Afonso Pires Farias
Eu ouvi perfeitamente o que disse o Sr. Geraldo sobre quem é o Luís. Entendi também muito bem as palavras da Simone sobre o caráter de quem hoje é o seu chefe. O Reinaldo foi além, falou e escreveu sobre o que o Luís fez de mal ao país. Mas, estaria eu louco ou delirando, vendo que o Geraldo se uniu ao mal falado, para participar do que o Reinaldo classificava como nefasto? Será que a Simone se arrependeu, que agora ajuda a repetir tudo aquilo que ela revelou como sendo incorreto?
Se algo está errado, é porque não está certo. Conheço casos de pessoas que reconheceram seus erros, ao entenderem que o que defendiam não era correto. O tempo lhes provou, na prática, não ser viável o que defendiam. Assim é a atitude sensata, aluna do tempo e da experiência. Mas nos casos do Reinaldo, da Simone e do Geraldo não houve qualquer mudança prática do modus operandi daquilo que criticavam com tanta veemência, e a que eles, agora, simplesmente aderiram.
Já o Zé, fiel escudeiro por exemplo, sempre defendeu o Luís. Defendeu, foi seu mentor, e fez de tudo para mantê-lo no poder. Aceitou ser demitido injustamente, ficou preso e nunca deixou de defender as suas ideias. Fez um grande estrago nas hostes que o combatiam. Quase conseguiu implantar no nosso país, o regime que defendia. Felizmente, fracassou. Nunca se aliou a adversário para levar alguma vantagem. Cometia suas irregularidades, por conta e risco de sua própria integridade.
Zé é um verdadeiro soldado da causa, um esteio, ao contrário do Geraldo, da Simone e do Reinaldo que mudaram de lado assim que sentiram o poder se aproximar deles. E com a mesma verve que acusavam, hoje defendem as mesmas ideias, atos e pessoas que antes criticavam. Eu sentiria vergonha de me ver no espelho se fosse assim tão vil.
Mas eles, será que sentem ao menos constrangimento? E se o vento mudar, eles mudarão de novo? Claro que sim.