• Paulo Briguet
  • 04/02/2016
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A MORTE DO PT

 

(Publicado originalmente em http://www.folhadelondrina.com.br/blogs/paulo-briguet)

Venho por meio desta informar-lhes que o Partido dos Trabalhadores faleceu neste domingo, 2 de outubro de 2016, após 36 anos de uma existência dedicada a fazer tudo que fosse necessário para chegar ao poder e conservá-lo indefinidamente. Morreu de morte matada, mas por legítima defesa. Os eleitores de todas as principais cidades do Brasil negaram-lhe sobrevida, com exceção de Rio Branco, capital do Acre, que assim reforça a lenda de que esse Estado da federação não existe.

Em Londrina, a morte política do PT foi nada menos do que acachapante. O candidato do partido recebeu 1% dos votos, numa cidade que já elegeu prefeitos petistas em três ocasiões e foi o berço político de algumas das principais lideranças petistas no País, tais como Gilberto Carvalho, Paulo Bernardo, Márcia Lopes e André Vargas. As linhas auxiliares do PSOL e da Rede também tiveram aqui votações humilhantes. Não foi apenas o PT que morreu em Londrina, foi a esquerda: nem um só vereador eleito pertence às hostes autodenominadas "progressistas".

O triste fim do PT de Londrina foi praticar "voto útil" no candidato Marcelo Belinati (PT), eleito em primeiro turno. Não foram um nem dois os petistas que resolveram votar em Belinati, cristianizando o pobre Odarlone; foram milhares. Mais um capítulo na história do belinato-petismo.

Winston Churchill dizia que a diferença entre a guerra e a política é que na guerra se morre uma vez só; na política, várias vezes. O PT está morto, mas pode renascer, inclusive sob outros nomes. É uma velha característica da esquerda, que não segue os critérios lógico-formais, mas histórico-dialéticos: diante das derrotas que parecem mais insuperáveis, ganham nomes, roupagens e discursos novos. Não era por acaso que Stálin possuía tantos codinomes (mais de 50).

Mas isso não é tudo. Escorraçados pelas urnas, golpeados pela vontade popular, os esquerdistas agora se dedicarão a uma das atividades em que são mais competentes: a luta clandestina, subterrânea, obscura. Utilizarão para tanto as suas amplas redes de militantes e simpatizantes na mídia, nas igrejas e principalmente nas escolas e universidades. Sindicatos, movimentos sociais, conselhos "populares" e ONGs serão também importantíssimas frentes de batalha na luta da esquerda para ressurgir mais forte e mais perigosa. Fiquem atentos, principalmente aos engenheiros sociais e militantes travestidos de professores que desejam cooptar nossos filhos para essa guerra suja.

Como eles gostam de dizer, a luta continua.