• Percival Puggina
  • 08/03/2009
  • Compartilhe:

“MORTE AO BISPO!”

No Brasil e em diversos lugares onde ainda persistem restri?s ao aborto, o Dia Internacional da Mulher foi assinalado por passeatas e manifesta?s favor?is ?ua legaliza?. Esse pol?co tema, sem d?a, ? que mais claramente define sobre quais bases morais uma sociedade deseja situar-se. Sou contra o aborto porque, com robusta base cient?ca e filos?a, sei que a vida do embri?e do feto ?ida humana distinta da vida da m?e que nenhum direito pode prevalecer contra o direito ?ida de um ser humano inocente. Ponto. Embora cat?o e conhecedor da doutrina da Igreja sobre o assunto, tenho-a como totalmente dispens?l para fundar minha convic? como cidad? Ali? a orienta? da Igreja sobre o tema mudou acompanhando a Ci?ia. Foi ela, a Ci?ia, foram os m?cos, foram os embriologistas que informaram ser humana a vida do embri?e do feto. A posi? da lei brasileira ?lara e boa: a) o aborto ?rime; b) esse crime s?o implica penaliza? em caso de gravidez decorrente de estupro ou que ponha em risco a vida da m? N?preciso mencionar aqui os atropelos administrativos e legais praticados no Brasil com portarias que violentaram o crime de estupro com o objetivo de favorecer o aborto, fazendo com que, para sua realiza?, seja suficiente a declara? da v?ma. ?como emitir-se norma dispensando a per?a para o pagamento de indeniza? a v?mas de inc?io com danos materiais. Falou, est?alado. Os defensores do aborto tentam fazer chover para cima. Usam sofismas berrantes e sustentam, com o ar mais s?o do mundo, tolices que constrangeriam um ruminante. Assim, por exemplo, uma desembargadora ga? aposentada declarou outro dia, num debate de tev?que “se a lei n?penaliza o aborto em certas condi?s, ent?ela o autoriza”. At? parafuso que sustenta o quadro instalado na minha parede, ao lado do aparelho de TV, balan? a cabe?em reprova?. Se n?penalizar for o mesmo que autorizar, ent? doutora, a lei brasileira autoriza o crime de menor! Ora bolas! O que a lei brasileira faz, mesmo reconhecendo a natureza sempre criminosa do ato, ?evar em conta, nesses dois casos, que suas condicionantes s?t?graves que a condena? criminal seria uma viol?ia inaceit?l. O caso da menina pernambucana potencializa todas essas condi?s: a v?ma do estupro tem nove aninhos, o estuprador era seu padrasto e a gravidez, para agravar ainda mais o quadro, era de g?os. Temos a?m criminoso que deveria passar o resto da vida atr?das grades, para nunca mais chegar perto de uma crian?e uma m?correspons?l pela inomin?l viol?ia praticada contra sua filha, porque, ou ela sabia o que estava acontecendo ou tinha a obriga? de saber o que estava acontecendo. Mas quem vem sendo execrado perante a opini?p?ca? O bispo, que simplesmente enunciou um princ?o, tornando clara uma pena espiritual que os pr?os envolvidos se autoaplicaram e ?ual n?parecem atribuir maior import?ia. “Morte ao bispo!” clama, quase un?ona, a m?a internacional. Um tarado, uma m?com muito a explicar a respeito do que acontecia sob seu teto, mas o monstro da hist? ?.. o bispo. Atravessamos o border line da esquizofrenia social. Vivemos numa sociedade que jogou os valores morais no lix?de suas pr?as desordens e libertinagem. Ela n?mais aceita que algu?insinue que existe o certo e o errado, o bem e o mal, a verdade e a mentira. O certo, o bem e a verdade s?impronunci?is porque implicam coisas t?infames quanto exame de consci?ia, ju? moral, sentimento de culpa, arrependimento, perd?e repara?. Estamos construindo um mundo sem essas coisas e aparece um bispo para estuprar nossa insensibilidade! Moral ?oisa que s? cobra de pol?cos, n??esmo?