Aqui se cultuam grandes pensadores e líderes que impulsionaram positivamente a história.

“O estado deve ser um servo. E não um mestre!”

Margaret Thatcher

"Todos querem viver à custa do Estado, mas esquecem que o Estado vive à custa de todos".

Frédéric Bastiat

"Justiça sem misericórdia é crueldade."

S. Tomás de Aquino

“No final de contas, o valor de um Estado é o valor dos indivíduos que o compõem.”

John Stuart Mill

"A Cultura é o mar onde navega ou se perde, bóia ou naufraga o barco da política partidária".

Olavo de Carvalho

"Os marxistas inteligentes são patifes. Os marxistas honestos são burros. E os inteligentes e honestos nunca são marxistas."

José Osvaldo de Meira Penna

"As pessoas não serão capazes de olhar para a posteridade, se não tiverem em consideração a experiência dos seus antepassados."

Edmond Burke

"Cuidado com o Estado. Ele é perigoso e anda armado.”

Roberto Campos

"⁠Como os comunistas perceberam desde o início, controlar a linguagem é controlar o pensamento - não o pensamento real, mas as possibilidades do pensamento."

Roger Scruton

"Um homem com convicção pode superar uma centena que tem apenas opiniões."

 

Winston Churchill

 

"O poder concentrado sempre foi o inimigo da liberdade."

Ronald Reagan


Artigos do Puggina

Percival Puggina

01/06/2023

 

Percival Puggina

         Meu barbeiro em Porto Alegre é um engenheiro venezuelano, ex-funcionário da PDVSA, a maior petroleira daquele país que conheci democrático e próspero no final dos anos 80. Meu engenheiro-barbeiro está feliz no Brasil onde pode se alimentar e “hacer otras cositas” com o produto de seu trabalho.

Ao passar a palavra a seu convidado de honra – o criminoso Nicolas Maduro – Lula disse-lhe que falasse à “imprensa livre do Brasil e de seu país”. O presidente brasileiro solidarizou-se com ele reclamando das narrativas que se fazem sobre a situação da Venezuela e recomendando-lhe que criasse sua própria narrativa, pois essa seria “infinitamente melhor do que a que eles têm contado contra você”.

Quando um ser humano deixa de lado os fatos e a verdade sobre os fatos, para se dedicar a narrativas, existem poucos lugares que pode passar a frequentar. Entre os que me ocorrem estão aqueles onde infelizes vendem seu amor, traficantes anunciam os prazeres de suas drogas, meliantes aplicam seus golpes e onde vicejam as vilanias e insânias do ciberespaço.

Uma sociedade minimamente prudente deve evitar que pessoas assim, ocupadas com “boas narrativas”, se envolvam com o interesse público, relações familiares, negócios sérios, educação de sua juventude, vida religiosa, etc. Não dá! É perigoso demais.

Infelizmente, o Brasil mergulhou de cabeça na tese de que as questões mais graves do país possam ser objeto de um concurso de narrativas, onde a única verdade que interessa é a que cerca um cartão de vacina ou o ato de fé num sistema de votação. Mas a que decide uma eleição é a narrativa vigarista de que o ex-presidente é responsável por 700 mil (por vezes 700 milhões) de mortes para que palermas de carteirinha a repitam freneticamente.

Ao dizer para o ditador da Venezuela que crie uma narrativa melhor do que a de seus adversários, Lula está fazendo um discurso completo sobre si mesmo. É o Confiteor de um impenitente orgulhoso de sua perdição.

Os seres humanos são livres, para o bem e para o mal. Deus nos quis assim, mas convenhamos, triste destino o nosso, cujo horizonte foi consumido pelas narrativas admitidas na disputa eleitoral de 2022. Prefiro dormir intranquilo, preocupado com meu país, do que dormir em paz depois de lhe haver feito tanto mal.

Em viagem na Itália, percebendo que sou brasileiro, pessoas me perguntam o que está acontecendo em meu país. Tenho respondido que, hoje, o bom povo brasileiro, se percebe irrelevante. A Lava Jato foi difamada e sepultada. Os delinquentes da política voltaram a seus negócios. Os bons congressistas são em número insuficiente para produzir algo que se possa chamar de democracia e estado de Direito.

Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

Percival Puggina

31/05/2023

 

Percival Puggina

         Gradualmente, a bruma se dissipa. A gente pisca os olhos como para limpar a visão e começa a ver um pouco além da grande confusão dos últimos meses. Já não se trata mais de buscar as razões do que aconteceu, porque elas nunca foram razões da razão; o que se percebe, com realismo, são os motivos e os objetivos. O impeachment de Dilma e a presidência de Michel Temer foram dois pontos fora da curva e a eleição de Bolsonaro marcou o terceiro surfando nas redes sociais apesar da imprensa tradicional e do “Ele não!”. Acabei de mencionar os motivos; os objetivos, obviamente, foram dois: derrotar Bolsonaro e, com Lula, trazer a esquerda de volta ao poder.

O fato mais expressivo da campanha eleitoral de 2022 foi a nítida sensação de que a reeleição do presidente era inaceitável para quem se habituou a comandar o jogo. Episódio eloquente ocorreu no dia 12 de dezembro do ano passado, na cerimônia de diplomação da chapa eleita: o auditório do TSE, repleto de autoridades e petistas engravatados, saudou a chegada do ministro Alexandre de Moraes à mesa dos trabalhos com estrondosa e prolongada salva de palmas. Uma alegria incontida que só não entendeu quem não quis. Os cotovelos de Lula devem ter ficado magoados porque sua recepção foi muito menos calorosa. Revela-se nesses detalhes o ânimo legionário que permite a locução de praxe: missão dada, missão cumprida.

Para usar uma expressão do futebol, a história levou um drible “de caneta”. Como no poema de Drummond: “E agora, José?”.

Durante décadas, eventuais conclusões sobre o futuro do Brasil nas mãos da esquerda eram rotuladas como teoria da conspiração. Agora, não dá mais, porque tudo que se dizia sobre as consequências de uma futura vitória de Lula, está em pleno curso, aberto, declarado, estampado. Parece que o presidente saído das urnas não se preocupou, nem mesmo, em cuidar da imagem de seus benfeitores.

Quer desestatizar, impedir privatizações, ampliar a máquina e o gasto público, distribuir empregos para seus militantes revogando a Lei das Estatais, aumentar impostos, reestatizar o Banco Central, desarmar a população, apoiar as ações do MST, desqualificar quem se dedica ao agronegócio, descartar a cláusula democrática para retomar o projeto da UNASUL, apoiar ditaduras de esquerda na América Latina, ampliar sua influência sobre o topo do Poder Judiciário e formalizar a censura das opiniões nas redes sociais, através do PL 2630. De novo, mesmo, apenas a ideia de financiar a Argentina através do Banco do BRICS, incluir Venezuela como membro daquela organização e criar moedas únicas com quem quer que o convide a dizer algo sobre economia.

Hoje, examinei as imagens da reunião dos presidentes dos países da América do Sul. Vi Lula em reuniões reservadas e renegociando dívidas com Nicolas Maduro. O ditador venezuelano, aqui recebido com pompa e circunstância, é um narco-terrorista que se chegar num país que pretenda proteger seus cidadãos, vai preso.

Nisso tudo, o que mais me espanta é conhecer tanta gente que simplesmente não se importa em perder sua liberdade (e, com ela, sua dignidade) e ferrar seu país.

Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

Percival Puggina

29/05/2023

 

Percival Puggina

 

         Assim como a teologia da libertação serve ao comunismo, a política indigenista em curso no Brasil faz a mesma coisa. A primeira, a desastrosa TL, em ato de prestidigitação, coisa de mágico de aniversário infantil, transforma o “pobre” das sagradas escrituras em “excluído” e pronto! Lá está o mesmo sujeito do amor de Deus e do amor ao próximo, desfigurado em agente da luta de classes. Sim, porque se alguém é excluído é porque alguém o quer do lado de fora e isso causa revolta. No entanto, estamos descrevendo malandragem pura porque ninguém, a não ser a própria esquerda, precisa de uma sociedade miserável, formada por “excluídos”.

Por outro lado, a política indigenista, ao ver o povoamento do Brasil como invasão de propriedade alheia, numa aulinha de “história” de 45 minutos, deslegitima todos os títulos de propriedade existentes no Brasil porque, em tese, qualquer terra “pode ter sido ocupada” por habitantes pré-cabralinos.

Está em curso no STF, novamente à margem do Congresso Nacional, uma nova deliberação sobre se o que está escrito a respeito desse tema na Constituição é constitucional ou não. Já ouviu falar nisso, não? Pois é. Eu também. As coisas mudaram por aqui.

A Constituição de 1988 determinou que seriam indígenas as áreas tradicionalmente ocupadas na data de sua promulgação. Em excelente arrazoado do que me enviou cópia, o Secretário de Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo, Dr. Fábio Prieto de Souza, lembra que o mais recente julgamento da mesma questão, com término previsto para o dia 7 de junho, já tem dois votos – um dispensando o marco temporal da CF de 1988 (ministro Edson Fachin) e outro, não (ministro Nunes Marques).

Em dado momento, o Doutor Fábio, que já foi desembargador federal no TRF-3, e já se defrontou com a mesma pauta afirma o seguinte:

Talvez parte substancial da sociedade brasileira não tenha conhecimento de que o julgamento poderá afetar todo o território nacional, inclusive, ou principalmente, a propriedade urbana privada, no Estado de São Paulo e em todo o País.

Ele registra que só na área de jurisdição daquele Tribunal, milhares de pedidos de usucapião foram apresentados, tendo ele julgado grande número desses casos propostos pela União. E acrescenta:

É oportuno lembrar que, hoje, as comunidades indígenas não são, segundo a Constituição, proprietárias das terras que tradicionalmente ocupam. Se as comunidades indígenas têm a posse de imóvel, a propriedade é da União, satisfeitas certas formalidades da ordem jurídica. A partir desta sistemática constitucional, a União alegava que as comunidades indígenas tinham a posse imemorial dos bens, embora já não mais os ocupassem de fato, e, assim, exigia o reconhecimento da propriedade, em detrimento do interesse de milhares de cidadãos residentes nesta metrópole.

No Tribunal Regional Federal da 3ª Região, prevaleceu a tese de que a ausência de posse, há séculos, pelas comunidades indígenas, nos aldeamentos extintos, não poderia impedir a discussão sobre a alegada propriedade de terceiros, prejudicada a alegação da União. O caso foi levado ao Plenário do Supremo Tribunal Federal, que chancelou a orientação da Corte Federal e editou a Súmula 650: “Os incisos I e XI do art. 20 da CF não alcançam terras de aldeamentos extintos, ainda que ocupadas por indígenas em passado remoto”.

Mais adiante:

A propósito deste julgamento no Supremo Tribunal Federal, não raro tudo tem sido reduzido à disputa entre supostos produtores rurais mal-intencionados e as comunidades indígenas.

Na comunidade nacional, penso que o mais perigoso não é a inexatidão desta avaliação. Mas o fato certo e incontestável de que a eventual mudança de orientação jurisprudencial causará a ruptura do conceito de território nacional, tal qual o País o conhece e reverencia nos últimos quinhentos anos.

Nenhuma terra – urbana ou rural – estará a salvo da alegação de que, um dia, há séculos, terá sido ocupada por comunidades indígenas e, portanto, a propriedade não será mais dos brasileiros, mas da União que deve servi-los.

O Brasil continental será o laboratório universal e pioneiro da mais singular tese de invalidação de um dos elementos do conceito de nação, a integridade do território.

Governadores, prefeitos, congressistas, assistem questões com imensa repercussão na vida dos cidadãos, em estado de absoluta insegurança jurídica, como se as instituições tivessem surtado por ação ou omissão, por ideologia ou política. Já não mais podemos dizer, sequer, que o futuro a Deus pertence porque o futuro de mais de 200 milhões de brasileiros está nas mãos de umas poucas pessoas e de sua peculiar visão de mundo. Na democracia, as coisas não são e não podem ser assim. Por isso, é importante a aprovação urgente, contra a vontade da esquerda, do PL 490 que pretende convalidar o que está na Constituição...

Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

 

 

 

 

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Por que criei este site

Minha posição política é conservadora em relação ao que tem valor permanente. Quer mudar dentro da ordem o que precisa ser mudado. É democrata e serve ao bem da pessoa humana segundo uma antropologia e uma ética cristã. É pró-vida e sustenta a superior dignidade da pessoa humana. Vê a liberdade como sócia bem sucedida da verdade e da responsabilidade. É liberal porque sabe o quanto é necessário impor freios e limites ao Estado, cujos poderes deveriam agir para se tornarem cada vez menos necessários. Defende o direito de propriedade e as liberdades econômicas. Sem prejuízo de muitas outras exclusões, nessa posição política não há lugar para defensores de totalitarismos e autoritarismos, para fabianos e companheiros de viagem de esquerdistas, nem para políticos patrimonialistas.

 

Para defender essas posições, nasceu este website em 2003. Mediante sucessivas incorporações de novas tecnologias chega a esta quarta forma visual de apresentar os conteúdos com que espera proporcionar a seus leitores bom alimento à mente e ao espírito. Sejam todos muito bem-vindos e que Deus os abençoe.



Fique Sabendo

Direitos humanos e aparelhamento

Percival Puggina, com conteúdo Human Rights Watch

01/06/2023

 

Percival Puggina

         É muito incomum que nos parlamentos brasileiros, sejam municipais, estaduais ou federais, as comissões de Direitos Humanos não sejam povoadas e comandadas por militantes de esquerda. Era de se esperar que essa enorme convergência proporcionasse verdadeiras redes de proteção aos desvalidos e discriminados. Só que não.

A experiência evidencia a um observador atento que tais comissões se prestam quase sempre, exclusivamente para proteção de interesses de companheiros em necessidade. Se o desvalido ou o discriminado for de direita procure outra porta para bater. E isso basta para provar quão desumano o esquerdismo é, por natureza.

Nicolas Maduro foi festejado, paparicado e se tudo der certo, será  bem servido por Lula em suas necessidades. Leia, a seguir, o que dizem sobre esse déspota venezuelano e seu governo o Human Rights Watch e o Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos.

***

Em novembro de 2021, o procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, abriu uma investigação sobre possíveis crimes contra a humanidade cometidos na Venezuela. Em 2020, a Missão de Averiguação de Fatos das Nações Unidas (Missão) encontrou motivos suficientes para acreditar que crimes contra a humanidade foram cometidos como parte de uma política de Estado para reprimir opositores.

Em 2022, o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), que tem presença na Venezuela, perdeu o acesso aos centros de detenção onde são mantidos os presos políticos.

Autoridades judiciais têm participado ou sido cúmplices dos abusos, servindo como mecanismo de repressão.

A Venezuela enfrenta uma grave emergência humanitária, com milhões sem acesso a cuidados de saúde e nutrição adequados.

As autoridades assediam e perseguem jornalistas, defensores dos direitos humanos e organizações da sociedade civil. Preocupações persistentes incluem práticas brutais de policiamento, falta de proteção a populações indígenas e condições prisionais precárias.

Um êxodo de cerca de 7,1 milhões de venezuelanos representa uma das maiores crises migratórias do mundo.

Um relatório de uma missão de observação eleitoral da União Europeia lançado em 2022 apresentou recomendações concretas para abrir o caminho para eleições livres e justas.

As negociações que estavam suspendidas desde outubro de 2021 foram retomadas em novembro.

Perseguição de Opositores Políticos, Detenções e Tortura

O governo prendeu opositores políticos e os impediu de concorrer a cargos públicos. Segundo o Fórum Penal, uma rede venezuelana de advogados de defesa criminal que atuam pro-bono, reportou 245 presos políticos até outubro.

Pelo menos 114 presos políticos passaram mais de três anos em prisão preventiva, apesar dos limites de tempo incluídos em uma recente reforma do Código Penal. Aproximadamente 875 dos 15.770 civis presos arbitrariamente de 2014 a junho de 2022 foram processados em tribunais militares, informou o Fórum Penal.

Embora alguns detidos tenham sido libertados ou transferidos das instalações do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (SEBIN, na sigla em espanhol) para prisões, novos críticos foram submetidos a detenções arbitrárias.

O ACNUDH continuou recebendo denúncias de tortura, maus-tratos e detenções incomunicáveis em 2022.

Forças de segurança e colectivos – grupos armados pró-governo – têm sistematicamente atacado manifestações desde 2014, inclusive com ações violentas, espancamentos brutais e tiros à queima-roupa.

Segundo fontes oficiais consultadas pelo ACNUDH, o Ministério Público registrou 235 denúncias de violações de direitos humanos envolvendo privação de liberdade, de maio de 2021 a abril de 2022, incluindo 20 em acusações relacionadas a terrorismo.

O ACNUDH e o Grupo de Trabalho da ONU sobre Detenções Arbitrárias relataram dificuldades persistentes para garantir os direitos à liberdade e julgamentos justos. Também há atrasos na implementação de ordens judiciais de soltura.

Em setembro, a Missão da ONU informou que crimes cometidos por serviços de inteligência, por ordem de autoridades de alto escalão, incluindo Nicolás Maduro, faziam parte de uma política deliberada de repressão aos opositores do governo. A missão novamente os descreveu como crimes contra a humanidade.

 

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Leandro Ruschel, sobre o caso Google

Leandro Ruschel

22/05/2023

Leandro Ruschel

      O procurador que entrou com pedidos de explicação ao Google por exercer seu direto à expressão é o mesmo que abriu investigação contra a Jovem Pan.

Se não bastasse, o pedido do MP utilizado para pressionar o Google é baseado num relatório da Netlab da UFRJ, basicamente um aparelho de esquerda.

A Gazeta do Povo publicou artigo sobre o aparelho, recentemente:

"Na Escola de Comunicação de uma das maiores e mais tradicionais instituições de ensino superior do Brasil – a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – funciona o Netlab: um laboratório de pesquisa formado por doutores, pós-graduandos e graduandos que declara ter como objetivo “pesquisar os usos sociais das tecnologias de informação e comunicação, bem como seus impactos sociais e culturais”.

Vinculada ao Netlab há uma atividade de extensão chamada Laboratório de Ativismo e Comunicação (LabAtivo).

Em sua página oficial no Facebook, o LabAtivo é descrito como um “laboratório de formação, inovação, ativismo, cibercultura, ética hacker, política, sociedade e comunicação”, que “articula as ferramentas e teorias da comunicação com os contextos políticos, culturais e tecnológicos através de produtos de comunicação (Campanhas, Intervenções, Festival ‘Educação Sem Temer’)”.

Na página do Lattes da coordenadora da atividade, que teve início em 2013, os objetivos do grupo são descritos como “pensar, discutir e desenvolver ações políticas”.

Já no site oficial do LabAtivo, a descrição é mais direta: “Vamos desenvolver ações diretas de marketing de guerrilha, debater sobre o papel da imprensa e trazer vários profissionais de comunicação ativistas para agir juntos. Pra que a memória das lutas do nosso povo continue viva, como Marielle Franco e Edson Luis!”.

O ativismo é direcionado a uma única linha política. Nas redes sociais do LabAtivo é possível encontrar uma série de publicações que deixam claro que será tolerada apenas uma vertente dentro do que se considera “ativismo”.

Desde as publicações mais antigas, que sustentam que o impeachment de Dilma foi um golpe e que pedem “Fora Temer”, até as mais recentes, há manifestações favoráveis ao aborto e à legalização das drogas, contrárias ao Escola Sem Partido e críticas ao governo de Jair Bolsonaro.

Também é possível encontrar publicações sobre o filósofo comunista Antonio Gramsci e até mesmo a divulgação de um vídeo do programa GregNews, apresentado pelo ator e ativista de esquerda Gregório Duvivier."

Ao utilizar material produzido por um grupo de inclinação política clara para perseguir seus opositores, o Ministério Público abandona a obrigatória neutralidade.

O relatório é claramente enviesado, categorizado reportagens como "hiperpartidarias" e de "extrema-direita", enquanto não fala nada sobre a o seu próprio hiperparidarismo, assim como a postura militante de mídias como Globo e CNN.

Por que não há nenhum pedido de investigação sobre essas empresas, que são concessão pública, e não tem oferecido o mínimo de isenção para apresentar o debate em relação ao Projeto da Censura?

Inclusive, deputados relatam lobby feito nos gabinetes de representantes desses grupos de mídia para aprovação do projeto, que produzirá centenas de milhões de reais de receita a tais empresas.

JÁ VIVEMOS UM AMBIENTE DE CENSURA E PERSEGUIÇÃO.

A esquerda aparelhou as universidades, e também a imprensa, além de próprios órgãos de estado, como MP e cortes.

A Lei da Censura viria apenas para dar ares de legalidade ao estado de exceção em curso.

*        Texto publicado na página do autor no Facebook em 2 de maio de 2023.

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FLORENSE completa 70 anos

Percival Puggina, com release Quadrante Sul

18/05/2023

 

Percival Puggina

         Se existem cidades que enfrentam problemas econômicos e sociais pela falta de empregos, existem outras em que a iniciativa privada rende excelentes resultados à comunidade, na geração de renda e postos de trabalho. Quando isso acontece, cria-se um dinamismo que se reflete na qualidade de vida.

É uma constatação que me ocorre como consequência deste 18 de maio, quando um release da Quadrante Sul Publicidade avisa que hoje transcorre o 70º aniversário de fundação da empresa FLORENSE!

O site Liberais & Conservadores (Puggina.org) sente-se honrado por contar com o Apoio Master da FLORENSE. Tenho o prazer de conhecer essa exemplar organização e de usufruir de agradáveis e proveitosos encontros periódicos com os amigos Gelson Castelan, ex-CEO e Mateus Corradi, atual CEO e suas famílias. Inspirados pelos fundadores, esses líderes produzem um ambiente estimulante de trabalho, formação de recursos humanos, planejamento, atualização permanente e busca persistente da perfeição. Isso tudo, mais aquelas características de uma empresa familiar estreitamente ligada à sua comunidade, faz da FLORENSE um case econômico e sociológico produzido pelo carinho de três sucessivas gerações das famílias Castelan e Corradi.  

Transcrevo a seguir o release histórico recebido.

Trajetória vitoriosa de uma empresa que já está em sua terceira geração e se mantém 100% familiar.

A palavra “família” soa forte nesta marca de mobiliário de alto padrão que partiu de uma pequena marcenaria para consolidar-se entre os players mundiais.

O legado e a inspiração de seus fundadores, Lourenço Darcy Castellan e Angelo Corradi, continuam cada vez mais vivos sete décadas depois que estes dois homens começaram a transformar móveis em objetos de desejo, em 18 de maio de 1953.

A segunda geração, formada pelo vice-presidente Gelson Castellan e pelos diretores Paulo Corradi, Sérgio Corradi, Eliana Castellan de Salles e Ezio de Salles, imprimiu um ritmo ainda mais forte na evolução da marca, equiparando os produtos Florense aos melhores do mundo.

Hoje, já na terceira geração – Mateus Corradi, CEO; Roberta Castellan, diretora criativa; e Felipe Corradi, diretor industrial –, além de Ezio de Salles, que mantém o cargo de diretor jurídico, a Florense voa alto, transcende fronteiras e se consagra como marca de desejo de todas as pessoas que sabem reconhecer e valorizar produtos e serviços de alto valor agregado.

A empresa hoje vai além de fabricar mobiliário high-end alinhado entre os melhores do mundo. Ela trabalha principalmente com as emoções das pessoas, realizando sonhos em cada projeto e transmitindo aos produtos e serviços toda a essência de seu legado.

Parabéns e longa vida à comunidade FLORENSE!

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Vídeos


No dia em que Lula foi preso

29/05/2023

Parecia impossível ser a história totalmente reescrita para surgir uma nova narrativa e o passado apagado.

O assunto Dallagnol não pode morrer

22/05/2023

Existem assuntos que quando "morrem" levam consigo bens imateriais de muita valia para uma sociedade que tenha apreço por si mesma.

Jabotis, enroladinhos e a obrigação de conhecer as leis...

15/05/2023

Num país onde congressistas votam sem saber o que estão votando contra a sociedade, a sociedade não pode alegar desconhecimento das leis que eles votaram sem conhecer... Estão de brincadeira.

O que nos ensina a monarquia britânica

08/05/2023

A coroação do rei Charles III e a história daquela monarquia é uma excelente ocasião para pensarmos sobre o que brasileiros estão fazendo no Brasil.

O que foi, mesmo, que eles não entenderam?

01/05/2023

O preceito constitucional sobre liberdade de expressão é cláusula pétrea! Criaram um calhamaço jurídico para dizer que estão tratando de outra coisa, mas o nome da coisa inteira é CENSURA.

Agora, o governo quer muito a CPMI

24/04/2023

Como o inquérito dessorou, o governo, agora, quer a CPMI para si, para chamar de sua.


LIVRO - A Tragédia da Utopia

É meu mais recente livro publicado. Aos 60 anos da revolução que destruiu a antiga Pérola do Caribe, ampliei e atualizei neste livro a primeira edição da obra, publicada em 2004. A análise da realidade cubana segue os mesmos passos, mas o foco do texto vai posto, principalmente, no jovem leitor brasileiro. Enquanto a primeira edição olhou de modo descritivo a realidade em si, esta segunda edição amplia as informações e registra as alterações constatadas ao longo dos últimos 15 anos, levando em conta a necessidade de confrontar as mentiras que a propaganda pró Cuba conta com a verdade que lá se vê, e de destruir com as razões da Razão os sofismas que são construídos para justificar a perversidade do regime.

 

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Fato Comentado

Leio no Portal Guiame

      De acordo com o Relatório Internacional de Liberdade Religiosa de 2022 do Departamento de Estado dos EUA, um menino de dois anos e sua família foram condenados à prisão perpétua pela posse de uma Bíblia.

O caso de grande repercussão na mídia ilustra a repressão do regime comunista norte-coreano contra indivíduos com crenças religiosas.

Segundo o relatório, estima-se que cerca de 70.000 pessoas, incluindo cristãos e indivíduos de outras religiões, estão detidos na Coreia do Norte devido à perseguição religiosa.

“O direito à liberdade de pensamento, consciência e religião [na RPDC] também continua a ser negado, sem sistemas de crença alternativos tolerados pelas autoridades”, afirmou António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), descrevendo as atrocidades que a Coreia do Norte comete contra a liberdade religiosa nos últimos anos.

De acordo com a ONU, as restrições de viagens impostas devido à pandemia de Covid-19 reduziram as informações sobre a perseguição religiosa, o que piorou a verificação de detalhes sobre os casos de abuso.

No entanto, o Departamento de Estado americano afirmou ter finalmente confirmado os detalhes do relatório com base em informações de organizações não governamentais (ONGs), grupos de direitos humanos e a própria ONU.

De acordo com o relatório, algumas instituições registradas, como igrejas, existem especialmente na capital coreana, Pyongyang. No entanto, os visitantes relataram que a igreja "operava sob rígido controle do estado e funcionava em grande parte como uma vitrine para estrangeiros".

O Departamento de Estado também afirmou que é difícil quantificar o alcance e o número de igrejas subterrâneas ou secretas devido o governo proibir atividades religiosas privadas.

Segundo informações de desertores, o governo norte-coreano encoraja os cidadãos a denunciarem qualquer pessoa envolvida em atividades religiosas não autorizadas ou que possua materiais religiosos, como a Bíblia.

Eles relataram que cristãos frequentemente escondem suas atividades religiosas de familiares, vizinhos, colegas de trabalho e outros, por medo de serem rotulados como desleais ao governo norte-coreano e denunciados às autoridades.

Abusos da liberdade religiosa

A Korea Future divulgou, em 2021, um relatório com base em entrevistas feitas com 244 vítimas de abusos da liberdade religiosa.

Entre as vítimas estão 150 pessoas que aderiram ao Xamanismo, 91 ao Cristianismo, uma ao Cheondoísmo e outra pessoa ligada a outras crenças. Essas pessoas tinham entre dois e mais de 80 anos. Mulheres e meninas representaram mais de 70% das vítimas documentadas.

Conforme relatado, o governo acusou indivíduos de envolvimento em práticas religiosas, realização de atividades religiosas na China, posse de itens religiosos, contato com pessoas religiosas e compartilhamento de crenças religiosas.

Esses indivíduos foram submetidos a prisões, detenções, trabalhos forçados, tortura, negação de um julgamento justo, execuções públicas e violência sexual, de acordo com o relatório.

Crianças também são vítimas

Um dos incidentes destacados no relatório foi a prisão de uma família em 2009 devido às suas práticas religiosas e posse de uma Bíblia.

Como resultado, toda a família, incluindo uma criança de dois anos, foi condenada à prisão perpétua em campos de prisioneiros.

Outro incidente relatado pela ONG Korea Future descreve um caso chocante em que um homem foi espancado quase até a morte por guardas ao ser descoberto orando.

Além disso, foi registrado um incidente envolvendo um membro do Partido dos Trabalhadores Coreanos que foi encontrado com uma Bíblia. Ele foi levado pelas autoridades para um aeródromo e executado publicamente diante de milhares de pessoas.

Segundo relatam os cristãos, as terríveis condições dos campos de prisioneiros norte-coreanos, incluem desnutrição extrema, alimentação forçada com comida contaminada, abuso verbal e físico e execução.

A Open Doors USA (ODUSA) informou que, para os cristãos na Coreia do Norte, a vida é um "caldeirão de pressão constante" e "a captura ou a morte estão a apenas um erro de distância".

Segundo a ODUSA, os cristãos são considerados os mais baixos da sociedade e estão constantemente "vulneráveis ??e em perigo".

Comento

Terrível, não é mesmo? Pois mais ou menos assim é a história de vida de dezenas de milhões de pessoas cujas opções não foram compatíveis com o “direito” imposto por alguém, ou por algum partido político. No comunismo, os gulags eram campos de prisioneiros e, ao mesmo tempo, parte do mercado de mão de obra escrava entre repartições do Estado, sempre carentes de recursos humanos para atender às crescentes metas de produção fixadas por Stalin.

Há alguns anos, li um livro que recomendo enfaticamente – Fuga do Campo 14. Ele conta a história do jovem Shin Dong-hyuk que nasceu num campo de concentração da Coreia do Norte. Ali viveu sem conhecer sentimentos humanos uma vida de submissão absoluta e em total desconhecimento sobre o que havia fora do Campo. Atualmente, ele vive na Coreia do Sul, faz ativismo político contra a tirania que oprime seus irmãos do Norte e persiste como o único norte-coreano que conseguiu fugir de um campo de concentração naquele país.

Coisas assim podem acontecer e acontecem quando as tiranias se instalam. Por isso, denúncia, anúncio e resistência são condutas de prudência. No Brasil, a linha da liberdade já foi recuada e está sob ameaça.

Na capa do meu livro “Pombas e gaviões”, publicado pela AGE em 2010, incluí uma frase que retoma, nestes dias sua inteira validade: “Os ingênuos estão na cadeia alimentar dos mal-intencionados”.

  • Portal Guiame, com informações Fox News
  • 30 Maio 2023

Marco Frenette

 O sempre interessante Marco Frenette escreve, em sua página no Facebook:

Você não vai entender a mentalidade dos nossos desgovernantes lendo livros profundos e complexos sobre os mistérios das catacumbas globalistas e dos labirintos das estratégias gramscistas.

Para entender a mentalidade dos stalinistas que estão destruindo o Brasil, atenha-se, primeiro, ao básico. Leia o "Manifesto Comunista". Se já leu, leia de novo, mas, dessa vez, com muita atenção.

Todos os principais ministros e líderes do atual desgoverno são comunistas fanáticos e declarados, e tentam aplicar no Brasil o que Marx e Engels escreveram em 1848.

Todas as taras que os nossos stalinistas exibem hoje ao povo brasileiro (se apoderar do Banco Central; roubar heranças; financiar ditaduras; impostos pornográficos; estado inchado e onipresente; perseguição aos adversários; censura; destruição da família e da propriedade privada) estão presentes naquele manual de instrução.

Em 1998, o nosso atual ministro da fazenda publicou o livro "Em Defesa do Socialismo" (remetendo ao "Em Defesa do Socialismo Científico", de Stálin), em homenagem aos 150 anos da publicação do "Manifesto". Em sua obra, Haddad tenta atualizar o manual de instrução, e afirma que o PT já o aplica no Brasil.

Veja, isso já em 1998. De lá para cá, a "aplicação" só cresceu, e, assim, chegamos à ditadura de 2022.

Comento

Ao ler essas corretíssimas linhas não pude deixar de pensar em pessoas amigas e conhecidas que, mesmo sabendo disso, usaram de sua liberdade e não participaram do pleito de 2022. Note-se: eu sou a favor do voto facultativo. No entanto, as consequências de uma vitória da esquerda, com Lula e seus amiguinhos, suas práticas comerciais, seu oeste ideológico, eram previsíveis por pessoas que tinham e têm conhecimento e formação suficientes para identificar não riscos, mas inevitáveis consequências!

Mesmo assim, alegaram motivos tão simplórios, tão descolados da realidade!... Agiram numa eleição presidencial como se estivessem escolhendo uma gravata – gosto ou não gosto – e não o futuro deles, de seus filhos e de uma nação inteira..  

  • Marco Frenette
  • 21 Maio 2023

 

Percival Puggina

 

Assisto e transcrevo de vídeo da JP trecho da fala do ministro

Eu, particularmente, não estou preocupado com os termos de uso dos senhores. Se os senhores não mudarem os termos de uso, serão obrigados a mudar os termos de uso. E rápido. Ou vocês entendem isso ou não precisa nem continuar a reunião. A partir daqui, se os senhores não mudarem, arquem com as consequências. Nós não vamos deixar uma epidemia de assassinatos em escolas por causa dos termos do Twitter. (...) Não são os senhores que interpretam a lei no Brasil. Não são. Não serão. Eu sei que os senhores sabem isso. Eu me refiro a todas as plataformas.

Esse tempo da autorregulação, da ausência de regulação da liberdade de expressão como valor absoluto, que é uma fraude, que é uma falcatrua, esse tempo acabou no Brasil. Acabou, foi sepultado. (...) Mais me refiro ao Twitter porque esse discurso dos termos de uso é inaceitável. Isso não existe no nosso dicionário. O dicionário-gramático do ministério da Justiça e da Polícia Federal, que eu comando, não existe a expressão termos de uso. Esqueçam isso. (...) Eu tenho certeza de que essa colaboração ocorrerá e quem se opuser a essa ideia de colaboração obviamente está se expondo a que nós adotemos as providências. Nós não queremos que os senhores passam a condição de investigados da Polícia, ou de réus. Nós não queremos isso.

Comento

O ministro da Justiça deixou clara a intenção de estabelecer a censura no país. Ninguém pode achar que sai pela tangente falando em chacinas nas escolas quando o escopo está muito claro desde o início. E quando ele, ministro, em evento anterior, mandou recado semelhante, ele estabeleceu como parâmetro o que ocorreu durante o processo eleitoral, determinando que tomassem aquele período como referência.

O que tivemos naquele período se não censura política? Mas quem associar essa palavra ao PL 2630, sofrerá as consequências.

Grande novidade a esquerda querendo exercer o domínio da linguagem. Perguntem ao Noam Chomsy

  • Percival Puggina
  • 17 Maio 2023

 

Percival Puggina

         Lula expressou com todas as letras e imagens seu desejo de vingança. Não será por obra do acaso que a vemos em curso. Vem mais por aí.

Você já ouviu falar nas ditas “forças da natureza”, não é mesmo? Pois é com isso que estamos lidando. É da natureza do grupo político que assumiu o poder em nosso país, tratar assim a divergência. O comportamento do senador Randolfe Rodrigues durante a campanha presidencial de 2022 fornece o perfil do que seria o governo do qual ele, graças aos serviços prestados, tornou-se líder no Congresso.

Há poucos minutos, participando do programa Boa Tarde Brasil da Rádio Guaíba de Porto Alegre eu mencionei que a essas alturas não interessa mais o fato de que essa esquerda que assumiu o poder se posiciona contra tudo pelo que tenho apreço: valores, princípios, visão de pessoa humana, de sociedade, de política, de economia, de família, de proteção da infância, de educação e por aí vai.

Nada disso mais importa. Não estamos em disputa política por ideias, mas enfrentando uma crise de outra grandeza, nos fundamentos de nossa existência como nação de homens livres. Tal crise, atentando contra a liberdade de expressão, à margem dos firmes termos constitucionais, já afetou o estado de direito, o regime democrático e nos transformou numa sociedade que se vê sem alternativa perante o Estado.

Em poucos segundos, o TSE cassou o mandato de um deputado federal. Todas as acusações que levaram a essa decisão ou se construíam no futuro do pretérito ou no pretérito imperfeito. Ele “pretenderia” ou sua intenção “talvez fosse”. Não havia condenação ou processo instalado, nem lei que desse fundamento a uma cassação com base em conjeturas dos julgadores. Tratava-se, apenas, de desabilitar um antagonista, penalizando-o exatamente por isso. E pela “lei da ficha limpa”! É brincadeira.

  • Percival Puggina
  • 17 Maio 2023

 

Percival Puggina

         Tornou-se habitual em nosso país, e nem às vítimas surpreende mais o não reconhecimento dos direitos alheios. Seja por parte do Estado, seja entre os indivíduos. O direito à propriedade privada, ao devido processo, ao juiz natural, à intimidade, à própria dignidade, à liberdade de opinião, valem menos a cada dia. Instalou-se entre nós um ódio real para combater um ódio ficcional que, na maior parte das vezes, é cidadania indefesa e, por isso, indignada e revoltada. Quem ainda não entendeu, vá estudar história.

O leitor destas linhas sabe que é assim e, por isso, mais vale dedica-las ao caso concreto da intromissão brasileira no conflito entre a Federação Russa e a Ucrânia. Tudo que o governo Lula tem feito ao se intrometer onde não era chamado foi comprometer o Brasil com uma atitude inconveniente e errada, mas compatível com seu agir mais corrente.

O governo petista não reconhece direitos alheios. Aqui, desconsidera, por exemplo, os direitos de quem contribui para os fundos que dissipa em empréstimos internacionais, os direitos dos cidadãos à liberdade de expressão e os direitos dos proprietários invadidos por seus movimentos parceiros. Por que seria diferente em relação aos da invadida Ucrânia?

Então, Lula fala e fala, e manda seu porta-voz, que o papagueia, dizer que a paz na Ucrânia depende de que os dois lados abram mão de algo, cabendo à Ucrânia ceder uma parte de seu território, porque com a guerra, os dois lados estão tendo um ônus maior do que se renunciarem a alguma coisa...

Imagine, agora, cidadão brasileiro, as consequências dessa irracionalidade e falta de juízo moral quando aplicados aos interesses nacionais que lhes corresponde proteger! Estão vendo o que fizeram com nosso país? A esquerda só não renuncia ao que, em sua ganância política, julga ser seu, como, por exemplo, os cargos que a lei vedava provimento por militantes políticos. Mas isso Lewandowski já resolveu. E disso, agora, Toffoli é o novo garantidor. 

Que tempos, senhores! Que tempos!

  • Percival Puggina
  • 11 Maio 2023