• Tibiriçá Ramaglio
  • 11/02/2009
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CL?IS ROSSI E A SOLU?O FINAL - Enviado pelo autor

Na Folha de S. Paulo de hoje, 11/02/09, um artigo intitulado Homens-bomba de batina, do jornalista Cl? Rossi, desenvolve um racioc?o falacioso que constitui um desrespeito ?ntelig?ia do leitor e, mais ainda, uma verdadeira afronta a qualquer moral, religiosa ou laica, de vez que a premissa do articulista implica a defesa do exterm?o de idosos com Alzheimer, dementes e qualquer pessoa com rebaixamento cr?o da consci?ia – ainda que ele mesmo n?tenha percebido essa implica? de seu arrazoado. Rossi principia apresentando a seguinte declara? de Beppino Englaro, o pai de Eluana Englaro, a mo?italiana que se encontrava em coma h?7 anos e morreu tr?dias ap?s m?cos deixarem de aliment?a: As pessoas vivas s?capazes de entender e decidir por elas pr?as. Baseado nessa afirma?, cuja veracidade e objetividade Rossi acredita ter uma nitidez que os melhores fil?os e te?os ter?dificuldade em acompanhar, o articulista decreta que Eluana n?era um ser vivo e que at?a a uma m?ina como pretendiam o Vaticano e o governo italiano seria desumano. Pois bem, se se toma essa defini? de Beppino Englaro ao p?a letra, de maneira t?n?da e perempt?, os idosos com Alzheimer, os dementes e qualquer pessoa com rebaixamento cr?o da consci?ia, para n?falar nas crian?, n?podem ser considerados seres vivos. A identifica? entre consci?ia e vida humana ?laramente reducionista e n?encontra fundamento na ci?ia m?ca.Trata-se de uma premissa evidentemente falsa, a menos que Rossi considere aconselh?l e humano o exterm?o dessas pessoas... Ora, partindo de uma premissa como essa, s? pode chegar a conclus?falsas e incorretas. Por? o articulista da Folha desafia toda l?a ao deduzir, a partir dessa premissa, que a atitude do Vaticano ?d?ica ?os homens-bomba, que se matam e matam quantos estejam a seu redor. Muito pelo contr?o, ao condenar o desligamento das m?inas que mantinha Eluana viva, o que o Vaticano visava era precisamente evitar uma morte. Isso ?ncontest?l. Para piorar, a partir da?numa atitude que tanto tem de anticlerical quanto de sensacionalista, Rossi mistura alhos com bugalhos e v?a revers?da excomunh?do bispo brit?co Richard Williamson o mesmo desrespeito ?ida por parte do Vaticano. A prop?o do caso de Richard Williamson, a pr?a Igreja j?e encarregou de deixar claro o que o papa Bento XVI pensa do Holocausto. Talvez devesse explicar melhor o significado de uma excomunh? para Rossi compreender que sua revers? no caso Williamsom, n?significa ratificar as id?s do bispo, mas, mal comparando, comutar uma pena de morte em pris?perp?a, ato perfeitamente compat?l com a caridade ensinada aos homens por Jesus Cristo. Contudo, evidentemente, Cl? Rossi n?est?nteressado em caridade. O que ele quer, nesse discurso que, subrepticiamente, se arvora em racional e progressista, ?tacar a o papa conservador e a Igreja, e concluir apressadamente que o catolicismo tamb?est?ujeito ao fundamentalismo. Ora, est?sim, como qualquer outra doutrina: se por fundamentalismo se entende o integrismo ea obedi?ia rigorosa e literal a um conjunto de princ?os b?cos, at? pensamento laico est?ujeito a ele. Os exemplos mais evidentes s?o fascismo e o socialismo – com o qual Cl? Rossi flerta. No varejo, a Igreja pode estar equivocada ao condernar o desligamento das m?inas que mantinham Eluana viva. Talvez se tratasse de um caso em que se buscava, de fato, evitar que sua vida biol?a se prolongasse indefinidamente, em estado vegetativo. No atacado, por? a Igreja est?erta, como se v?ela confus?que o pr?o Rossi faz entre consci?ia e vida, advogando inadvertidamente uma eutan?a desumana, que at?oje, historicamente, s?i posta em pr?ca na Alemanha nazista. http://observatoriodepiratininga.blogspot.com