• Alex Pipkin, PhD
  • 10/10/2022
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Voto na liberdade e no indivíduo

 

Alex Pipin, PhD


Num mundo quimérico como os “progressistas” anseiam, eu gostaria de possuir o dom da oratória, para que fosse possível reunir outros assim, disseminar as ideias e as concepções progressistas de fato, aquelas que comprovadamente funcionam trazer a prosperidade para todos!

Em primeiro lugar, progressistas são aqueles que com visão liberal, ou seja, os que desejam um Estado necessário, tirando o protagonismo de políticos que regulam a vida das pessoas e dos mercados, querem arrancar esses das costas dos criadores de riqueza, permitindo que as próprias pessoas possam livremente buscar seus interesses individuais por meio de relacionamentos voluntários e colaborativos com outros.

No entanto, não tenho a presunção de que seria capaz de espraiar a benção.

É horripilante ver uma parte do país que quer a volta de um ladrão de corações, mentes e bolsos. Ao mesmo tempo, natural…

Eu nunca seria capaz de votar - abstendo-se do principal, a completa ruptura do código moral - num vigarista que maquiavelicamente quer o aumento do Estado e do intervencionismo estatal a fim de roubar e enganar o povaréu, tudo em nome da narrativa da justiça social.

Eu nunca seria capaz de votar num simulacro da bondade divina. A lógica que não tem lógica é dar mais dinheiro para os pobres, sob a rubrica da redistribuição, sem compreender que mais dinheiro nas mãos da sociedade, sem uma oferta com produção pujante, desenvolvida e inovadora, deixa de criar riqueza, valor e prosperidade, ocasionando mais inflação, juros altos e pobreza.

Eu nunca seria capaz de votar em um sujeito que se lambeu e corrompeu com o dinheiro público, e que agora quer acabar com o teto e a estabilidade fiscal, para voltar à farra com o dinheiro do contribuinte e ludibriar o povaréu com migalhas. Não se trata de desejar o aumento sadio dos investimentos públicos e de iniciativas para a inovação.

Além disso, como liberal, sou cético em relação aos “investimentos governamentais”, sendo de singela compreensão: vejam o investimento dos governos petistas no polo naval, analisem orçamento versus ocorrido em relação às obras do PAC - Paquiderme -, em que grande parte ficou - linda - no papel. São os tais investimentos do governo!

Eu nunca votaria num governo político e ideológico que quase sempre não tem alguma experiência técnica privada, e que, a exemplo dessa esfera, também tem como objetivo reduzir sua estrutura inútil e gastos correspondentes. A lógica, novamente, é não ter lógica e aumentar os gastos - inúteis - governamentais.

Eu nunca seria capaz de votar, similarmente, num governo que mente ao falar da poderosa alavanca educação e ensino. No tocante a educação, impera não a liberdade, mas a libertinagem, no ensino, por sua vez, não faltam recursos, qualquer cidadão com discernimento enxerga que o foco é míope, escasso nas disciplinas duras de português, matemática e ciências, e aos novos desafios que os estudantes encaram na economia digital. É urgente o foco em cursos profissionalizantes. As “elites progressistas” nacionais impedem a necessária transformação e, evidente, o país continuará sendo a vanguarda do atraso educacional.

Muito embora tudo isso, parte da população está hipnotizada. A narrativa é de que o Capitão é autoritário, autoritarismo esse, no entanto, desprovido de fatos. Na verdade, isso é desimportante, se não estiver no meu campo ideológico, “não quero nem saber”.

Portanto, essa parte da população, intelectualmente despreparada, socialmente insegura, está à espera do salvador da pátria.

Lamentável.

Eu nunca votaria num megalomaníaco autoritário, o “democrata” apoiador de ditaduras que deseja regular a mídia, mas nem é preciso…

Enfim, eu sempre irei apoiar os progressistas genuínos, defensores da liberdade e da ênfase no indivíduo, ao invés dos hipócritas do coletivismo.