• Rebecca Kiessling
  • 14/01/2009
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CONCEBIDA EM ESTUPRO CONTA SUA HIST?IA - www.rebeccakiessling.com

Eu fui adotada assim que nasci. Aos 18 anos soube que fui concebida a partir de um estupro brutal sob amea?de faca por um estuprador serial. Assim como a maior parte das pessoas, eu nunca pensei que o assunto do aborto estivesse relacionado ?inha vida, mas assim que recebi essa not?a percebi que esse assunto n?s?t?elacionado ?inha vida, mas est?igado ?inha pr?a exist?ia. Era como se eu pudesse ouvir os ecos de todas as pessoas que, da forma mais simp?ca poss?l, dizem: Bem, exceto nos caso de estupro... ou que dizem com veem?ia e repulsa: Especialmente nos casos de estupro!!! Existem muitas pessoas assim por a?Elas nem sequer me conhecem, mas julgam a minha vida e depressa a descartam s?la forma como fui concebida. Eu senti como se a partir daquele momento tivesse que justificar minha pr?a exist?ia, tivesse que provar ao mundo que n?deveria ter sido abortada e que eu era digna de viver. Lembro-me tamb?de me sentir como lixo por causa das pessoas que diziam que minha vida era um lixo, que eu era descart?l. Por favor, entenda que quando voc?e declara a favor do direito de decidir ou quando abre a exce? para o estupro, o que isso realmente significa ?ue voc?ode olhar nos meus olhos e me dizer eu acho que sua m?deveria ter tido a op? de abortar voc?Essa ?ma afirma? muito forte. Eu jamais diria a algu? Se eu tivesse tido a chance, voc?staria morta agora. Mas essa ? realidade com a qual eu vivo. Desafio qualquer um a dizer que n??N??omo se as pessoas dissessem: Bom, eu sou a favor de leis que d?o direito livre de abortar, menos naquela pequena fresta de oportunidade em 1968/69, para que voc?Rebecca, pudesse ter nascido. N? Essa ? realidade mais cruel desse tipo de opini?e eu posso afirmar que isso machuca e que ?ma maldade. Mas sei que muita gente n?quer se comprometer nesse assunto. Para eles, ?penas um conceito, um coment?o estereotipado que eles varrem para debaixo do tapete e esquecem. Eu realmente espero que, como uma mulher que foi concebida a partir de um estupro, eu possa ajudar a dar um rosto e uma voz a essa quest? Diversas vezes me deparei com pessoas que me confrontaram e tentaram se desvencilhar dizendo coisas do tipo: Bem, voc?eve sorte!. Pode ter certeza de que minha sobreviv?ia n?tem nada a ver com sorte. O fato de eu estar viva hoje tem a ver com as escolhas feitas pela nossa sociedade: pessoas que lutaram para que o aborto fosse ilegal em Michigan naquela ?ca — mesmo em casos de estupro —, pessoas que lutaram para proteger a minha vida e pessoas que votaram a favor da vida. Eu n?tive sorte. Fui protegida. E voc?realmente acham que nossos irm? e irm?que est?sendo abortados todos os dias simplesmente s?azarados? Apesar de minha m?biol?a ter ficado feliz em me conhecer, ela me contou que foi a duas cl?cas de aborto clandestinas e que eu quase fui abortada. Depois do estupro, a pol?a indicou um conselheiro que simplesmente disse a ela que a melhor op? era abortar. Minha m?biol?a disse que naquela ?ca n?havia centros de apoio a gr?das em risco, mas me garantiu que, se houvesse, ela teria ido at??elo menos para receber um pouco mais de orienta?. O conselheiro foi quem estabeleceu o contato entre ela e os aborteiros clandestinos. Ela disse que a cl?ca tinha a t?ca apar?ia de fundo de quintal, como a gente escuta por a?e l?la poderia ter me abortado de forma segura e legal: sangue e sujeira na mesa e por todo o ch? Essas condi?s prec?as e o fato de ser ilegal levaram-na a recuar, como acontece com a maioria das mulheres. Depois, ela entrou em contato com um aborteiro que cobrava mais. Dessa vez, ela se encontraria com algu??oite no Instituto de Arte de Detroit. Algu?iria se aproximar dela, dizer seu nome, vend?a, coloc?a no banco de tr?de um carro, lev?a e ent?me abortar... Depois iria vend?a novamente e lev?a de volta. E sabe o que eu acho mais lament?l? ?que eu sei que existe um monte de gente por a?ue me ouviria contar esses detalhes e que responderia com uma balan?a de cabe?em desaprova?: Seria terr?l se sua m?biol?a tivesse tido que passar por tudo isso para conseguir abortar voc? Isso ?ompaix?!!! Eu entendo que eles pensem que est?sendo compassivos, mas para mim parece muita frieza de cora?, n?acha? ?sobre a minha vida que eles est?falando de forma t?indiferente e n?h?ada de compaix?nesse tipo de opini? Minha m?biol?a est?em, a vida dela continuou e ela est?e saindo muito bem, mas eu teria morrido e minha vida estaria acabada. A minha apar?ia n?? mesma de quando eu tinha quatro anos de idade ou quatro dias de vida, ainda no ?o da minha m? mas ainda assim era inegavelmente eu e eu teria sido morta em um aborto brutal. De acordo com a pesquisa do Dr. David Reardon, diretor do Instituto Elliot, co-editor do livro V?mas e vitimados: falando sobre gravidez, aborto e crian? frutos de agress?sexuais, e autor do artigo Estupro, incesto e aborto: olhando al?dos mitos, a maioria das mulheres que engravidam ap?ma agress?sexual n?quer abortar e de fato fica em pior estado depois de um aborto. (http://www.afterabortion.org.) Sendo assim, a opini?da maioria das pessoas sobre aborto em casos de estupro ?undamentada em falsas premissas: 1) a v?ma de estupro quer abortar; 2) ela vai se sentir melhor depois do aborto; e 3) a vida daquela crian?n?vale o trabalho que d?ara suportar uma gravidez.. Eu espero que a minha hist? e as outras postadas nesse site ajudem a acabar com este ?mo mito. Eu queria poder dizer que minha m?biol?a n?queria me abortar, mas de fato ela foi convencida a n?faz?o. Contudo, o aspecto nojento e o palavreado sujo desse segundo aborteiro clandestino, al?do temor de sua pr?a seguran? levaram-na a recuar. Quando ela lhe contou por telefone que n?estava interessada nesse acordo arriscado, esse homem a insultou e a xingou. Para sua surpresa, ele ligou novamente no dia seguinte para tentar convenc?a a me abortar, e mais uma vez ela n?quis prosseguir com o plano e ouviu mais uma s?e de insultos. Depois disso, ela simplesmente n?podia mais prosseguir com essa id?. Minha m?biol?a j?stava entrando no segundo trimestre da gesta?, quando seria muito mais perigoso e muito mais caro me abortar. Sou muito grata por minha vida ter sido poupada, mas muitos crist? bem intencionados me diziam coisas como olha, Deus realmente quis que voc?ascesse! e outros podem dizer era mesmo pra voc?star aqui. Mas eu sei que Deus quer que toda crian?tenha a mesma oportunidade de nascer e n?posso me conformar e simplesmente dizer bem, pelo menos a minha vida foi poupada. Ou eu mereci, veja o que eu fiz com a minha vida. E os outros milh?de crian? n?mereciam? Eu n?consigo fazer isso. Voc?onsegue? Voc?onsegue simplesmente ficar a? dizer pelo menos minha m?me quis... pelo menos estou vivo... ou simplesmente sei l?Esse ?ealmente o tipo de pessoa que voc?uer ser? De cora? frio? Uma apar?ia de compaix?por fora e cora? de pedra e vazio por dentro? Voc?iz que se importa com os direitos das mulheres, mas n?est?em a?ra mim porque eu sou um lembrete de algo que voc?refere n?encarar e que voc?etesta que outros se importem? Eu n?me encaixo na sua agenda? Na faculdade de direito eu tinha colegas que me diziam coisas como se voc?ivesse sido abortada, n?estaria aqui hoje e de qualquer forma n?saberia a diferen? ent?por que se importa?. Acredite ou n? alguns dos principais fil?os pr?orto usam esse mesmo tipo de argumento: O feto n?sabe o que o atingiu, ent?n?percebe que perdeu a vida. Sendo assim, acho que se voc?sfaquear algu?pelas costas enquanto ele estiver dormindo, n?haver?roblema algum, porque ele n?saber? que o atingiu?! Eu explicava aos meus colegas como a mesma l?a deles justificaria que eu matasse voc?oje, porque voc??estaria aqui amanh? n?saberia a diferen?de qualquer forma.. Ent? por que se importar?. E eles ficavam com o queixo ca?. ?incr?l o que um pouco de l?a pode fazer, quando voc?? para pensar — que ? que devemos fazer numa faculdade de direito — e considera o que n?ealmente estamos falando: h?idas que n?est?aqui hoje porque foram abortadas. ?como o velho ditado: Se uma ?ore cai na floresta e n?h?ingu?por perto para ouvir, ser?ue faz barulho?. Olha, faz sim! E se um beb? abortado e ningu?fica sabendo, tem import?ia? A resposta ?IM! A vida dele importa. A minha vida importa. A sua vida importa e n?deixe ningu?te dizer o contr?o! O mundo ?m lugar diferente porque naquela ?ca (antes de 1973 nos EUA) era ilegal a minha m?me abortar. A sua vida ?iferente porque ela n?p?me abortar legalmente e porque voc?st?entado aqui lendo as minhas palavras hoje! Mas voc??tem que atrair plat?s pra que a sua vida tenha import?ia. H?oisas que fazem falta a todos n?qui hoje por causa das gera?s que foram abortadas e isso importa. Umas das melhores coisas que eu aprendi ?ue o estuprador NÏ ?eu criador, como algumas pessoas queriam que eu acreditasse. Meu valor e identidade n?s?determinados por eu ser o resultado de um estupro, mas por ser uma filha de Deus. O Salmo 68, 5-6 declara: Pai dos ?os... no seu templo santo Deus habita. D? Senhor um lar ao sem-fam?a. E o Salmo 27, 10 nos diz: Mesmo se pai e m?me abandonassem, o Senhor me acolheria. Eu sei que n?h?enhum estigma em ser adotado. O Novo Testamento nos diz que ?o esp?to de ado? que n?omos chamados a ser filhos de Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Sendo assim, Ele deve ter pensado na ado? como s?olo do amor dEle por n? E o mais importante ?ue eu aprendi, poderei ensinar aos meus filhos e ensino aos outros que o seu valor n??edido pelas circunst?ias da sua concep?, seus pais, seus irm?, seu parceiro, sua casa, suas roupas, sua apar?ia, seu QI, suas notas, seus ?ices, seu dinheiro, sua profiss? seus sucessos e fracassos ou pelas suas habilidades ou dificuldades. Essas s?as mentiras que s?perpetuadas na sociedade. De fato, muitos palestrantes motivacionais falam para suas plat?s que se elas fizerem algo importante e atingirem certos padr?sociais, ent?elas tamb?poder?ser algu? Mas o fato ?ue ningu?conseguiria atingir todos esses padr?rid?los e muitas pessoas falhariam. Isso significa que elas n?s?algu?ou que elas s?ningu? A verdade ?ue voc??tem que provar o seu valor a ningu?e se voc?uiser realmente saber qual ? seu valor, tudo o que precisa fazer ?lhar para a Cruz, pois este ? pre?que foi pago pela sua vida! Esse ? valor infinito que Deus colocou na sua vida! Para Ele voc?ale muito e para mim tamb? Que tal se juntar a mim para tamb?proclamar o valor dos outros com palavras e a?s? Para aqueles que dizem bem, eu n?acredito em Deus e n?acredito na B?ia, ent?sou a favor da livre escolha de abortar ou n? por favor, leia meu artigo O direito da crian?de n?ser injustamente morta – uma abordagem da filosofia do direito. Eu garanto que valer? seu tempo. Fonte: www.rebeccakiessling.com Divulga?: www.juliosevero.com