• Alex Pipkin, PhD
  • 03/02/2024
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A hipocrisia “franciscana” das desigualdades


Alex Pipkin, PhD 

       Não, meus caros amigos. Definitivamente, não se trata de se esconder por detrás do escudo de ataques puramente “ad hominem”. É, objetivamente, a lógica da realidade. Ou seja, dos fatos como esses efetivamente são.

Não irei adentrar a estatística, até porque nesta “nova era” de “nova sciençia”, torturam-se os dados a fim de demonstrar o que interessa e se deseja. É, de maneira singela, aquilo que realmente constato, vendo com meus próprios olhos o que os apologistas da igualdade social, os coletivistas, os socialistas de iPhone, fazem, na realidade pragmática. Nada mais inequívoco do que o “faço o que eu digo, mas não faça o que eu faço”.

Como um liberal, não tenho nada que me meter na vida dos outros. Cada um, por meio de sua consciência e razão, faz aquilo que quiser. O que me toca, invade-me e me encoleriza, é a hipocrisia, a mentira, a contradição, a dissimulação e a enganosa demonstração de - falsas - virtudes. Só se vê isso!

Sem nenhuma brecha de dúvida, mais de 90% de amigos e de conhecidos da estirpe coletivista, na mediana, de classe média - claro, alguns nunca leram e/ou sabem o que isso, de fato, significa -, ao nível individual querem ganhar muito dinheiro.

Isso mesmo, lucrar, e gozar de todos os melhores prazeres capitalistas.
Fico me indagando, por que eles não distribuem suas rendas?! Seguramente tem uma sobrinha…

Evidente, a falha argumentação marxista funciona sempre como uma borracha, elástica a exaustação, adaptando-se a retórica de acordo com os fins próprios e, claro, tribais.

É fundamental frisar que, sem dúvidas, sou um capitalista nato. O real sistema capitalista é o mais igualitário possível, não discriminando, nos relacionamentos voluntários e colaborativos nos mercados, homens, mulheres, brancos, negros, jovens, velhos, católicos, judeus… Somente um néscio para crer que no Brasil impera um capitalismo factual.

Aqui temos uma transparente cleptocracia extrativista, comandada pelas elites podres, políticas, empresariais e culturais, do mais alto nível de intervencionismo estatal.

A narrativa coletivista é sempre amoldável e, decerto, sedutora. Agora, o discurso coletivista é o de aturar um “capitalismo consciente e mais igualitário”, incluindo-se o ostensivo desejo por um decrescimento econômico, dos outros!

Posto de outro modo, dividir, redistribuir a riqueza (criada pelos outros), sem riqueza, já que desse modo ela não pode ser gerada, de forma alguma.
Como estudioso do sistema capitalista, devo lembrar que a base do capitalismo é o estímulo a geração de lucro.

Sem a criação de recursos e de novas capacidades não acontecem às inovações, o aumento de produtividade, o surgimento de mais empregos, melhor remunerados, de mais renda, riqueza e prosperidade para todos. Não há mágica, a riqueza nasce por meio de processos, não por decretos.

Outro risível apontamento, é aquele que afirma que eles não são tais quais padres franciscanos, um “waiver” para gozarem das benesses criadas pelo “malvado e explorador sistema capitalista”, que tanto querer exterminar.

A verdade verdadeira é que essa turma hipócrita, que se autointitula “da moral superior”, solidária com as desigualdades sociais, só o faz da boca para fora! Essa “burguesia esquerdista” só está mesmo preocupada com suas necessidades particulares. Ou melhor, com a satisfação de seus ricos desejos individuais. Opa, eles adoram arte!

Eu não fui a Punta del Este. Esse ano não fui. Eu não fui para um condomínio em Xangrilá. Não o possuo. Ah, ontem fui a um badalado e bom restaurante aqui da cidade. Não há nenhum problema nisso.

O que me parece execrável nesses amigos e conhecidos, é a hipocrisia, a incoerência e a notória farsa.

Fica muito feio, pessoal. É realmente desonesto e vergonhoso gritar aos quatro ventos sua nobre preocupação com os outros, com as dores de outrem, quando genuinamente, esses estão mesmo absortos e focados nos seus próprios umbigos.

Aliás, socialista - em especial, da classe média - e luxos e requintes capitalistas, são irmãos siameses. Desculpem-me, mas é impossível suportar esses perjuros!

Ah, mas não se esquecem. Não esquecerão, eles estão sempre exortando nas redes sociais.


São bom-mocistas, moralmente dignos, solidários e humanos. Sim, claro.