• 21/10/2022
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Estão quebrando nossa janela!

 

Percival Puggina

 

Leio no Canal de Ciências Criminais

"A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o rompimento de cadeado e a destruição de fechadura de portas da casa da vítima, com o intuito de, mediante uso de arma de fogo, efetuar subtração patrimonial da residência, configuram meros atos preparatórios que impedem a condenação por tentativa de roubo circunstanciado."

(Íntegra aqui)

Comento

Como em quase tudo mais, a sociedade quer ir para um lado e os poderes de estado empurram a vida para outro. O povo quer segurança e criminoso na cadeia, mas o Judiciário (e frequentemente o Legislativo) proporcionam garantias de impunidade, inibem a percussão criminal, põem a lupa sobre a polícia e olham o crime com telescópio.

Nenhuma dessas bizarrices contemporâneas fala originalmente em língua portuguesa. De modo geral, o que temos aqui é traduzido do inglês e já está em prática no lado burro do mundo civilizado.

Na Califórnia, reina o caos na segurança pública e na atividade comercial após a aprovação, por referendo popular, de uma lei que não criminaliza roubos de bens cujo valor não excedam 950 USD. Se o policial for chamado para atender uma “situation” como essa, vai proporcionar ao gatuno um “warning” (advertência). Resultado: onde é a insegurança que tem proteção, quem precisa de segurança vai embora.

Em Nova Iorque, foi-se o tempo de Rudolph Giuliani e da política de Tolerância Zero, fundamentada na teoria das “janelas quebradas”. As políticas de esquerda trouxeram a criminalidade de volta às ruas da grande metrópole do Ocidente.

Observação final

O Brasil, no dia 2, concedeu ampla maioria aos partidos que expressam preocupação com os bens materiais e imateriais da sociedade. Estes, como todos sabem, estão sendo cotidianamente afrontados por excessivas ações e excessivas omissões dos nossos poderes Legislativo e Judiciário. Dia 30 vem aí. Pense muito bem antes de votar ou de decidir referendar o caos.