• Diário de Cuba
  • 12/07/2023
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O Parlamento Europeu pede sanções para Díaz-Canel

 

Diário de Cuba

        A Eurocâmara exigiu a libertação dos presos políticos da ilha e pediu a suspensão do acordo da União Europeia com Havana se as violações dos direitos humanos não cessarem.

O Parlamento Europeu condenou na quarta-feira as sistemáticas violações e abusos dos direitos humanos em Cuba e o regime respondeu que a entidade europeia "carece de autoridade para julgar Cuba".

Com 359 votos a favor, 226 contra e 50 abstenções, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução instando as autoridades cubanas a pôr fim à política de repressão, que se intensificou nos últimos tempos. Os eurodeputados apelaram à libertação imediata e incondicional de todos os detidos apenas pelo exercício dos seus direitos humanos, à retirada das acusações criminais abusivas e ao regresso à ilha dos exilados, informou o próprio parlamento no seu site.

O texto lembra que o Acordo de Diálogo Político e Cooperação (ADPC) entre a UE e o governo cubano inclui uma cláusula de direitos humanos e que, em caso de violação, o Acordo pode ser suspenso. Os eurodeputados enfatizaram que a crise dos direitos humanos em Cuba deve encontrar "uma resposta proporcional da União e dos Estados-Membros".

Exigiam, portanto, uma firme e pública condenação da repressão e uma intensificação do apoio aos representantes da sociedade civil.

A Câmara também instou o Conselho Europeu a adotar sanções contra os responsáveis pelas persistentes violações dos direitos humanos em Cuba. Essas sanções começariam com Miguel Díaz-Canel, como figura proeminente na cadeia de comando das forças de segurança cubanas, junto com outros altos funcionários do governo cubano.

O Parlamento Europeu considerou que a cúpula UE-CELAC (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caraíbas), a realizar nos dias 17 e 18 de julho em Bruxelas, é uma oportunidade para defender os princípios do Estado de direito, da democracia e dos direitos humanos. Na opinião dos eurodeputados, os regimes autocráticos não devem participar nestes encontros entre países que partilham valores democráticos e respeitam os direitos humanos. Os parlamentares encorajaram os líderes europeus a emitir uma declaração exigindo o respeito aos direitos humanos em ambas as regiões, dando especial atenção à situação em Cuba.

*        https://diariodecuba.com/cuba/1689173383_48462.html