Aqui se cultuam grandes pensadores e líderes que impulsionaram positivamente a história.

“O estado deve ser um servo. E não um mestre!”

Margaret Thatcher

"Todos querem viver à custa do Estado, mas esquecem que o Estado vive à custa de todos".

Frédéric Bastiat

"Justiça sem misericórdia é crueldade."

S. Tomás de Aquino

“No final de contas, o valor de um Estado é o valor dos indivíduos que o compõem.”

John Stuart Mill

"A Cultura é o mar onde navega ou se perde, bóia ou naufraga o barco da política partidária".

Olavo de Carvalho

"Os marxistas inteligentes são patifes. Os marxistas honestos são burros. E os inteligentes e honestos nunca são marxistas."

José Osvaldo de Meira Penna

"As pessoas não serão capazes de olhar para a posteridade, se não tiverem em consideração a experiência dos seus antepassados."

Edmond Burke

"Cuidado com o Estado. Ele é perigoso e anda armado.”

Roberto Campos

"⁠Como os comunistas perceberam desde o início, controlar a linguagem é controlar o pensamento - não o pensamento real, mas as possibilidades do pensamento."

Roger Scruton

"Um homem com convicção pode superar uma centena que tem apenas opiniões."

 

Winston Churchill

 

"O poder concentrado sempre foi o inimigo da liberdade."

Ronald Reagan


Artigos do Puggina

Percival Puggina

07/12/2023

 

Percival Puggina

         Era uma vez um boneco de sal que, ganhando vida, saiu a caminhar. Foi descobrindo os encantos da natureza, a beleza dos outros seres, a buliçosa energia das cidades, a paz dos campos. Subitamente, do alto de uma colina, avistou enorme vastidão de água. Era o mar. Atraído, andou até a praia e extasiou-se ante a uniforme imensidão que na cadência das ondas se desfazia em espuma e areia. Curioso, perguntou: “Quem és?” E o oceano lhe respondeu: “Vem e vê.” O boneco de sal deu alguns passos em direção ao mar e percebeu que seus pés se diluíam na água. Assustado, voltou a interrogar o oceano e obteve a mesma resposta: “Vem e vê”. Decidido a desvendar o mistério da água, continuou em sua marcha até se desintegrar por inteiro. E o oceano, então ,lhe disse: “Agora sabes quem sou porque fazes parte de mim”.

Desconheço a origem desta fábula, mas lendo comentários onde ela é narrada, fica muito clara a sedução que exerce sobre coletivistas. “Integrar-se ao outro para entendê-lo”, “Ser parte de um todo maior”, “Corrigir o individualismo” são algumas das expressões que suscita. Credo!

Para mim, o boneco de sal, curioso sobre a natureza do mar, é um sinal de alerta, apontando para um dos males que acomete o ser humano, as organizações sociais e as ideologias políticas. Por natureza, somos seres individuais com existência social e ignorar qualquer dessas duas condições costuma dar problema.

Tenho ouvido de pais e mães, insistentes relatos sobre o desarranjo psicológico causado pela integração de seus filhos aos coletivos ideológicos, políticos, ídentitaristas ou partidários que atuam na cadeia produtiva da Educação. Esse sistema de tão maus resultados aferidos pelo Pisa se empenha muito para não perder um único aluno. É contra colégios cívico-militares e contra o homeschooling como foi contra o Escola Sem Partido. Então, todo dia, alguém me escreve: “Perdi meu filho para a universidade tal!”, “Perdi minha filha para o Colégio São Fulano ou para Escola Santa Beltrana”. Inúmeras vezes são, sim, educandários confessionais, universidades pontifícias, tomados por dentro pelos seus “coletivos” – ou serão “coletives”? – onde os estudantes se dissolvem como bonecos de sal.

Alerta aos pais: Acompanhem o estudo e a vida escolar de seus filhos. Não permitam que se despersonalizem a ponto de se tornarem irreconhecíveis. Isso é vendido a eles como libertação, mas é possessão. Os cordéis de tais coletivos são puxados por seguidores de pedagogos e filósofos cujo objetivo era esse mesmo: tomá-los de vocês.

Percival Puggina (78) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.

 

 

Percival Puggina

06/12/2023

 

 

Percival Puggina

         Nosso sistema eleitoral proporcional afasta o eleito do eleitor e até o voto dado a alguém que não se elegeu migra desse candidato para sua legenda, onde outra pessoa o aproveita... É ótimo para gerar desconexão e descompromisso dos candidatos com seus eleitores, mas é péssimo para o espelhamento da vontade dos cidadãos, inerente às democracias representativas. Nossa cultura política soma omissão, desatenção e esquecimento. Como consequência, a imensa maioria não acompanha a vida pública.

Com exceções sempre raras, os políticos não têm interesse em mudar esse sistema feito por encomenda para lhes proporcionar total liberdade. Um congressista pode votar contra o interesse dos cidadãos em temas como liberdade de expressão, propriedade, tributos, tamanho do Estado, porque tem certeza de que esse fato não chega ao conhecimento de quem nele votou.

Conscientes disso, os partidos de esquerda tratam de se tornar orgânicos estruturando-se na sociedade através de inúmeros movimentos. Esses organismos, denominados “coletivos”, são mobilizados em torno de pautas que reativam a luta de classes para suposto benefício de grupos “minoritários”, “oprimidos” ou “excluídos” que buscam representar. Todos reagem ao comando partidário nos temas de interesse de cada um ou da sigla. Basta ao comando assobiar para que um enxame de entidades interessadas em “empoderamento” proclame manifestos e dispare seus mecanismos de comunicação. A velha e marxista luta de classes se reconstitui, assim, através de minorias com contas a receber e maiorias com contas a pagar.

Surge, assim, o problema: como aglutinar nessa dialética o topo da cadeia alimentar, os esquerdistas de 1ª classe que se refugiam em condomínios de luxo, que rodam de SUV, que têm senha para as salas VIP e cujos filhos estudam nos melhores colégios?  No discurso que vale para todos os demais, esses companheiros são o “incluído” padrão, são o “opressor” padrão. O que fazer com eles? Suponho ter sido dessa constatação que surgiu a franquia “Para a Democracia”. Ela inclui, por exemplo, Juízes para a Democracia, Ministério Público para a Democracia, Artistas para a Democracia e, mais recentemente, Mães e pais para a Democracia, que sempre aparecem para defender a militância política de esquerda nas salas de aula onde estudam os filhos dos outros.

Percival Puggina (78) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.

 

Percival Puggina

04/12/2023

 

Percival Puggina

 

         Como era e se esperar, as escolas cívico-militares estão sendo atacadas por várias frentes. Sou inteiramente a favor delas! E não é por serem “cívicas”, nem por serem “militares”. Eu as quero em todo o país, no maior número possível, simplesmente porque funcionam muito melhor do que as outras. E os motivos são óbvios.

A educação brasileira é um fiasco! E uma tragédia social. Entre os 65 países avaliados pelo PISA ficamos na posição 54. E não é diferente no levantamento mais amplo do World Population Review (posição 90º entre 185 países) ou nas análises da OCDE. Nem nas tantas avaliações internas, como as do Ideb, do Enade ou no que se percebe nas provas do ENEM. Ainda temos 10 milhões de analfabetos e quase 30% de analfabetos funcionais com severas dificuldades para entender o que leem ou perante qualquer problema matemático que vá além das quatro operações.

O incrível disso é não se perceber reação dos setores envolvidos na operação do sistema. As reclamações surgem das famílias, de instituições privadas, de algumas ONGs e até dos setores de recursos humanos de corporações empresariais que informam ser o Brasil um dos países onde é mais difícil contratar profissionais qualificados.

Por quê? Pergunte isso a Paulo Freire e aos pedagogos paulofreireanos! No entanto, faça a pergunta ciente de que vão enrolar na resposta porque apresentarão o responsável bem distante, fora da cadeia produtiva da Educação. Será o capitalismo, será o mercado e será o Governo, sempre que o governo não for petista.

O problema, no entanto, é político e ideológico. Ressalvadas as exceções, as salas de aula foram invadidas por professores que não ensinam e estudantes que não estudam. “Passam” de ano mesmo que não tenham aprendido coisa alguma porque o objetivo do sistema é preparar militantes motivados para combater qualquer coisa que não tenha sido canonizada pela esquerda.

Um sistema assim só pode dar às Escolas Cívico-Militares o mesmo tiro na nuca que dão no homeschooling e em qualquer iniciativa que lhe suprima uma vítima sequer.

Em resumo: contra as Escolas Cívico-Militares operam os defensores das Escolas Político-Ideológicas, moldadas pela pedagogia paulofreireana. Essa pedagogia está alinhada com os objetivos políticos, a visão de mundo, o marxismo e as referências políticas que Paulo Freire encontrou entre os grandes ditadores comunistas de seu tempo e é, hoje, abraçada por seus continuadores.

Cabe às comunidades proteger sua juventude dos fazedores de cabeças e promover uma educação que cultive hábitos de estudo e favoreça o desenvolvimento de talentos.

Percival Puggina (78) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.

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Por que criei este site

Minha posição política é conservadora em relação ao que tem valor permanente. Quer mudar dentro da ordem o que precisa ser mudado. É democrata e serve ao bem da pessoa humana segundo uma antropologia e uma ética cristã. É pró-vida e sustenta a superior dignidade da pessoa humana. Vê a liberdade como sócia bem sucedida da verdade e da responsabilidade. É liberal porque sabe o quanto é necessário impor freios e limites ao Estado, cujos poderes deveriam agir para se tornarem cada vez menos necessários. Defende o direito de propriedade e as liberdades econômicas. Sem prejuízo de muitas outras exclusões, nessa posição política não há lugar para defensores de totalitarismos e autoritarismos, para fabianos e companheiros de viagem de esquerdistas, nem para políticos patrimonialistas.

 

Para defender essas posições, nasceu este website em 2003. Mediante sucessivas incorporações de novas tecnologias chega a esta quarta forma visual de apresentar os conteúdos com que espera proporcionar a seus leitores bom alimento à mente e ao espírito. Sejam todos muito bem-vindos e que Deus os abençoe.



Fique Sabendo

Esse aparelho esquerdista chamado MEC

Percival Puggina

05/12/2023

 

Percival Puggina

 

         A elite intelectual da esquerda brasileira leu Michel Foucault e entendeu. O pior, porém, veio depois: colocou aquelas ideias em prática. Quase podemos dizer, então, que a educação brasileira celebra seus fracassos cultuando as barbas de Paulo Freire e a careca de Foucault, as turvas profundezas da mente do francês e as águas rasas onde encalha o pensamento do brasileiro.

O resultado é conhecido. As raras universidades brasileiras que ainda não foram tomadas estão em vias de rendição ao assalto de ideias e práticas repelentes às refutações e aos divergentes. Quem discorda, percebe que dormiu no Brasil e acordou em Cuba.

Foi nesse ambiente que nasceu o processo de impeachment do reitor da UFRGS, Carlos André Bulhões Mendes, e da vice-reitora Patrícia Pranke. O motivo do processo aprovado por 60 membros do Conselho Universitário é uma primorosa seleção de queixumes que se pode resumir no descumprimento dos preceitos da gestão democrática. E “democrático”, como bem se sabe, é a síntese do que eles querem.

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A lição de Santa Catarina

Percival Puggina

20/11/2023

 

Percival Puggina

         Para os gaúchos, entre os quais me incluo, a vizinhança com Santa Catarina sempre foi vista como um privilégio semelhante ao de quem tem uma bela paisagem e um excelente litoral visível desde a cobertura do edifício onde mora.

Em poucas décadas, nossa amável paisagem se tornou um must nacional, destino cobiçado que encontrou a rota da prosperidade. Tem o segundo PIB per capita do país, abaixo, apenas, de Mato Grosso por que a primeira posição atribuída ao Distrito Federal não conta porque seu PIB se deve ao fluxo de recursos decorrente dos pagamentos salariais da União. O PIB de Brasília muito mais oneroso do que benéfico ao país.

Santa Catarina, que agora, dá um exemplo aos demais Estados. Seu governador, Jorginho Mello, anunciou que manterá a alíquota-base do ICMS em 17%, abrindo mão da possibilidade de aumentá-la. Protege, assim, o consumidor, o produtor e o ritmo de crescimento da economia catarinense.

Enquanto isso, no “alto da cobertura do edifício gaúcho”, o governador Eduardo Leite já anunciou a intenção de elevar a alíquota do tributo estadual para 19,5%...

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Onde a esquerda se instala

Percival Puggina

06/11/2023

 

 

Percival Puggina

         Onde a esquerda se instala, vai junto com ela o modo próprio de fazer política em regime de dedicação exclusiva. O ministério de Lula não para de crescer. O intuito desse inchaço é ampliar o número de líderes partidários usando a máquina pública para fazer política. Os mais prudentes e saneadores preceitos da Estatais foram para a lixeira porque o governo petista precisa desses cargos para fazer política através da nomeação de profissionais desse, digamos assim, tipo de política.

Claro que se poderia pensar em outras atividades atribuíveis a um governo. Imagino tarefas como entrega de obras, qualificação dos serviços da União e promoção do desenvolvimento econômico, mas como era dito ao tempo da pandemia, “isso a gente vê depois”. Tenho certeza de que se contarmos direitinho os assuntos de que Lula tem tratado quando resolve falar alguma coisa, seu tema principal são os adversários que lhe restam (por que muitos já saltaram a muro da vergonha e se bandearam para as intimidades do caixa).

O ministro Flávio Dino, quando interrompe suas lacradinhas nas redes sociais onde a liberdade tanto o incomoda e fala como ministro, reproduz a prática de Lula e ataca seus adversários. Foi assim que, diante da explosão de violência na Bahia, resolveu atribui-la à política pró-armas do ex-presidente Bolsonaro.

ssim vamos mal. Se o titular da pasta da Justiça atribui a criminalidade às armas, que como se sabe são objetos inanimados, sem poder de decisão, então os criminosos e suas organizações são inocentes. Não são eles, mas suas armas que estão cometendo os crimes e o culpado maior é o Bolsonaro.

Onde a esquerda se instala sempre foi, é e será assim. Há quem goste, mas seus motivos fazem pensar.

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Os filhotes de Mussolini

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O fascismo está onde lhe ensinaram a não ver.


LIVRO - A Tragédia da Utopia

É meu mais recente livro publicado. Aos 60 anos da revolução que destruiu a antiga Pérola do Caribe, ampliei e atualizei neste livro a primeira edição da obra, publicada em 2004. A análise da realidade cubana segue os mesmos passos, mas o foco do texto vai posto, principalmente, no jovem leitor brasileiro. Enquanto a primeira edição olhou de modo descritivo a realidade em si, esta segunda edição amplia as informações e registra as alterações constatadas ao longo dos últimos 15 anos, levando em conta a necessidade de confrontar as mentiras que a propaganda pró Cuba conta com a verdade que lá se vê, e de destruir com as razões da Razão os sofismas que são construídos para justificar a perversidade do regime.

 

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Fato Comentado

 

 

Percival Puggina

           O jornalista Cláudio Humberto, em sua coluna de 28/11 no Diário do Poder, chama atenção para uma curiosidade. O ministro da Justiça, Flávio Dino, que quer ser ministro do STF após indicação de Lula, recusou incríveis 97 convites para depor nas duas Casas do Congresso Nacional. Isso é um recorde de acintes ao Legislativo cujos gabinetes o ministro passa a percorrer “humildemente” pedindo votos para que sua indicação seja aceita na CCJ do Senado e seu depoimento aprovado pelo plenário no ritual da sabatina.

Lula sabe que tem no bloco de esquerda a parcela mais fiel de sua base parlamentar. O restante de seus votos vem do Centrão, que se move pelo tilintar das “moedas” representadas por liberação de emendas parlamentares e cargos. É natural que, com esse grupo, as relações sejam estritamente comerciais, embora o rótulo aposto às mercadorias diga tratar-se de política.

Como os votos governistas são contados e cobrados, é com essa “elite” senatorial que Flávio Dino mais irá sociabilizar, dizendo que estará sempre disponível para atender os senhores senadores...

  • Percival Puggina
  • 30 Novembro 2023

 

Percival Puggina

         A ministra Cármen Lúcia, do STF e vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral, participou do Programa de Convidados Internacionais organizado pela Justiça Eleitoral da Argentina. Quais terão sido suas observações? Qual sua avaliação sobre o que assistiu? Parece que nenhum jornalista lhe fez essa pergunta.

O tema não interessa aos “grandes veículos” de comunicação. Jornalistas que trabalham nessas empresas sabem que a única opinião que conta alguma coisa para o aparelho institucional é a opinião que eles mesmos publicam, sempre desqualificando e desprezando quem pensa diferente. Mesma conduta, aliás, do próprio aparelho institucional neste péssimo arremedo de democracia instalado no Brasil. Por que iria essa imprensa levantar um assunto que quem manda quer morto e sepultado?

Dura realidade: no Brasil, o eleitor tem dia certo para opinar. Nesse dia, sua opinião é contada. Depois, não conta mais.

Nosso jornalismo, então, prefere ignorar que para dezenas de milhões de brasileiros, o sistema eleitoral argentino se revelou superior ao nosso. Houve liberdade aos candidatos, às campanhas e às redes sociais. A política foi tratada como tal e os eleitores como cidadãos, não como alunos da escolhinha dos professores togados.

Mesmo levando em conta que o Brasil tem quatro vezes mais eleitores do que lá, os votos argentinos foram contados com surpreendente rapidez e duas horas depois do encerramento da votação, o candidato Massa reconheceu a vitória de Milei.

A desconsiderada opinião de tantos eleitores brasileiros avalia, também, a contagem de votos impressos ou de impressoras acopladas às urnas como sistemas superiores ao adotado aqui. Penso, mesmo, que, com eleição nesse tipo, mais prudência e menos arrogância, o 8 de janeiro seria um dia de praça ensolarada e vazia.

  • Percival Puggina
  • 24 Novembro 2023

 

Percival Puggina

         No rumoroso destaque concedido à senhora amazonense que acabou recebendo o apelido de “Dama do tráfico”, chama a atenção o que se vai conhecendo sobre suas relações em dois ministérios. Aí temos um assunto de relevo político.

Tão logo foi desenhado o perfil de dona Lu Farias, conhecido o fato de ser ela esposa de um líder da segunda maior facção criminosa do país, o Comando Vermelho, a mídia companheira tratou de protegê-la negando veracidade às acusações que surgiam. O objeto a resguardar pelo jornalismo de cooptação, contudo, era o governo da República. Afinal, ela viajara por conta do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania e, nos últimos três meses, mantivera dois contatos pessoais dois diretores do Ministério da Justiça. Deve haver muito deputado que não pode contar essa experiência.

É exatamente esse o ponto que interessa à cidadania. A referida senhora, falando sobre si mesma, afirmou não ser “faccionada”. Confesso ter sido a primeira vez que vi tal palavra, que certamente faz parte do vocabulário referente à essa atividade. Mesmo na hipótese de que o Ministério Público se tenha equivocado inteiramente ao atribuir a ela um pacote de condutas graves, sua condição de esposa do criminoso “faccionado” conhecido como Tio Patinhas deveria inibir-lhe o acesso a atividades de aconselhamento junto a Conselhos do Estado. Segundo a Polícia Civil do Amazonas, a ONG que ela preside e da qual detém a representatividade é financiada pelo Comando Vermelho.

Quem está em função de governo, ou de Estado, ou de administração, precisa saber quem é a pessoa que entra em seu local de trabalho. Mais ainda, quem convida para participar de uma reunião. Mais ainda quando manda passagens. Isso precisa ser averiguado. E o Governo de Amazonas deve tratar de conhecer quem inclui nos seus conselhos...

A serviço do bom humor deve observar que algumas das imagens que vi me deram a impressão de que dona Lu Farias quis fotografar-se em má companhia...

  • Percival Puggina
  • 19 Novembro 2023

 

Percival Puggina

       Ontem, 14 de novembro, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre entregou ao jornalista Políbio Braga o diploma de Honra ao Mérito por sua persistente dedicação à causa da liberdade de imprensa.

Há muito mérito em todos que se dedicam a essa causa e meu amigo Políbio ombreia com seus principais protagonistas. Como dizem certas condecorações militares, ele suporta com honra as dificuldades e perseguições que lhe são frequentemente impostas ao longo dos anos, com tenacidade “além do dever”.  

A homenagem foi proposta pela vereadora Fernanda Barth e ao evento compareceu a nata do jornalismo gaúcho, num ambiente solidário e caloroso.

  • Percival Puggina
  • 15 Novembro 2023

Sobreviventes do Holocausto judeu

         Nós, os sobreviventes do Holocausto abaixo assinados, somos as últimas testemunhas dos horrores indizíveis do regime nazista. Somos testemunhas da propaganda antissemita que virou nossos amigos, vizinhos e o público em geral contra nós na Europa. Lembramo-nos dos seis milhões de vidas judaicas perdidas por causa desse ódio.

Em 7 de outubro de 2023, testemunhamos os horrores dos ataques terroristas do Hamas em Israel e a guerra resultante, com sua terrível perda de vidas. Desde então, temos visto uma explosão de antissemitismo sem precedentes em nossas ruas, em nossas telas de televisão, nas redes sociais e em nossas universidades.

Escrevemos esta carta agora porque hoje marca 85 anos desde a Kristallnacht (Noite dos Cristais). Em 9 de novembro de 1938, o regime nazista assassinou judeus e atacou a vida judaica, espalhando terror e queimando sinagogas.

Em vez de condenar essas atrocidades, o mundo ficou observando.

Nunca, nós, os sobreviventes do Holocausto, sentimos a necessidade de fazer uma declaração coletiva como esta até agora. Nunca pensamos que testemunharíamos uma reencenação do ódio insensato e virulento contra os judeus que enfrentamos na Europa. As ações do Hamas são tão familiares, tão bárbaras, mas, em vez de condenar isso, a resposta em todo o mundo é um vergonhoso aumento do antissemitismo.

Nossas memórias e experiências em guetos, campos de concentração e escondidos – vendo nossas famílias e comunidades desaparecerem – nos impulsionam a levantar nossas vozes e implorar à humanidade que rejeite o ódio, o preconceito e a violência. Para reconhecer a agenda do Hamas, condená-la adequadamente e exigir a libertação imediata de todos os reféns – homens, mulheres, bebês e idosos.

Não podemos permitir que a história se repita.

Diante da adversidade, aprendemos a importância da resiliência, da unidade e da esperança. Acreditamos no poder da educação e da lembrança para prevenir que as atrocidades do passado ocorram novamente. Juntos, podemos lutar por um mundo onde cada indivíduo, independentemente de sua fé, independentemente de sua origem cultural, possa viver em paz e segurança.

O antissemitismo é um dos vírus mais antigos e contagiosos do mundo. Pedimos a todos os australianos que denunciem o antissemitismo e o ódio que vemos hoje em nosso belo país e em todo o mundo.

Pedimos que vocês estejam conosco.

*       O texto do manifesto e a imagem foram reproduzidos de matéria do site O Antagonista publicada com texto explicativo em 09/11/23 e pode ser lida aqui.

Comento

As pessoas que subscrevem esse manifesto, certamente com idades entre 90 e 100 anos, acumulam experiências de vida e aquela sabedoria que só o tempo proporciona. Elas se sentem espantadas como eu me sinto com o distúrbio moral capaz de impor silêncio ante as horríveis, monstruosas e abomináveis cenas do ataque terrorista do Hamas a inadvertidos cidadãos de Israel. Mais ainda quando, os mesmos que protegem o terrorismo com seu silêncio, saem às ruas, em todo o Ocidente, para criticar a resposta àquele ato de guerra que teve continuidade com o disparo de três mil mísseis.sobre território israelense.

  • Sobreviventes do Holocausto
  • 09 Novembro 2023