• Roberto Fendt
  • 27/02/2009
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HAMLET EM FURNAS

Que havia algo de podre no reino da Dinamarca, todo mundo sabia — menos o pr?ipe Hamlet. Por aqui, vivemos trag?a semelhante. J?abemos que algo de podre no reino Brasilis; o problema ?ue n?sabemos quanto de podre h? Algumas pessoas parecem saber mais que outras. O senhor ministro de minas e energia, nos diz, segundo O Globo de hoje, que os atuais diretores da Funda? Real Grandeza, “alteraram o estatuto para ampliar o mandato por um ano. E poderiam ser reeleitos, mas os pr?os n?poderiam? Isso ?ma bandidagem completa”. E completou: “Esse pessoal est?evoltado porque n?quer perder a boca. O que eles querem ?azer uma grande safadeza”. Na outra ponta dessa hist?, o presidente Lula mandou adiar a mudan?na diretoria da Funda?. Segundo se diz, o senhor presidente teria sido pressionado pelos sindicatos das estatais do setor el?ico a n?mexer na diretoria da Real Grandeza, mantendo a atual diretoria, a mesma que, segundo o ministro Lob? pretende “fazer uma grande safadeza”. Est?erto o ministro ou os sindicatos? Ser?ue o destino a ser dado a um patrim? de 6,3 bilh?de reais tem algo a ver com o peixe, ou trata-se t?somente — como se depreende das palavras do senhor ministro — de uma tentativa da atual diretoria de “n?perder a boca”? Onde estaria a boca da atual diretoria? A pe?deve continuar nos pr?os atos. Os atores — a diretoria que n?quer perder a boca, o ministro que a acusa de grande safadeza e os sindicatos que pressionam pela manuten? da diretoria — continuar?representado seus pap? para n?ue, da plat?, apenas assistimos a mais um degradante espet?lo, misto de farsa e com?a amarga, sustentada com nosso suado dinheiro. * Vice-presidente do IL