• Leonardo Faccioni
  • 03/12/2022
  • Compartilhe:

Seita apocalíptica do Carbono Zero

 

Leonardo Faccioni

        Costuma-se responsabilizar as condições draconianas impostas à Alemanha pela Entente, quando do armistício da Primeira Guerra, pela miséria caótica que fomentaria a revolta mais tarde catalisada no nacional socialismo.

Políticos, isso é, teriam criado uma condição de escassez artificial insuportável ao ponto de enlouquecer a população do país afetado.

Na atual histeria climática, novas medidas de escassez artificial estão a ser implantadas e já surtem efeito, por exemplo, na redução da oferta de alimentos e energia, com aumento de custos e ameaças de indisponibilidade crítica ao inverno europeu.

O contexto para isso estava dado pelas chamadas políticas de ESG e pelo mirabolante mercado de carbono, antes ainda de um problema real – a guerra da Ucrânia – precipitar suas consequências.

De fato, poderemos experimentar em escala global uma nova versão do arrocho voluntarista que, em tese, asfixiou a República de Weimar. Dessa vez, em lugar de um abuso internacional, teremos um suicídio econômico coletivo pelas elites que a seita apocalíptica do carbono zero* cooptou.

* Carbono zero para a plebe, é claro. Esta ficará em home office, presa ao metaverso, mendigando créditos sociais para ao menos receber sua proteína de insetos, dados o custo proibitivo da carne e a eliminação de veículos privados. Enquanto isso, prosseguirão os encontros de estadistas em jatinhos particulares para salvar o mundo, com picanha e Veuve-Clicquot.