• Márcio Luís Chila Freyesleben
  • 17/02/2009
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O POLITICAMENTE CORRETO: A GUERRILHA CULTURAL COMUNISTA - Enviado pelo autor

H?lgum tempo, o Governo Federal tentou implantar a cartilha do politicamente correto. Ser politicamente correto significaria empregar linguagem livre de discrimina?, de modo a evitar ofensa a pessoas ou grupos, por conta de ra? credo, sexualidade, etc. Pela regra do politicamente correto, n?se diz negro, mas sim afrodescendente; n?se diz Direitos Naturais do Homem, mas sim Direitos Humanos. S?recriminadas palavras do tipo judiar (derivada de judeu), denegrir (derivada de negro) e, segundo a cartilha lulista, o voc?lo comunista deveria ser evitado (Niermayer quis esgoelar o Lula) . A cartilha, ?laro, n?emplacou, e foi recolhida ao almoxarifado. Mas a moda do politicamente correto continua a fazer estragos pela Na? afora. Poucos sabem que a ideia do politicamente correto teve origem em Karl Marx. O Manifesto Comunista, escrito por Marx no s? XIX, possu? duas linhas: o marxismo econ?o, que pregava que a hist? ?eterminada pelos grupos detentores dos meios de produ?; e o marxismo cultural, que pregava a ideia de que a hist? ?eterminada pelos grupos detentores do poder (o marxismo cultural ? semente do politicamente correto). O marxismo cultural, assim como marxismo econ?o, pregavam que a hist? da sociedade ?arcada pela luta de classes. A sociedade seria composta por dois grupos antag?os: os burgueses e os prolet?os. Os burgueses disporiam dos meios de produ? (fabricas, m?inas, recursos econ?os), com os quais oprimiriam a classe prolet?a. A sociedade, portanto, seria composta de opressores e de oprimidos; estes seriam v?mas daqueles. Sendo assim, os marxistas chegaram ?onclus?manique?a de que os trabalhadores s?sempre bons e de que a burguesia ?invariavelmente m?Haveria, na sociedade, grupos bons e grupos maus. Os opressores seriam sempre maus e os oprimidos, sempre bons, independentemente do que fizessem. Durante a Contrarrevolu? de 64, por exemplo, os militares impediram que terroristas subversivos implantassem no Brasil o comunismo. Hoje, no entanto, os militares s?maus e os terroristas s?bons. O marxismo econ?o pregava a tomada do poder pela for? enquanto o marxismo cultural, a partir de estudos e teorias desenvolvidas ao longo da primeira metade do s?lo passado, pregava o desconstrucionismo, que consistiria na desconstru? dos textos hist?os, filis?os e liter?os, com a finalidade de desestruturar (distorcer) as id?s e valores at?nt?estabelecidos. Por exemplo, a an?se desconstrucionista da Contrarrevolu? de 64 permitiu ?squerda brasileira afirmar que os militares perseguiram pessoas que lutavam pela democracia e pela liberdade, assim subvertendo a verdade, pois qualquer pessoa com um m?mo de honestidade intelectual sabe que aqueles indiv?os eram terrorista que lutavam pelo comunismo, regime que despreza a democracia e a liberdade. Fazem isso porque, para o marxismo cultural, a hist? resume-se ?n?se das lutas de classes: luta dos bons contra os maus. Para eles, a Contrarrevolu? foi um Golpe Militar. O marxismo cultural culminou impondo o relativismo moral como filosofia, subvertendo os valores da sociedade tradicional. ?a doutrina do politicamente correto que transforma um assassino com Che Guevara em her??la que faz com que Fidel Castro, um assassino psicopata, seja venerado por pol?cos, intelectuais e artistas famosos. A relativiza? moral invade a televis?(as novelas principalmente), a imprensa, a escola, a arte, e os homens de bem perdem a capacidade de dizer a verdade. O politicamente correto ? ferramenta com a qual se pretende destruir as bases da civiliza? ocidental: a f?rist?o direito romano e a filosofia grega; bases sem as quais o homem n?se reconhece. Quando isso acontece, a mentira triunfa. Em 1917, com a revolu? Russa, os marxistas da linha econ?a chegaram ao poder, fato que gerou grandes expectativas ao marxistas europeus e findou por relegar a segundo plano o marxismo cultural. Com o passar do tempo, verificou-se que o marxismo n?conseguia implantar-se na Europa. Ide?os como Gramsci conclu?m que os trabalhadores europeus n?aderiam ?uta de classes porque eram muito apegados aos valores culturais, ?eligi?crist?rincipalmente. Foi, ent? que o marxismo cultural ressurgiu. Com o marxismo cultural seria poss?l destruir os valores europeus, que era a causa do fracasso marxista no Velho Continente. A Escola de Frankfurt encampou a teoria do marxismo cultural e criou a Teoria Cr?ca para difundir o comunismo na Europa. Muitos consideram a Escola de Frankfurt o ber?do politicamente correto. O marxismo dos frankfurtianos era desalinhado com o marxismo-leninista (marxismo de Moscou). Os frankfurtianos desprezavam os achados econ?os de Marx e os estratagemas da burocracia bolchevista; eles preferiam investir tempo e dinheiro na teoria da aliena? (a sociedade capitalista transforma o homem em mercadoria, em coisa, perdendo a consci?ia de si); Teodor Adorno (1903-1969) dizia que Hollywood era a pr?a fonte da aliena? [mais tarde, Hollywood transformar-se-ia em base dos marxistas culturais: vide o c?o venona]. Com a Escola de Frankfurt, o marxismo cultural passa para o primeiro plano. A Escola une o marxismo cultural ?ideias da psicanalise de Freud [a repress?do indiv?o (Freud) decorria da opress? capitalista (Marx)], e elege a cultura como instrumento de luta pelo poder. Nasce a guerrilha cultural, em substitui? ?uta armada dos leninistas. Surge a Teoria Cr?ca e consolida-se a doutrina do politicamente correto. Para levar a cabo sua empreitada, a Teoria Cr?ca critica tudo. Pode-se dizer, resumidamente, que ela critica os valores da sociedade capitalista: a fam?a, a religi? a moral, a propriedade, etc. N?s?cr?cas construtivas, pois, como eu disse, eles desejavam desconstruir, isto ? subverter os valores que impedem a implanta? do marxismo. Seu modo de operar ?ngenhoso. Entidades civis (associa?s, funda?s, ongs em geral), normalmente financiadas com o dinheiro p?co ou beneficiadas com imunidades e isen?s fiscais, assumem a defesa de grupos oprimidos (os invariavelmente bons de que falei acima). Gays, feministas, quilombolas, sem-terra, sem-teto, sem-trabalho, sem-terra-ind?na-demarcada, sem-ju? (magistrados do F? Mundial de Ju?s) e demais esp?mes sem-par do g?ro sem-vergonha, constituem o p?co dileto dos adeptos da Teoria Cr?ca da Escola de Frankfurt, os politicamente corretos. Nos anos trinta do s?lo passado, o frankfurtiano Herbert Marcuse (foi ele que cunhou a express?fa?amor n?fa?a guerra) criou a no? de toler?ia repressiva: tudo que viesse da direta deveria ser reprimido; tudo que viesse da esquerda deveria ser apoiado pelo Estado. Marcuse ?onsiderado o pai do politicamente correto moderno, que passou a ser o instrumento da guerrilha cultural, com a qual se pretende implantar o marxismo, a sociedade totalit?a. Quando se trata do politicamente correto, cessa tudo que a antiga musa canta. A hist? ?eescrita de acordo com os valores da esquerda. N?s?so. Qualquer express?que possa ser ofensiva aos grupos oprimidos, deve ser substitu? por outras politicamente corretas. No passado, a Escola de Frankfurt, sob a ?de do politicamente correto, forneceu as bases ideol?as do fen?o hippie; na atualidade, fomenta a a? dos eco-terroristas, dos movimentos gays, da uni?homossexual, da libera? das drogas, da descriminaliza? do aborto, e de uma infinidade de valores minorit?os, com a exclusiva finalidade de destruir os valores da civiliza? capitalista, em particular Deus, P?ia e Fam?a. Nos anos 60 e 70, a influ?ia dos frankfurtianos perdeu for?com o advento da revolu? cubana, dos movimentos de liberta? na frica e a revolta estudantil francesa de 1968. No Brasil, as For? Armadas impediram os comunistas de tomar o poder, em 1964. Tais fatos reacenderam nas esquerdas do mundo todo o sonho da luta armada. Retorna ao primeiro plano o marxismo econ?o. No Brasil, os comunistas deram in?o ao confronto armado. Com a estrondosa derrota dos comunistas no Brasil e com a queda do Muro de Berlim, o marxismo cultural retorna ao primeiro plano, agora, por? com uma vantagem: a queda do Muro de Berlim criou em todos a falsa impress?de que, com o muro, ca? por terra o pr?o comunismo. Nesse sentido, a queda do Muro de Berlim funcionou como um verdadeiro Cavalo de Tr? enquanto a direita dorme de esp?to desarmado, a esquerda, travestida de socialista do s?lo XXI, campeia livre, implantando a guerrilha cultural. Em suma: os comunistas mudaram de front. A guerrilha cultural est?m franca atividade, e ningu?percebe Ali? voc??eve a curiosidade de consultar os livros did?cos de seu filho? Voc??eu o livro de Hist? que a escola dele indicou? Hummm!!!!!!!!!! * Procurador de Justi? Minist?o P?co, Minas Gerais