• Gilberto Simões Pires
  • 22/09/2014
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O VOTO É FACULTATIVO

O VOTO É FACULTATIVO!
Gilberto Simões Pires


  Na semana passada, quando destinei vários editoriais a respeito da nossa DEMOCRACIA FAZ-DE-CONTA, citei que, para começar uma eventual REFORMA ELEITORAL a primeira atitude a ser tomada deveria ser a revogação da lei que impõe o VOTO OBRIGATÓRIO.

  Pois, o que me deixou perplexo é que alguns leitores me escreveram dizendo não concordar com a existência do VOTO FACULTATIVO.
Esses poucos se dizem convencidos de que o fim do voto obrigatório seria altamente benéfico ao PT, porque a partir daí a maioria dos eleitores deixaria de comparecer às urnas para ir à praia ou mesmo descansar. Já os petistas, por serem mais fiéis ao seu partido, não deixariam de votar.

 Ora, antes de tudo, como defensor da LIBERDADE faço questão de afirmar e reafirmar que sou absolutamente contra o VOTO OBRIGATÓRIO. Em qualquer país que se diz democrático não é compreensível que o ato de votar deva ser um DEVER e não um DIREITO de qualquer cidadão.

  Pois, mesmo que muitos se manifestem a favor do VOTO OBRIGATÓRIO no nosso pobre país, e outros tantos entendem, inclusive, que a obrigação de votar é necessária, quero que saibam que tudo isso não passa de uma grande ilusão.

  ATENÇÃO! O que existe, de fato, no nosso pobre país, não é a obrigação de votar, mas tão somente a obrigação de JUSTIFICAR o não comparecimento às urnas.

  Para comprovar desta verdade -absoluta- observem, por exemplo, que só na última eleição para presidente do país (em 2010), a quantidade de brasileiros que não apareceu para votar chegou a 29,1 milhões.
Ou seja, 21,50% dos eleitores, simplesmente não compareceram nas suas zonas eleitorais.

  Isto prova, por A+B, que o VOTO NÃO É OBRIGATÓRIO no Brasil. De novo: a OBRIGAÇÃO É JUSTIFICAR O NÃO COMPARECIMENTO.

Mais: o eleitor pode JUSTIFICAR até 60 dias após o pleito, entregando o requerimento preenchido em qualquer cartório eleitoral, ou enviá-lo VIA POSTAL ao juiz da zona eleitoral onde é inscrito.
Ora, diante desta pura realidade só resta acabar de vez com a absurda JUSTIFICATIVA. Certo?
 

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