• 05/02/2015
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OPOSIÇÃO MOSTRA A SUA FORÇA

Logo após a eleição de outubro, gravei um vídeo dizendo que o próximo Congresso seria diferente e (coisa rara) melhor do que o precedente. Disse que haveria um número maior de parlamentares qualificados e sem compromisso fechado com a base do governo, mesmo pertencendo a partidos que participam do apoio a Dilma.

A eleição do deputado Eduardo Cunha, a comemoração de sua vitória por inúmeros deputados que já integraram a Base, são fatos que confirmam minha opinião e dão claros sinais de uma alteração das forças políticas no plenário da Câmara dos Deputados.

Novidades já ocorreram. Diversas portas se fecharam ao petismo. Se isso pouco se refletiu no Senado, continuo crendo que seja questão de tempo.

O povo virá para a rua, nos próximos meses. A reforma política sonhada pelo PT, pela OAB e pela CNBB (é tudo a mesma coisa), já foi para o saco das inutilidades. E a CPI da Petrobras foi aprovada contra a vontade do governo, mas de modo incontestável. São os primeiros passos para o cerco ao governo Dilma.

A matéria abaixo, da bancada do PSDB, confirma a minha opinião.

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CPI da Petrobras na Câmara trará as respostas exigidas pela sociedade, diz Sampaio
Em entrevista coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (4), o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), afirmou que a CPI da Petrobras dará “uma resposta ao Brasil” para a série de escândalos que tomaram de assalto a companhia. “O sentimento da nação é de quem quer que se aponte os culpados. A Câmara tem obrigação de trazer esses nomes à luz”, reforçou o parlamentar. O requerimento que pede a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito foi apresentado pela oposição na noite dessa terça. A Secretaria Geral da Mesa da Câmara contabilizou 182 assinaturas de apoio – 11 a mais que o mínimo necessário.

Sampaio foi categórico ao dizer que o governo enfrentará dificuldades para controlar as apurações dos deputados. “Sem sombra de dúvida”, destacou. Ele citou como exemplo emblemático de enfraquecimento da base aliada do Palácio do Planalto a derrota acachapante do candidato do PT, deputado Arlindo Chinaglia (SP), para a presidência da Casa. “O compromisso dos deputados é nenhum com este governo. Não sou eu quem digo que a presidente Dilma não tem competência para gerir o país e para ter uma interlocução com a Câmara. São os deputados ligados a ela”, destacou.