Aqui se cultuam grandes pensadores e líderes que impulsionaram positivamente a história.

“O estado deve ser um servo. E não um mestre!”

Margaret Thatcher

"Todos querem viver à custa do Estado, mas esquecem que o Estado vive à custa de todos".

Frédéric Bastiat

"Justiça sem misericórdia é crueldade."

S. Tomás de Aquino

“No final de contas, o valor de um Estado é o valor dos indivíduos que o compõem.”

John Stuart Mill

"A Cultura é o mar onde navega ou se perde, bóia ou naufraga o barco da política partidária".

Olavo de Carvalho

"Os marxistas inteligentes são patifes. Os marxistas honestos são burros. E os inteligentes e honestos nunca são marxistas."

José Osvaldo de Meira Penna

"As pessoas não serão capazes de olhar para a posteridade, se não tiverem em consideração a experiência dos seus antepassados."

Edmond Burke

"Cuidado com o Estado. Ele é perigoso e anda armado.”

Roberto Campos

"⁠Como os comunistas perceberam desde o início, controlar a linguagem é controlar o pensamento - não o pensamento real, mas as possibilidades do pensamento."

Roger Scruton

"Um homem com convicção pode superar uma centena que tem apenas opiniões."

 

Winston Churchill

 

"O poder concentrado sempre foi o inimigo da liberdade."

Ronald Reagan


Artigos do Puggina

Percival Puggina

18/03/2023

 

Percival Puggina

         Minha primeira resposta a essa pergunta, no Brasil destes dias, encontra perfeita explicação em palavras de Cirano de Bergerac:

O que queres que faça? Almoçar cada dia um sapo e não ter nojo? Trazer os joelhos encardidos? Exercitar a espinha em todos os sentidos? Gastar o próprio ventre a caminhar de bojo? Não, muito obrigado!

Não, muito obrigado, mesmo! Sou conservador porque não me presto para ser aquilo em que nos querem transformar. Sou conservador porque vejo erodidos valores que tenho como sólidos e cuja eficiência comprovei em longas décadas de vida. Não sou um inexperiente nessa coisa de viver.

Sou conservador porque condeno as utopias, independentemente de quem as enuncie e sou capaz de identificar distopias, mormente quando querem me impor uma delas.  Sou conservador porque aprendo com a História, quero corrigir o que está errado, manter o que a experiência passada me comprova ser bom e corrigir o que pode ser aprimorado.

Sou conservador porque vejo o mundo cultural, a academia, os partidos de esquerda e o próprio aparelho judicial militante ocupados em dar forma a um falso humanismo que não recusa a cessação das liberdades com vista aos fins enunciados. Ou, quando piores, implícitos.

Vem perdendo muito vigor, aquele conjunto de princípios que nós, conservadores e liberais, mantemos em comum, a saber, entre outros:

- Democracia política,

- Limitação dos poderes,

- Universalidade dos direitos humanos,

- Igualdade de todos perante a lei,

- Liberdade de expressar o pensamento, ir e vir, reunir, empreender,

- Liberdade de culto e o respeito às religiões.

Tais princípios cedem lugar a um autoritarismo que, no Brasil, ganha proporções alarmantes, contaminando os compartimentos do poder. É o que percebo rotinizado, por exemplo, nas presidências das duas Casas do Congresso e de suas comissões e no topo do Poder Judiciário, com natural aquiescência do CNJ e do CNMP.

Em seu livro Teorias Cínicas, os autores Helen Pluckrose e James Lindsay, chamam a atenção para um dos efeitos desse autoritarismo: a infiltração de tais ideias no mundo acadêmico. Ali, ele desencadeia uma intolerância que se sente moralmente autorizada a liberar sucessivas tropas de choque à revolução cultural – um reset mundial cujas consequências ocupam espaços na imprensa conivente, que finge não ver as causas.

Intolerância, ativismo, ignorância, espírito de corpo e interesses pessoais na gestão do que é público ou privado fazem com que:

- a democracia perca espaço;

- os poderes sejam exorbitados;

- os direitos humanos sejam distribuídos a grupos politicamente organizados como tira-gosto de coquetel;

- a igualdade de todos perante a lei morra em abomináveis desigualdades, ou em favor de um igualitarismo de encomenda, ou sob medida, como roupa de alfaiate;

- a liberdade de culto e o respeito às religiões atinjam todos os níveis possíveis de negação e vilipêndio.

Vistas as consequências, como não perceber aí a existência de uma força motriz a impulsionar o pensamento revolucionário? É precisamente ela que promove a atual reviravolta no conceito dos direitos humanos, fracionados em pautas que mobilizam interesses grupais, sectários, subitamente convertidos em exigências morais que, ao serem enunciadas, catapultam o reclamante ao mais elevado altiplano da nobreza moral (mas não “moralista”, obviamente). Opa! Que moral é essa?

De que moral, falamos, camarada? Pode ou deve, essa “moral”, influenciar o Direito? É razoável que a moral não influencie o Direito?

Sei que abro um espaço para divergência e não penso que essa divergência vá ser resolvida aqui ou em qualquer outro ambiente jurídico ou filosófico. Jamais formarei consenso, porém, com a ideia de uma moral de arreglo, de credores autoindicados e de devedores indigitados, ou a que se chegue por acordos sucessivos, com concessões e mediações... Isso para mim não faz sentido porque nos atira nas trevas do relativismo! Sete bilhões de cabeças, sete bilhões de sentenças, sete bilhões de interesses pessoais.

Alguém poderá alegar, que estou promovendo, aqui, a defesa de um Direito Natural e, por consequência, de uma moral universal. Pois é exatamente isso! Estou mirando algo muito relevante ao conservadorismo.

Sei que o Direito Natural absorve, querendo-se ou não, a ideia de um Deus, de uma sabedoria universal, ou algo assim. Entendo que muitos compreendam isso como não adequado a um Estado laico. O problema da objeção é que ela, com o sonoro tsic de uma faca Tramontina, corta a palavra de quem fala e passa com a boiada sobre uma biblioteca inteira, que não por acaso contém séculos de sabedoria humana. Funciona mais ou menos como o moderno ter ou não “lugar de fala”. 

Por outro lado, o que vejo é que, com base na recusa ao Direito Natural por deitar raízes na tradição religiosa judaico-cristã do Ocidente, se vai legislando, mundo afora, contra a vida, a liberdade, a propriedade, a boa justiça e se afaste do debate democrático qualquer argumento rotulável depreciativamente como religioso.

Esses novos direitos, a imposição de códigos e convenções através do politicamente correto e do recentíssimo movimento woke, estão criando em pleno século XXI um deus ex-machina, difuso e confuso, com superstições, cultos e infalibilidades, com Cortes e inquisições, a controlar pensamentos, palavras e obras. Ou não? Sem lei que as defina como crime, qualquer pessoa pode ter sua vida devastada, ser jogado à desgraça por palavra imprópria ou ideia considerada politicamente incorreta.

Toda a sadia e louvável busca de realização da dignidade humana, de pluralismo, de proteção das minorias, foi deformada e politicamente apropriada para se converter em escalada à montanha do poder. Isso se torna mais evidente quando se percebe que o integrante de qualquer das frações identitárias em que a sociedade está sendo dividida só merece proteção se companheiro na militância pelo poder político.

Por vezes me pergunto: como não ser conservador vendo o colapso da democracia, o fracasso das instituições, a asfixia da liberdade, a cultura da morte, a criminalidade, a tolerância para com as drogas, o fornecimento de bebidas alcoólicas a menores, o afrouxamento dos laços familiares, a abdicação ao papel pedagógico-moral das famílias, escolas e Igrejas, a perda da noção de limites, a manipulação ideológica do sistema de ensino? Hã?

Como não acontecer tal degradação quando se despreza o ensinamento da História e os conceitos morais se acomodam e relaxam no colchão d’água das consciências deformadas? 

Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

Percival Puggina

16/03/2023

 

Percival Puggina

         Era o ano de 2016. A Lava Jato havia exposto as vísceras da corrupção promovida pela exploração partidária dos recursos das grandes empresas controladas pelo governo federal. A prisão após condenação em 2ª instância estava em vigor. Corruptos e corruptores recolhiam as unhas. Muitos culpados e condenados iam sendo presos. A esperança de um país decente brilhava nos olhos das pessoas de bem (não vou explicar o conceito porque quem sabe sabe e a quem não sabe não adianta explicar).

Nesse clima, um Congresso Nacional penitente aprovou a Lei das Estatais. Como consequência imediata de sua aplicação, do clima emocional do país e das ações penais em curso, acabou a corrupção e as estatais saltaram dos prejuízos cobertos com recursos da sociedade para os resultados operacionais positivos. Qual o motivo? Não podem mais ocupar cargos de direção ou integrar os conselhos dessas empresas os ocupantes de certos cargos públicos ou que tenham atuado na estrutura de partidos políticos, ou, ainda, em campanhas eleitorais.

É o ano de 2023. O petismo retornou à presidência da República, o país despenca e a esperança de sete anos passados exige, aos valentes de hoje, o mais aceso vigor moral para um imenso trabalho político.

O Estadão, que já foi um bom jornal até ficar parecido com a Folha de São Paulo, publicou em fevereiro um editorial criticando a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) proposta pelo PCdoB para extrair do STF uma decisão que derrube dispositivos da Lei das Estatais. Sim, o PCdoB e o governo querem isso!

Nestas horas em que escrevo, aliás, os ministros do STF estão votando remotamente sobre a matéria. A Advocacia Geral da União se manifestou no processo em apoio à iniciativa dos camaradas que propuseram a ação. O governo precisa desses cargos para albergar companheiros que estejam numa pior, desempregados, ou como mimos aos partidos em recompensa por apoio parlamentar. Na aritmética financeira do governo há uma proporcionalidade numérica entre a força financeira do cargo oferecido e o número de votos acrescidos à sua base no Congresso.

O editorial do Estadão lembrava que, antes da eleição, Lula dizia: “Nós temos culpa de tanta judicialização. A gente perde uma coisa no Congresso Nacional e, ao invés de a gente aceitar a regra do jogo democrático de que a maioria vence e a minoria cumpre aquilo que foi aprovado, a gente recorre a uma outra instância para ver se a gente consegue ganhar”. Mas Lula a gente conhece. É muito superficial, quando não inamistosa, a relação dele com o que diz.

O jornal via a necessidade de “estancar a judicialização da política” e reprovava o acolhimento de tantas ações de congressistas contra decisões do próprio Congresso, sugerindo ao Supremo, “em respeito à separação dos poderes”, que rejeite de modo liminar as Adins manifestamente improcedentes.

Observando o Brasil de hoje, o que se vê e o que não se vê, o que se diz e o que não se diz, é impossível não lembrar do Conselheiro Acácio, inesquecível personagem de Eça de Queiroz no livro “O primo Basílio”. Refinado cultor de obviedades, não diria diferente do Estadão. E jamais mencionaria que, para acabar com a judicialização da política, seria necessário, antes, acabar com a politização do Judiciário.  

Mais uma vez, o Supremo mandou às urtigas a decisão do Parlamento. No popular, “deu uma banana” ao anseio nacional expresso em decisão de seus representantes.

*       Atualizado em 17 de março de 2023, às 19h55min.

Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

Percival Puggina

15/03/2023

 

Percival Puggina

         Raymond Aron, filósofo francês do século passado, em entrevista que recentemente assisti, questionado pelo repórter sobre como explicar que parcela da intelectualidade francesa justificasse o stalinismo, disse: “Você conhece a expressão inglesa ‘wishfull thinking’ (pensar segundo o que se deseja)?” E mais adiante conta se haver interrogado durante muito tempo sobre os motivos pelos quais era tão difícil para certos intelectuais aceitar que 2 +2 seja igual a 4 e que o gulag não era uma democracia.

Esse breve trecho da conversa, que adoraria assistir na íntegra, me fez pensar nos presos do arrastão do dia 9 de janeiro e me perguntar sobre o motivo pelo qual, para certas pessoas, é tão difícil entender que aquilo não é coisa que se faça. E, por isso mesmo, tão inédita na história de nossa justiça.      

No dia 10 de janeiro, ao tomar conhecimento dos relatos e queixas dos presos arrebanhados na véspera e depositados em condições desumanas no ginásio da PF de Brasília, o ministro Alexandre de Moraes, numa espécie de wishfull thinking, chamou-os indistintamente de “terroristas” e ironizou: “Até domingo, faziam baderna e cometiam crimes. Agora reclamam porque estão presos, querendo que a prisão seja uma colônia de férias” (aqui).

Recentemente, transcorridos dois meses dos fatos, Alexandre de Moraes e Rosa Weber visitaram o presídio feminino Colmeia (não foram à Papuda). Três dias depois, o ministro declarou que a comida servida há dois meses “é caótica”. Matéria do UOL do dia 9 de março informa que

“Um relato obtido pela reportagem, por exemplo, descreve um cenário de "refeições com larvas, cabelos". Já um dos relatórios da Defensoria diz que a "esmagadora maioria dos reclusos apontou que uma das proteínas fornecidas é absolutamente intragável".

A alimentação é apenas uma das penosas consequências de se arrebanhar mais de duas mil pessoas em locais não preparados para isso, sendo que a imensa maioria delas não deveria ter sido presa como foi nem permanecido presa além da audiência de custódia (de regra, efetuada logo após a prisão).  

Todo rigor se compreende em relação aos vândalos e à sua conduta, tão estúpida e delinquente na forma quanto enigmática quanto aos fins. Mas manter presos os demais, por tanto tempo, em péssimas condições, sob severas restrições pelo “crime” de rezarem e cantarem hinos diante do quartel pedindo algo que não tinham o menor poder de fazer acontecer? Francamente!

Então, o ministro fala com a governadora que se compromete a resolver o problema da alimentação dos presos num local que, de fato, não é uma colônia de férias. E lembra, o ministro, haver o STF, em 29 de junho de 2020, apontado como um Estado de Coisas Inconstitucional” a situação dos presídios brasileiros. Você entendeu? Eu não entendi.

A frase de Raymond Aron, mencionada acima, me remete a uma conclusão bem sintética: há coisas que não se explicam. O Brasil é um mostruário de enigmas.

Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

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Por que criei este site

Minha posição política é conservadora em relação ao que tem valor permanente. Quer mudar dentro da ordem o que precisa ser mudado. É democrata e serve ao bem da pessoa humana segundo uma antropologia e uma ética cristã. É pró-vida e sustenta a superior dignidade da pessoa humana. Vê a liberdade como sócia bem sucedida da verdade e da responsabilidade. É liberal porque sabe o quanto é necessário impor freios e limites ao Estado, cujos poderes deveriam agir para se tornarem cada vez menos necessários. Defende o direito de propriedade e as liberdades econômicas. Sem prejuízo de muitas outras exclusões, nessa posição política não há lugar para defensores de totalitarismos e autoritarismos, para fabianos e companheiros de viagem de esquerdistas, nem para políticos patrimonialistas.

 

Para defender essas posições, nasceu este website em 2003. Mediante sucessivas incorporações de novas tecnologias chega a esta quarta forma visual de apresentar os conteúdos com que espera proporcionar a seus leitores bom alimento à mente e ao espírito. Sejam todos muito bem-vindos e que Deus os abençoe.

Fique Sabendo

Florense lança Projeto Talentos

Quadrante Sul Publicidade

18/03/2023

Quadrante Sul Publicidade

         Uma exposição que acontece até o final de março na flagship da Florense, em São Paulo, marca o lançamento do Projeto Talentos, uma iniciativa que visa a descobrir, divulgar e incentivar a arte e a cultura brasileiras dos quatro cantos do país.

O projeto foi idealizado pela diretora criativa da Florense, Roberta Castellan, com curadoria de dois nomes de peso no cenário da arquitetura e design, o consultor de estilo, produtor e set designer Aldi Flosi e o fotógrafo e artista visual Denilson Machado. 

O objetivo é exibir um recorte sobre a arte que se faz no Brasil de hoje e apontar as tendências da arte brasileira do futuro, pensando nas próximas décadas de acordo com a realidade do século XXI.

Os 14 artistas selecionados já possuem uma bela trajetória no circuito das artes e suas obras trazem uma inquietação que se reflete na abordagem temas contemporâneos.

O projeto, que também prevê o lançamento de um livro – Art Book –, traz trabalhos que iluminam os espaços de habitar, estimulando e trazendo beleza e significado – o que é também o papel da boa arte. As obras presentes na exposição e no livro integram o acervo da Casa Florense, em Flores da Cunha, na Serra Gaúcha.

Nota do editor do site: Como sempre tenho dito, vale uma visita à Florense Gabriel (flagship da Florense) para quem estiver em São Paulo. E vale visitar a bela e surpreendente Flores da Cunha, a fábrica da empresa, logo após o pórtico de entrada da cidade. No centro histórico, imperdível a história e o requinte da Casa Florense. 

 

 

 

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Ronald Reagan

1 - "Não devemos julgar os programas sociais por quantas pessoas estão neles, mas quantas estão saindo."

2 - "O melhor programa social é o emprego."

3 - "As melhores mentes não estão no governo. Se alguma estivesse, a iniciativa privada iria roubá-la."

4 – “ Quando o governo se expande a liberdade se contrai.”

5 - "A visão do governo sobre economia pode ser resumida em frases curtas: se a coisa se move, taxe-a; se continuar em movimento, regule-a; se ela parar de se mover, subsidie-a."

6 - "Como você define um comunista? Bem, é alguém que lê Marx e Lênin. E como você define um anticomunista? É alguém que entende Marx e Lênin."

7 – “Estamos caminhando para o socialismo, um sistema que, como se diz, só funciona no céu, onde não precisam dele, e no inferno, onde ele já existe."

8 – “Recessão é quando um vizinho perde o emprego. Depressão é quando você perde o seu."

9 - "O contribuinte é um cara que trabalha para o governo sem ter que prestar concurso.".

10 - "O governo é um bebê: um canal alimentar com um grande apetite numa ponta e nenhum senso de responsabilidade na outra."

11 - Quando uma empresa gasta mais do que arrecada ela vai à falência; quando o governo faz o mesmo, ele te manda a conta”.

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Restaurado o belo campanário de Flores da Cunha

Percival Puggina, com conteúdo Quadrante Sul

14/03/2023

 

         Nas muitas cidades italianas que tive a alegria e a graça de visitar ao longo dos anos (por lá andaremos novamente, se Deus quiser, minha mulher e eu, no mês de maio), os campanários são parte proeminente e marcante da paisagem urbana. Erguem-se majestosos, como símbolo de poder local. Apontam para o céu, entendido como morada de Deus e levam às alturas os sentidos e sentimentos habituados ao rasteiro rés do chão.

Além disso, cumpriram, durante séculos, a função de meios de comunicação. O repicar dos sinos e o modo como soavam transmitiam informações à distância.

A cidade gaúcha de Flores da Cunha tem um belo campanário, cumpridor, ao longo do tempo, de tais funções. Mas precisava de restauração. A obra feita, acabada e inaugurada no último dia 11 é um marco na paisagem e um testemunho de uma comunidade que valoriza seu patrimônio material e espiritual.

O release que recebi do publicitário Vanderlei Venturini, da Quadrante Publicidade, noticia a reinauguração desse símbolo da bela cidade serrana e informa que a Florense, importante apoiadora deste site, foi uma das patrocinadoras do restauro.

O amigo Mateus Corradi, CEO do Grupo Florense, ressalta que “o campanário de imediato nos remete ao passado, evocando a forte religiosidade herdada dos imigrantes italianos, mas hoje, além disso, é um símbolo de inspiração para as futuras gerações. Seu legado histórico fala de fé, trabalho e superação diante de todas as adversidades enfrentadas pelos colonizadores e por seus descendentes, que levaram adiante esse legado. Contribuir para sua restauração foi uma forma de reverter para a comunidade o acolhimento que a Florense sempre recebeu”.

Parabéns Florense e parabéns Flores da Cunha!

Vale a visita!

*        Foto: Samuel da Silva

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Existem questões relacionadas aos acontecimentos do dia 8 de janeiro que só uma CPMI pode esclarecer.

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23/01/2023

O que se segue está dito para ser visto por democratas; se você não for, nem assista; se assistir, não se aborreça.


LIVRO - A Tragédia da Utopia

É meu mais recente livro publicado. Aos 60 anos da revolução que destruiu a antiga Pérola do Caribe, ampliei e atualizei neste livro a primeira edição da obra, publicada em 2004. A análise da realidade cubana segue os mesmos passos, mas o foco do texto vai posto, principalmente, no jovem leitor brasileiro. Enquanto a primeira edição olhou de modo descritivo a realidade em si, esta segunda edição amplia as informações e registra as alterações constatadas ao longo dos últimos 15 anos, levando em conta a necessidade de confrontar as mentiras que a propaganda pró Cuba conta com a verdade que lá se vê, e de destruir com as razões da Razão os sofismas que são construídos para justificar a perversidade do regime.

 

Contato para aquisição através do link abaixo ou na seção Livros do Autor.


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Fato Comentado


Percival Puggina

Leio em Jota.info

Os ministros Dias Toffoli e Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcaram para o dia 28 de março a audiência pública para debater as duas ações que discutem a moderação de conteúdo e a responsabilidade dos provedores de internet, websites e gestores de redes sociais em relação ao conteúdo postado por terceiros.

A audiência pública é um importante passo para o andamento das duas ações e demonstra o interesse do Supremo em dar seguimento a assuntos que envolvem plataformas e conteúdo. Ministros do STF têm demonstrado interesse em julgar esses temas para deixar o ambiente legislativo mais seguro para regular a internet no Brasil.

A audiência ocorrerá na modalidade híbrida – presencial e virtual – e ainda não há horário definido. As duas ações estavam sem andamento no STF porque a audiência pública ainda não tinha ocorrido – a reunião chegou a ser marcada em 2020, mas por conta da Covid-19, acabou não ocorrendo.

Comento     

         Guerras com desequilíbrio de forças são aquelas em que um dos lados tem armas melhores e mais combatentes. E existem guerras em que um lado a declara e vai à caça dos oponentes que, embora infinitamente mais numerosos, com mãos abanando, saem em disparada. Tem este segundo tipo assimetria a guerra travada contra as redes sociais.

“A vida era mais fácil quando elas não existiam”, devem pensar os militantes instalados nas redações dos grandes veículos e na cadeia produtiva da Educação, os políticos de esquerda, os ativistas do Judiciário, os religiosos da Teologia da Libertação, os líderes dos ditos movimentos sociais, os milionários das sinecuras culturais, etc. Para completar essa lista seria necessário desfiar todos os elos da imensa e consolidada cadeia de organismos em que se nutre a hegemonia esquerdista no Brasil. “Então, acabe-se com elas pela regulação!” – é o estridente grito dessa guerra.

A regulação fornece os mísseis; a militância usa as armas pesadas do denuncismo, da gritaria e do espalhafato. Já não me surpreende mais que o façam cobertos pelas vestes alvas de uma suposta grandeza moral e de um amor fecundo àquela verdade da qual são habituais estupradores.

Enquanto  tiver fôlego direi impotente “Não!” a qualquer sugestão para regular as redes proveniente da mesma fonte que, há poucos meses, censurou verdades conhecidas que agora cotidianamente se comprovam, impôs silêncio aos divergentes, fechou veículos de mídia digital, deixou tantos comunicadores e autores sem sustento e impediu a divulgação de obra que sequer conheceu.

  • Percival Puggina, com conteúdo Jota.info
  • 10 Março 2023

 

Percival Puggina

         Assisti durante pouco mais de uma hora à sessão da Câmara dos Deputados na terça-feira (07/03). O assunto era a CPMI.

A oposição criticava o movimento do governo, que compra votos para “convencer” parlamentares de que devem “dessassinar” o pedido da CPMI. Essa compra utiliza os mecanismos usuais de “negociação”, cujos valores tradicionalmente são considerados suficientes para que convicções se tornem irrelevantes.

Estamos falando de moeda sonante nacional. Pouco importa se por concessão de cargos (acesso a tesourarias bem fornidas), se por liberação de recurso para atender emendas parlamentares (dinheiro para beneficiar bases eleitorais), se por ameaça de não liberar recursos para emendas aprovadas, ou se falamos de dinheiro em espécie. A fonte é sempre o bolso do pagador de impostos.

O governo contrapunha falando de joias. Ou seja, um diálogo entre surdos para ser ouvido por mudos na frente do televisor.

Um deputado petista iluminou o plenário proclamando, como quem desfere um golpe mortal nos adversários, sob impulso da mais pura lógica: “Queriam o quê? Que o governo pressionasse para apoiarem a CPMI?”. Ou seja, formulou uma sonora e solene proclamação de culpa. A ideia de um esclarecimento dialético no âmbito de uma comissão parlamentar, com audiências públicas e investigações acompanhadas pelo governo e pela oposição não interessa ao governo! E, em vista das perguntas que não faz, não interessa sequer a essa coisa lamentável em que se transformou a maior parte do jornalismo brasileiro.

Os acontecimentos dos dias 8 e 9 de janeiro saem de todos os gabaritos razoáveis! Seja no plano da segurança pública, seja no das polícias próprias dos poderes de Estado, seja no procedimento do QG do Exército, seja no arrastão que levou mais de 2 mil pessoas para o ginásio da PF, seja na ação do Poder Judiciário, seja na tão ridícula quanto criminosa ação dos vândalos em vista da patética relação entre os meios usados e os fins supostamente buscados. E por aí vai. Tudo muito misterioso se a verdade se resumir a saber quem financiou e por que estava de férias quem estava de férias (caso do secretário de segurança do DF).

Cidadão, se puder e estiver ao seu alcance, pressione deputados e senadores a apoiarem a CPMI. Só ela pode trazer racionalidade para o debate político e, principalmente, legitimar a ação política espontânea da sociedade como parcela viva da democracia que queremos.     

  • Percival Puggina
  • 08 Março 2023

 

Percival Puggina

         A militância política das redações nasce nas salas de aula da cadeia produtiva da Educação. É um dos resultados desejados pelos ativistas do giz e quadro negro. O jornalismo que temos é produto acabado desse aparelhamento. Sei que, retoricamente, estou tomando a maioria pelo todo, mas é a maioria que faz a maior parte da receita no bolo da comunicação social. Certo?

O entusiasmo missionário de muitos jornalistas, ou mesmo de profissionais de outras áreas atraídos para as programações na condição de consultores, acaba fazendo de tudo uma simulação da realidade, como se os programas fossem apresentados desde o interior da caverna de Platão. As coisas não são como são, mas como as sombras que dela se projetam.

Há bem poucos dias, na CNN, uma jornalista mocinha defendia (o jornalismo de hoje ou ataca ou defende) a ideia de que o “subsídio” aos combustíveis (na verdade a redução de impostos) só interessa às classes a partir da classe média porque aos pobres interessa o alimento...

Tratava-se, no caso, de defender o retorno da tributação que produziu a imediata elevação dos custos de um insumo com repercussão direta na formação dos preços das demais mercadorias. A militância, porém, não se preocupa com a racionalidade. O negócio é vender o peixe com o discurso politicamente conveniente.

Do alto de sua sensatez, um amigo meu comentou a absurda tese da mocinha em poucas palavras: “Para ela o alimento do pobre deve chegar a pé no mercadinho”.

  • Percival Puggina
  • 05 Março 2023

 

Percival Puggina

        Ontem (26/02), zapeando as News, passo pela CNN e leio nas manchetes do telenoticiário que as “fake news” russas são um grave problema da Ucrânia na guerra entre os dois países.

Não é, apenas, ignorância de quem preparou a matéria. A militância jornalística de esquerda tem uma necessidade compulsiva de colar essa etiqueta em toda informação de seu desagrado. É preciso fazer das fake news um novo “mal do século” (para justificar os abusos cometidos por quem diz nos proteger delas). É indispensável, portanto, que a expressão apareça ininterruptamente ante os olhos e os ouvidos do público. Esse jornalismo esquece o quanto ele mesmo incorre nesse mal quando distorce uma informação ou quando promove algo ainda mais enganoso – a análise tendenciosa dos fatos (fake analysis).

Então, a matraca das “fake news” roda e a expressão passa a denominar aquilo que qualquer recruta reconhece como estratégias de comunicação típicas em tempos de guerra: a transmissão de informação ilusória (misisformation), e a propaganda com o objetivo de levar o adversário a avaliar de modo errado as forças inimigas (disinformation).

O jornalismo é indispensável à liberdade e à democracia e sobreviverá à atual crise de identidade.

  • Percival Puggina
  • 27 Favereiro 2023

 

Percival Puggina

Leio no jornal O Tempo (21/02)

Em meio ao resgate de pessoas e corpos após o temporal da madrugada de domingo (19) em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, há comerciantes aproveitando a tragédia para explorar a população. Alguns deles estão vendendo um litro de água por R$ 93 na região. 

Comento

Obviamente, a informação causa revolta e eu imagina o que diria a quem tivesse o descaramento de me cobrar esse preço por água de beber durante uma tragédia.

Em sequência, novas reflexões se impõem. Isso é o livre mercado? Escassa a mercadoria, seus preços sobem na mesma prateleira onde antes custava menos? Por outro lado (ou até do mesmo lado) enquanto houver quem pague R$ 93 por galão de água, haverá quem o venda por esse preço, não é mesmo? E haverá, também, quem acrescente ser essa a forma de regrar o consumo para evitar o desabastecimento pela formação de estoques privados.

Há uma certa “lógica” nesses raciocínios. Basta que para isso desprezemos um fato tão simples quanto esquecido: nós não somos seres apenas racionais. Somos também sentimentos, inclusive sentimentos morais; não somos apenas matéria; temos, também, uma dimensão espiritual. Somos tendentes ao eterno, ao infinito, principalmente quando pensamos em felicidade. Não somos apenas indivíduos pois temos uma existência social.

Se não fôssemos assim, por natureza, como explicar que, de um modo ou outro, façamos todos os dias, por imposição de consciência, tarefas que nos são penosas ou desagradáveis? Por que tantos se dispõem a ajudar os outros em suas dificuldades? É moralmente errado valer-se do desastre alheio para ampliar de modo expropriatório os próprios ganhos. O desabastecimento pela formação de estoques privados pode ser evitado com a restrição ao número de unidades vendidas por cliente, ora essa!

O sujeito que vendia água por R$ 93 podia alinhar diversos motivos para fazê-lo. Mas não tinha razão, de modo algum, porque há coisas que não se faz. “Punto e basta!” como dizem os italianos.

  • Percival Puggina
  • 23 Favereiro 2023