No último domingo, o programa Fantástico exibiu matéria sobre o trabalho de uma jornalista francesa que se infiltrou na região conflagrada pelo ISIS. Com uma câmera escondida nas vestes ela filmou cenas que não deixam dúvidas sobre o fato de que os militantes do ISIS são (conclusões minhas):
• em primeiro lugar homicidas, sem qualquer respeito pela vida humana;
• em segundo lugar, bandidos vulgares que praticam sequestro por dinheiro;
• em terceiro lugar fanáticos religiosos, habilmente conduzidos para a violência;
• em quarto lugar desajustados sociais;
• em quinto lugar terroristas estimulado por sentimentos de superioridade que urge ser exercida e reconhecida, e desejosos, por isso, de acesso ao poder político no califado e aos bens materiais do Ocidente, através das armas.
Essa é uma combinação realmente explosiva. A infiltração de tais elementos no Ocidente, como "lobos solitários" - assim os designa a jornalista - para cooptar outros militantes e os enviar à formação e ao treinamento no ISIS, aponta para um cenário assustador (leia isto).
Em discurso que fez no dia 10 de setembro do ano passado, Obama declarou: "Agora deixemos claras duas coisas. ISIL (o mesmo que ISIS, conforme usamos no Brasil) não é islâmico. Nenhuma religião aprova a matança de inocentes. E a vasta maioria das vítimas do ISIL têm sido muçulmana. E ISIL não é um Estado". De fato, o ISIS não é um Estado pois não tem qualquer reconhecimento internacional ou do povo subjugado. Mas o ISIS é jihadista, sim. Por isso, e só por isso, infiltra-se no Ocidente que, afinal, é onde vivem os "infiéis" que precisam ser submetidos ou eliminados.
Vê-los treinando artes marciais numa praça de subúrbio parisiense prefigura o que vai acontecer num horizonte não distante se medidas de contenção e repressão não forem tomadas.