são muitos os subjugados pelo medo, o medo de parecer reacionários e o medo de lutar contra o inevitável. O medo de se opor e o medo de não se opor. O comunismo é que é reacionário. E não é inevitável."
  • "O domínio pela coação psicológica e intelectual prepara monstros de conformismo, como os aleijões intelectuais que, mal saídos de uma universidade católica, vão dirigir a União Nacional dos Estudantes, ramo brasileiro da União Internacional com sede em Praga, ninho de filhotes de quinta-coluna; e de lá saem, pela mão do presidente em exercício da República, para dirigir a Reforma Agrária, em cujo nome tantos crimes se cometem – crimes contra a Constituição, contra a produção, contra a educação."
  • O comunismo é um sistema de poder totalitário no qual uma casta burocrática e privilegiada, reunindo pela primeira vez no mundo moderno todos os instrumentos do poder nas mesmas mãos, possui ao mesmo tempo os meios de produção e de troca e todos os meios de enquadramento político e cultural, dos quais se serve ditatorialmente.
  • Eis uma síntese para recordar o que o maior brasileiro de seu tempo, Carlos Frederico Werneck de Lacerda, escreveu no prefácio do livro "Em cima da Hora", de Suzanne Labin, editado no Brasil em 1964, traduzido por Lacerda antes de março de 64.
  • No prefácio, Carlos Lacerda escreveu que o livro "Em Cima da Hora" é uma importante contribuição à luta pela democracia no Brasil, pois são impressionantes a ignorância e a candura com que se faz o jogo dos soviéticos, na infiltração, na propaganda e na conquista deste país, decisivo para a América Latina e para o próprio destino da liberdade no mundo.
  • "Os liberais arrependidos, os socialistas retardados, os religiosos tomados de surpresa, os ensaístas deslumbrados, os jornalistas alfabetizados, os intelectuais ressentidos, os desajustados da liberdade, os novos-ricos de certos bancos e os novos-pobres de certo espírito, formam as mais estranhas combinações para abrir caminho à propaganda, ao sofisma, às ideias-força da Guerra Subversiva que os soviéticos movem contra o mundo livre.""Sem defesa adequada, com os partidos em dissolução, as Forças Armadas intrigadas e perplexas, a própria Igreja Católica ameaçada de divisão e de se colocar, em vários setores, a serviço da subversão pensando que assim se renova, o que mais admira é como o Povo, o simples e bom Povo do Brasil ainda não se convenceu, de vez, que o regime soviético é o melhor. Pois, de todos os lados, os responsáveis pela sua formação cultural, espiritual, econômica, e pela sua defesa militar, ou tentam convencê-lo a se entregar ou se omitem, com o pavor de não serem admitidos no paraíso soviético que pretende abrir aqui uma sucursal."
  • "Um Presidente da República tem o desplante de dizer que a Constituição que jurou defender e nunca respeitou nem cumpriu, está superada. E contra ela mobiliza, numa aliança natural, os negocistas e os comunistas, igualmente interessados em saquear o Brasil, privando-o da ordem democrática, da ordem com liberdade, da liberdade com responsabilidade."
  • "Há os que dizem: é inútil combater o comunismo, o que há a fazer é combater a miséria. Supondo que a miséria acabe no mundo antes do comunismo, tomemos o argumento: o comunismo só vence onde há miséria. Logo, ele precisa da miséria para vencer. Portanto, cada vez que se aceita a colaboração dos comunistas e seus auxiliares na alegada luta contra a miséria, está-se trazendo um balde de gasolina para apagar o incêndio."
  • "Outro argumento apresentado com freqüência é o da "coexistência pacífica". Supor que a ditadura soviética se deixará confinar nos territórios já ocupados, e uma nova linha de Tordesilhas dividirá o mundo entre zonas de influência dos Estados Unidos e da Rússia, que se respeitarão entre si, é uma versão nova do espírito de Munique."
  • Com deplorável leviandade, fruto da aflição servida pela ignorância, certos prelados confundem economia social com assistência social, e Jesus Cristo com Jean Jacques Rousseau. Uma epidemia de oportunismo, agravada pela ignorância e pelo pedantismo se apossa do Brasil. Este é bem o momento de fazer ouvir a voz clara e sincera de uma inteligência poderosa, leal à missão que se impôs."
  • "Certo, há que lutar pelo bem-estar social. Mas, a condição de êxito dessa luta é a eliminação do comunismo. Não é só a miséria a estimular o comunismo. É o comunismo a estimular a miséria."
  • "Poucos fatores podem ser tão decisivos, na guerra política, quanto um livro. Foi com livros que Lênin deu saída à Revolução Russa. É com livros, é com idéias que podemos fazer a Revolução Brasileira."
  • "Quem quiser entender o que se está passando no Brasil, e contribuir para mudar esses acontecimentos terríveis, deve ler este livro. Os inimigos também. Ele só não adianta aos tolos."

Carlos Azambuja, historiador, é autor de A Hidra Vermelha.
 

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  • Alexandre Borges
  • 28 Novembro 2015

 

A última de Barack Obama foi dizer que os muçulmanos ajudaram a construir os EUA, que a história do país está entrelaçada com a história dos muçulmanos que estavam lá desde o começo.

Pelo jeito, Obama andou pulando algumas aulas de história. Vamos lá:

- Quando os EUA nasceram, no final do séc. XVIII, havia uma grave crise com os muçulmanos do norte da África. Eram povos oficialmente muçulmanos, que viviam sob as leis do Corão.

- Estes islâmicos atacavam os navios que passavam pelo Mediterrâneo, incluindo americanos, sequestrando, escravizando e matando ocupantes, além de saquear a carga. Os navios americanos eram normalmente protegidos pela marinha inglesa antes da independência mas depois de 1776 era cada um por si.

- Os piratas muçulmanos cobravam fortunas como resgate dos reféns e os preços sempre subiam a cada sequestro bem sucedido. Thomas Jefferson se opôs veementemente aos pagamentos mas foi voto vencido, os EUA e as outras nações com navios sequestrados estavam aceitando pagar os resgates e subornar os piratas. O presidente americano era George Washington.

- Por volta de 1783, Thomas Jefferson, Benjamin Franklin e John Adams vão para a Europa como embaixadores para negociar tratados de paz e cooperação. Os EUA nasceram em 1776 e estavam mergulhados até então na Guerra de Independência. Assim que a situação acalmou, essas três figuras icônicas saem em missão diplomática para representar o país.

- Em 1786, depois de dois anos de conversas diplomáticas com os islâmicos, Thomas Jefferson e John Adams encontraram com o embaixador dos povos que ficavam na região de Trípoli, na atual Líbia, chamado Sidi Haji Abdul Rahman Adja. Jefferson estava incomodado por conta dos ataques que não acabavam mesmo com todos os esforços de paz e quis saber com que direito os muçulmanos sequestravam e matavam americanos daquele jeito.

- A resposta que ouviu marcou Jefferson para sempre: "o islã foi fundado nas Leis do Profeta, que estão escritas no Corão, e diz que todas as nações que não aceitarem a sua autoridade são pecadoras, que é direito e dever declarar guerra contra seus cidadãos onde puderem ser encontrados e fazer deles escravos e que todo muçulmano que for morto na batalha irá com certeza para o Paraíso." Jefferson ficou chocado, ele não queria acreditar que uma religião literalmente mandava matar todos os infiéis e que quem morresse na batalha iria para o paraíso.

- Durante 15 anos, o governo americano pagou os subornos para poder passar com seus navios na região. Foram milhões de dólares, uma quantia que representava 16% de todo orçamento do governo federal. O primeiro presidente do país, George Washington, não queria ter forças armadas permanentes por não ver riscos de ataques ao país, mas os muçulmanos mudaram esta idéia. Os subornos serviriam para evitar a necessidade de ter forças militares mas não estavam funcionando porque os ataques continuavam. Quando John Adams assume, o segundo presidente, as despesas sobem para 20% do orçamento federal.

- Em 1801, Jefferson se torna o terceiro presidente americano e, mal tinha esquentado a cadeira, recebe uma carta dos piratas aumentando o butim. Ele fica louco e, agora como presidente, diz que não vai pagar nada.

- Com a recusa de Jefferson, os muçulmanos de Trípoli tomaram conta da embaixada americana e declararam guerra aos EUA. Foi a primeira guerra da América após a independência, a marinha americana foi criada exatamente para esse conflito. As regiões das atuais Tunísia, Marrocos e Argélia se juntaram aos líbios na guerra, o que representava praticamente todo norte da África com exceção do Egito.

- Jefferson não estava para brincadeira. Mandou seus navios para a região e o conflito durou até 1805, com vitória americana. O presidente americano ainda colocou tropas ocupando no norte da África para manter a situação sob controle.

Thomas Jefferson ficou realmente impressionado com o que aconteceu. Ele era contra guerras e escreveu pessoalmente as leis de liberdade e tolerância religiosa que estão na origem da Constituição americana, mas ele entendeu que o Islã é totalmente diferente, era uma religião imperialista, expansionista e violenta.

Jefferson mandou publicar o Corão em inglês em 1806, lançando a primeira edição americana. Ele queria que seu povo conhecesse o Corão e entendesse aquele pessoal do norte da África que roubava, saqueava e matava, cobrava resgates e que declarou guerra quando os pagamentos cessaram.

Durante 15 anos, um diplomata de Jefferson chegou a dizer, os americanos eram atacados porque não atacavam de volta e eram vistos como fracos. A fraqueza americana foi um convite para os muçulmanos daquela época como é para o ISIS hoje. Só houve paz na região quando Jefferson atacou e venceu a guerra, depois ocupando o território. Não tem mágica, é assim que se faz.

Barack Obama quer saber como os muçulmanos estão na história americana? Eles estão como os motivadores da primeira guerra, eles forçaram a criação das forças armadas que nem existiam e fazem parte até do hino dos marines que começa com "From the Halls of Montezuma / To the shores of Tripoli".
 

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  • Gilberto Simões Pires
  • 27 Novembro 2015

www.pontocritico.com


BARBÁRIE
A barbárie que ocorreu ontem em Porto Alegre, quando um motorista que estava prestando serviço através do aplicativo -UBER-X- foi brutalmente espancado por uma dezena de criminosos que representam a MÁFIA dos motoristas de TAXI, é mais um atestado que identifica o quanto a Capital do RS é uma cidade MEDIEVAL.

ATITUDES ESTÚPIDAS
Fortemente estimulada e amparada por atitudes estúpidas, como:
1- decisão dos vereadores, que simplesmente resolveram proibir o -UBER- em Porto Alegre; e,
2- declarações, tanto do prefeito, José Fortunati, quanto do Secretário Municipal de Mobilidade Urbana e Diretor-Presidente da EPTC -Empresa Pública de Transporte e Circulação-, Vanderlei Luis Cappellari, que afirmam, de forma arrogante e ditatorial, que a CIDADE TEM DONO;
o motorista Bráulio Escobar foi vítima de uma emboscada promovida por BANDIDOS.

PREFERÊNCIA POR COMUNISTAS
Como a maioria dos leitores do Ponto Critico vivem fora do RS, muitos não tem ideia do quanto o povo de Porto Alegre tem preferência pelo ATRASO. A prova está na preferência e na paixão que os eleitores nutrem por políticos comunistas.

FORTUNATI
Além de manter o PT na prefeitura por muitos anos, com resultados catastróficos, os eleitores de Porto Alegre, resolveram eleger José Fortunati, que como -comunista da veia- iniciou sua vida política como petista, onde aprendeu que a real vocação do município é ser uma cidade MEDIEVAL.

PESQUISAS
Aliás, para colaborar com o meu raciocínio, vejam que as recentes pesquisas de intenção de voto para prefeito de Porto Alegre apontam a preferência dos eleitores para duas comunistas: Luciana Genro e Manoela D'Ávila. Só por aí já se tem ideia do quanto não surpreende os atos de barbárie contra quem só quer trabalhar.

SAFADEZA
Pensando bem, os petistas ainda fazem de tudo para evitar que eu cometa alguma injustiça através das minhas críticas, comentários e opiniões. Quando digo, por exemplo, que a SAFADEZA está no gene petista, a confirmação não demora a aparecer, como é o caso da postura que os senadores petistas adotaram quanto a prisão de Delcídio Amaral.
 

DNA PETISTA
Vejam que mesmo depois de assistir várias vezes a gravação que levou à prisão do senador petista (Delcídio Amaral), NOVE senadores do PT (lista abaixo) resolveram votar pela NÃO MANUTENÇÃO DO BANDIDO NA PRISÃO.

Ângela Portela (PT-RR)
Donizete Nogueira (PT-TO)
Fernando Collor (PTB-AL)
Gleisi Hoffmann (PT-PR)
Humberto Costa (PT-PE)
João Alberto Souza (PMDB-MA)
Jorge Viana (PT-AC)
José Pimentel (PT-CE)
Lindbergh Farias (PT-RJ)
Paulo Rocha (PT-PA)
Regina Souza (PT-PI)
Roberto Rocha (PSB-MA)
Telmário Mota (PDT-RR)
ABSTENÇÃO:
Edison Lobão (PMDB-MA)
 

 

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  • João Cesar de Melo - Instituto Liberal
  • 24 Novembro 2015


O rompimento das barragens em Minas Gerais provocou uma avalanche de publicações no sentido de tentar fazer a sociedade ver a tragédia como resultado do capitalismo, já que a Vale, controladora da Samarco, é apresentada como uma empresa privada - privatizada por FHC!

Se considerarmos que um partido político é uma instituição privada, sim, a Vale foi privatizada. A Vale é do PT. A Samarco também.

O processo de tomada do controle da Vale pelo PT é muito bem descrito num dos capítulos do livro Reinventando o Capitalismo de Estado, de Aldo Musacchio e Sergio Lazzarini.
Um resumo:

A privatização da Vale promovida por Fernando Henrique Cardoso em 1997 foi parcial. O governo vendeu pouco mais de 41% das ações da empresa para a Valepar, holding que na época era liderada pelo empresário Benjamin Steinbruck. Porém, o governo manteve o controle das golden shares, ações que lhe dava poder de decisão em vários assuntos, por exemplo, sobre os objetivos da empresa.

No ano de 2001, o conselho de administração da Vale aprovou a nomeação de Roger Agnelli como CEO da empresa. Um ano depois, a privatização foi concretizada com o BNDES vendendo 31,5% de sua participação. No entanto, no ano seguinte, 2003, início do governo Lula, o mesmo BNDES recomprou 1,5 bilhão em ações da empresa. Nesse mesmo ano, Lula apadrinhou a nomeação do ex-sindicalista e ex-vereador petista Sergio Rosa (hoje investigado pela Operação Lava Jato) como CEO do Previ, o fundo de pensão do Banco do Brasil.

Sob a liderança de Agnelli, a Vale deu um salto de produtividade, de rentabilidade, de admissão de funcionários e de pagamento de impostos e de royalties.

A partir de 2009, o grupo que reúne fundos de pensão de empresas estatais controlados pelo PT (Previ, Petros e Funcef) se utilizou da Litel, holding criada por eles mesmos, para assumir o controle da Valepar e por meio dela obter 49% das ações da Vale, o que somados aos 11,5% que já estavam nas mãos do BNDESPAR, braço de investimentos do BNDES, deu ao PT o controle sobre mais de 60% das ações da empresa.

Começou, então, a pressão de Lula sobre Agnelli para que a Vale fizesse mais investimentos no Brasil, principalmente na aquisição de siderúrgicas e na encomenda de navios, mesmo que os similares estrangeiros custassem a metade do preço.

Lula também tentou fazer um certo Eike Batista chegar à presidência da Vale. Não conseguindo, tentou substituir Agnelli por Sergio Rosa. Também não conseguiu.

A despeito das pressões, Agnelli continuou seus projetos na Vale, incluindo a encomenda de navios na China e na Coreia do Sul, o que enfureceu Lula. Em 2011, logo após a Vale registrar um lucro trimestral quase 300% acima do trimestre anterior, Agnelli foi demitido. Seu sucessor e atual presidente, Murillo Ferreira, foi indicado por Lula – e até dois meses atrás, Ferreira também ocupava uma cadeira no conselho de administração da Petrobrás. Desde então, os rumos da Vale são ditados pelos interesses PT.

Ignorando normas de licitação e do TCU, a mineradora firmou diversos contratos com empresas beneficiadas pelo programa de proteção e de incentivo à indústria nacional iniciado por Lula e que, obviamente, formava o grupo de financiadores (Odebrecht, por exemplo) de seu partido e de todos os movimentos que o apoiavam.

Não por acaso, desde então a Vale vem registrando perdas. Hoje, a Litel tem, sozinha, 52,5% das ações da Vale.

Em tempo: Todos os setores que foram beneficiados pelo protecionismo do PT estão hoje em colapso e todos os fundos de pensão de empresas estatais controlados por petistas estão deficitários.

Três perguntas:
O grupo que detém o controle acionário da Vale não seria o maior responsável pelos projetos de suas empresas?
O governo não foi negligente na concessão de alvarás e na fiscalização?
O PT, que controla a Vale, que governa Minas Gerais e o Brasil não tem nada, absolutamente nada a ver com isso?

E assim, mais uma vez nos deparamos com a razão do estado não poder participar do mercado. Quando participa, o próprio estado se torna o mais interessado em abafar as responsabilidades em caso de incompetência e de negligencia, deixando a sociedade completamente desamparada institucionalmente. As pessoas que perderam suas casas, suas fontes de renda e familiares na tragédia com toda certeza ouvirão muitas promessas do governo e talvez recebam algum dinheiro, mas a probabilidade é de que não verão ninguém sendo punido.

A realidade que deveria ser vista pela sociedade é que a maioria das grandes empresas brasileiras estão sob influência direta ou indireta do governo, estão sujeitas aos interesses de militantes do PT e de políticos de sua base aliada que geram lucros para si mesmos e prejuízos para a sociedade. Os bancos, os fundos de pensão e as agências regulatórias do estado não passam de instrumentos políticos. Para saber quais são as empresas que estão sob o controle do PT, basta checar seus quadros acionários, os benefícios fiscais, a quantidade de dinheiro que receberam do BNDES e os valores que doaram aos partidos nos últimos anos.

Se estivéssemos num país regido pelo livre mercado, a Samarco e a Vale seriam empresas realmente privadas e suas responsabilidades nesse acidente seriam realmente levantadas, julgadas e punidas, já que o governo não teria interesse em livrá-las do peso da justiça. Se fossem privadas, o estado iria com toda sua força contra as empresas. Se fossem privadas, alguém iria para a cadeia.

Como se fosse pouco as mortes e os prejuízos ambientais, a tragédia também levará consigo muitos bilhões de reais investidos pelos fundos de pensão que controlam as duas empresas, ou seja: Os prejuízos serão estendidos aos funcionários da Caixa, da Petrobrás e do Banco do Brasil.

Um acidente como o ocorrido em Minas poderia ter acontecido com qualquer empresa e em qualquer lugar do mundo, como já ocorreu tantas vezes, porém, o caso em questão evidencia mais uma vez que a participação do estado na economia potencializa a impunidade. Ninguém será punido pela tragédia em Minas, assim como ninguém foi punido pelos acidentes nas plataformas da Petrobrás nem pelos prejuízos sociais e ambientais provocados pela falência das empresas de Eike Batista, o ilustre filho bastardo das políticas “desenvolvimentistas” do PT.

Para evitar problemas, dias depois da tragédia em Minas, Dilma assinou o decreto 8572 que diz que “…considera-se também como natural o desastre decorrente do rompimento ou colapso de barragens que ocasione movimento de massa, com danos a unidades residenciais”. Com uma simples canetada, Dilma tirou da Samarco e da Vale toda a responsabilidade sobre a tragédia.

 

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  • DefesaNet entrevista Eugênio Moretzsohn
  • 24 Novembro 2015

 

DefesaNet entrevistou o Analista de Inteligência Eugênio Moretzsohn, estudioso de Contrainsurgência, Consultor de Segurança, Contrainteligência e Compliance.

Nesta entrevista tratamos com o estudioso Eugênio Moretzsohn sobre um enfoque bastante mencionado mas não detalhado com o cuidado e linguagem acessível que nos apresenta.

DefesaNet - Em sua opinião, por que o Estado Islâmico (EI) consegue recrutar tantos combatentes estrangeiros para suas fileiras?

Eugênio Moretzsohn: Os integrantes do EI são unidos por forte sentido de pertencimento, que é um sentimento mais complexo e mais profundo que o esprit de corps (espírito de corpo) conhecido por todos aqueles que prestaram o Serviço Militar ou foram escoteiros. O pertencimento pode ser definido, pelo dicionário, como “sentido em pertencer”, mas, no mundo real significa “forte união por estarmos do mesmo lado”, “orgulho visceral dos nossos objetivos e raízes comuns” e, até mesmo, “darei minha vida pela causa e por você”. Para aqueles que estão se sentindo “sem chão”, como muitos dos jovens fracassados no estudo e no trabalho nas periferias das grandes cidades, o chamado do EI é irresistível e, para quem não sabe para onde ir, qualquer direção é um norte.
 

DefesaNet - Para o EI, a vida humana parece não ter valor. O pertencimento pode ser utilizado de forma tão cruel?

Eugênio Moretzsohn: O pertencimento é, de per si, ecumênico e apartidário, podendo se manifestar no bem e no mal, da mesma forma que a motivação e o entusiasmo. O pertencimento está presente na vibração dos torcedores por seu time, na união dos escoteiros por sua agremiação e na crença dos maçons em sua instituição milenar. Tropas de elite militares possuem forte pertencimento, orgulhosamente materializado nas boinas coloridas, nos brevês de cursos de combate apostos nos uniformes, geralmente camuflados ou negros. Equipes vencedoras nos desportos e nos negócios também desenvolvem esse sentimento de forma sadia. Para o mal, ele pode estar presente na nefasta união entre malfeitores, orgulhosos de suas “façanhas”, como foram as antigas famiglias da Máfia e as gangues de Nova York, e como é hoje o PCC do nosso sistema prisional.

DefesaNet - Qual a razão de o jovem procurar tanto pertencer a alguma coisa?

Eugênio Moretzsohn: A psicologia social explica que somos seres gregários, ou seja, a espécie humana só sobreviveu por ter se mantido em grupo (tribos, bandos, clãs) favorecendo a defesa, a procura por alimentos e a reprodução. Isso é bastante claro no clássico “A Guerra do Fogo”, dos anos 80. Os jovens necessitam ser aceitos em seus grupos sociais e todos nós passamos por isso. Sentimentos de rejeição são perigosos e, se indevidamente alimentados, podem levar ao isolamento, ao consumo de álcool, drogas ilícitas e até ao suicídio. Lembra-se como era comum o jovem começar a fumar (cigarro) para ser aceito na turma do colégio? Somos assim, precisamos nos relacionar e nos sentir acolhidos, por esse ou por aquele grupo. Grupos coesos e fortalecidos impõem quase uma iniciação para aceitar novos entrantes, os quais precisam comungar seus valores. Esse desafio de conseguir ser “bom o suficiente para ser aceito” é essencial para desenvolver o pertencimento, pois ninguém valoriza pertencer a algo acessível a qualquer um.Gostamos de fazer parte de uma elite, ainda que à nossa maneira, já que não conseguimos ser aceitos pela elite à qual gostaríamos de fato pertencer.

DefesaNet - Quais estratégias o EI utiliza para motivar os recrutas?

Eugênio Moretzsohn: Muitos dos jovens que nele se alistam foram rejeitados em suas sociedades, nas quais são considerados "perdedores", por serem pobres, iletrados, feios e minoritários; assim, se identificam com os desafios e o acolhimento que os líderes do E.I. lhes acenam por meio de competente marketing institucional, em mídias atuais atrativas e acessíveis a esse público. O feedback positivo é sempre presente em cada etapa da ambientação e do treinamento dos recrutas. Por sua dedicação, esforço pessoal e atributos de liderança, como reconhecimento por seu suor, atingem patamares progressivos na hierarquia do EI, ao longo da qual almejam dinheiro, conforto e alguma privacidade com jovens mulheres (às vezes escravizadas).

DefesaNet - Como pode ser interrompido o fluxo de voluntários estrangeiros para o EI?

Eugênio Moretzsohn: Ele pode ser, digamos, administrado, mas, não interrompido. Inicialmente, deve-se ter a humildade em reconhecer que o sistema de recrutamento deles é muito bom: utilizam as redes sociais com maestria, são agressivos em seu marketing e mergulham com desenvoltura na Deep Web, sabidamente um ambiente só para os iniciados. Falam, assim, a linguagem dos mais jovens e atiçam seu natural desejo por desafios. Portanto, temos de também estar preparados para atuar, com desenvoltura, nesses mesmos ambientes.

DefesaNet - E sendo mais específico?

Eugênio Moretzsohn: É necessário empreender complexa operação de contrapropaganda e desinformação, inicialmente para reduzir os efeitos da eficaz propaganda do EI, mitigando seus efeitos, para, depois, introduzir no imaginário dos jovens passíveis de recrutamento informações novas (daí a desinformação), produzidas deliberadamente com a intenção de causar danos em suas fileiras (deserções e defecções). Como o EI é muito fechado e, claro, de difícil infiltração, será certamente necessário “produzir”, com atores profissionais e diretores competentes, cenas e sequências inteiras de confissões “de cinema”, montadas deliberadamente com a finalidade de denegrir a imagem de seus líderes (retratados nessas cenas criadas como corruptos, elitistas, avarentos), fomentar a discórdia em suas fileiras (mostrando sequências fictícias de abusos contra os recrutas novatos, roubo de dinheiro do pagamento dos subordinados, covardia dos líderes diante do perigo em combate), explorar as conhecidas mazelas dos grupos paramilitares (produzindo vícios, perversões, vaidades exacerbadas), e forjar crueldade com os que fraquejam e pensam em desistir por não se adaptarem ao EI, tudo isso com a finalidade de causar rejeição e repulsa nos que buscarem informar-se a respeito dele nas redes sociais, saturando-as com essa nova “verdade”. A produção precisa ser impecável para ser crédula e desconstruir os mitos da infalibilidade e do puritanismo de intenções do EI E, claro, ataques cibernéticos para pichar o sítio do EI na WEB, demonstrando que ali também são falíveis.

DefesaNet - A crueldade afasta ou aglutina?

Eugênio Moretzsohn: As imagens das decapitações e dos incêndios em vítimas indefesas são relativizadas diante da argumentação, inverídica, que elas seriam as causadoras de seu desemprego, de seu fracasso escolar, de suas frustações pessoais, familiares e profissionais; portanto, seria legítimo cortar-lhes a cabeça, afogá-las ou queimá-las vivas. Seria uma espécie de “esterilização”, de expurgar o mundo de todo o mal. Não adianta esforçar-se para “acordar” os jovens recrutáveis a partir das imagens atrozes dos atentados, pois, em suas almas perdidas, não associam uma coisa à outra (há sempre os perversos que sim, e que estão lá para isso mesmo). Faço comparação com algo que acontece aqui no Brasil: para certo público, não adianta tentar associar a figura do ex-presidente à atual crise moral e econômica (embora qualquer um que tenha mais cérebro que uma ameba saiba disso); incrivelmente, a verdade não entra na cabeça dos militantes.

DefesaNet - As autoridades devem tentar prender os jovens alistáveis?

Eugênio Moretzsohn: Já ocorreram algumas detenções a partir de investigações. O problema é que essas democracias tradicionais garantem aos cidadãos, inclusive aos maus, mais direitos que eles merecem; por isso esses ataques na França, onde, para se revistar um suspeito é necessário haver quase um julgamento. Veja se o EI pretende atacar alvos na China? Mas, respondendo, sim, os jovens que forem interceptados no caminho da adesão ao EI precisam ser enquadrados no que as leis permitirem ou, no mínimo, mantidos em quarentena. Também é útil desenvolver um programa de acolhimento de defectores (civis que colaboram) e desertores (combatentes), pois, tal iniciativa poderá fomentar o abandono das fileiras pelos não convictos, fontes importantes de informação útil às operações, depois de devidamente analisadas tecnicamente.

DefesaNet - Os bombardeios cirúrgicos devem continuar em sua opinião?

Eugênio Moretzsohn: Sim e não. Sim: sempre destruir alvos compensadores detectados. Pena que a Toyota não “chipou” suas pick-ups, usadas como veículos de ataque e reconhecimento móvel pelo E.I. (como sabem, são chamadas de Technicals). Se os satélites pudessem localizá-las pelos chips, seria uma festa para os drones artilhados. Só que essa não pode ser a única opção de ataque, como está sendo hoje, pois, precisamos urgentemente desembarcar a Infantaria Mecanizada, lançar Paraquedistas, Rangers e Commandos para cercar e matar o inimigo no chão. No início, o E. I. irá se comportar como todo movimento guerrilheiro: fugir do confronto direto contra um inimigo mais forte, esperando por oportunidade melhor para atacá-lo. Por isso é necessário estabelecer diversos cercos menores e ir apertando devagar, revistando vila por vila, casa por casa. E conquistando a adesão da população encorajando-a a denunciá-los, mediante recompensa.

DefesaNet - Será possível vencer o EI?

Eugênio Moretzsohn: Militarmente sim, mas, dependerá da situação política da Síria, antes de tudo. Isto pode ser um fator complicador para a atuação das tropas em terra: será que o ditador sírio autorizará o desembarque de milhares de soldados em seu território? E a Rússia concordará? Mas, isso é assunto para os estrategistas em geopolítica e prefiro não me arriscar. Pelo comportamento covarde dos integrantes do EI, na hora da verdade não irão enfrentar militares profissionais. Puseram para correr frações do exército sírio desmotivadas e sem liderança, mas não são adversários para a Legião Estrangeira francesa ou para o S.A.S. britânico.

DefesaNet - Você falou em “movimento guerrilheiro”. O Estado Islâmico é um grupo terrorista, ou guerrilheiro?

Eugênio Moretzsohn: Para mim, o EI é um grande grupo guerrilheiro que emprega fortemente métodos terroristas. Ele pretende criar um califado nos territórios conquistados, substituindo o poder vigente por outro; pela doutrina, isso se enquadra em guerrilha. Concordo que suas ações terroristas em outros países o afastem dos “guerrilheiros clássicos” que procuram manter seu foco em alvos estatais dos territórios ambicionados. A guerrilha pode valer-se de efetivos maiores que as células terroristas, e atuam à semelhança militar (vejam as FARC), conquistando localidades e mantendo territórios (mesmo que temporariamente), onde exercem algum tipo de soberania ou controle. Sendo considerado um grupo guerrilheiro, pode haver diferença de tratamento nos tribunais, pois são considerados “combatentes irregulares” e, portanto, passíveis de condenação à morte. O terrorista, em tese, pode argumentar “motivação política” para sua ação e escapar do carrasco.

DefesaNet - Para fechar: onde aprendeu sobre técnicas de recrutamento?

Eugênio Moretzsohn: Por razões de estado, passei a vida profissional recrutando “olhos e ouvidos” nos diversos locais por onde passei, especialmente na Amazônia e na Tríplice Fronteira. Você simplesmente não consegue estar em todos os lugares, e precisa “colocar os gansos” para vigiar para você. Sempre utilizei a técnica de recrutar com base no sentimento patriótico, com módicas e ocasionais recompensas materiais. Na Amazônia, meu pedacinho de chão eram 5% do território nacional. Para cumprir a missão, você cria uma família de cooperadores unida pelo desejo de servir, de sentir-se útil, orgulhosos em fazer aquilo. Aliás, é o que nos motiva a viver, não é? 

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