• Gilberto Dimenstein, na Folha
  • 21/01/2009
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O ministro e a mentira do emprego

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, transformou seu cargo, no ano passado, numa festa de boas not?as. Periodicamente, ele mostrava, orgulhoso, o aumento do emprego e seus recordes, como se fossem uma obra do governo --o que, significava, por tabela, tamb?sua vit? pessoal. O que ?obviamente, uma ilus?de marketing. A ilus?aparece agora quando diminuiu, para dizer o m?mo, a festa dos an?os. Qual ?gora a rea? do ministro? Culpar as empresas. Ele defende que, em troca de apoio oficial, as empresas se comprometam a n?demitir. O governo era respons?l pela boa not?a, mas nada tem a ver com a m?ot?a. Assim como as empresas n?eram moralmente boas porque contratavam --fazem isso porque contratar significa mais lucros -, elas n?demitem porque s?ruins, mas apenas porque precisam balan? suas contas. Uma das melhores posi?s que o governo poderia ter para garantir o emprego, al?de gastar menos e melhor para reduzir impostos e sobrar mais recursos ao investimento, era defender a flexibiliza? das leis trabalhistas. O que garante emprego ? crescimento econ?o combinado com a melhoria da educa? --e o que garante isso ? est?lo ao empreendedorismo e inova?. O resto ?lus? como os an?os do ministro.