• 19/11/2014
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DUQUE MANTÉM "FORTUNA EM CONTAS SECRETAS" NO EXTERIOR, DIZ JUIZ

Por André Guilherme Vieira e Ricardo Gozzi | Valor

 

CURITIBA - Ao converter em preventivas as prisões temporárias de dois executivos da Camargo Corrêa, dois da OAS um da UTC e do ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, que expirariam na terça-feira, o juiz das ações penais da Lava-Jato atribuiu ao ex-funcionário da estatal uma "verdadeira fortuna em contas secretas mantidas no exterior, com a diferença de que os valores ainda não foram bloqueados, nem houve compromisso de devolução", destacou Sergio Moro.


"Dispondo de fortuna no exterior e mantendo-a oculta, em contas secretas, é evidente que [Duque] não pretende se submeter à sanção penal no caso de condenação", disse. "Corre-se, sem a preventiva, o risco do investigado tornar-se foragido e ainda fruir de fortuna criminosa, retirada dos cofres públicos e mantida no exterior, fora do alcance das autoridades públicas", justificou.


Moro escreveu na decisão que os crimes narrados no processo "retratam uma empreitada delituosa comum, com a formação do cartel de empreiteiras, as frustrações das licitações, a lavagem de dinheiro, o pagamento de propina a agentes da Petrobras e as fraudes documentais".