• Percival Puggina
  • 27/07/2016
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PASMEM! MALGRADO O PASSADO INCOMPETENTE E O PRESENTE PRISIONAL, OS BRASILEIROS AINDA ACREDITAM NO ESTADO EMPREENDEDOR E GESTOR

 

 O site O Financista divulgou resultado de uma pesquisa que contratou com o Instituto Paraná Pesquisas.

"A pesquisa ouviu 2.020 pessoas maiores de 16 anos em 158 cidades de 24 Estados, mais o Distrito Federal. Do total, 60,6% dos entrevistados declararam-se contra privatizar as estatais; 33,5% são favoráveis; e outros 5,9% não souberam ou não opinaram.

A questão apresentada aos participantes foi: “Com o objetivo de melhorar a situação econômica do Brasil, o governo Michel Temer planeja vender, ou seja, privatizar algumas empresas e ativos estatais. O Sr(a) é a favor ou contra essa medida?”"

Os números, com uma confiabilidade de 95%, confirmam o diagnóstico do livro de Bruno Garshagen ("Pare de acreditar no governo"), no qual aborda o paradoxo de uma nação que desconfia dos políticos, mas acredita no governo. 

Acontece que o Estado brasileiro, histórica e tradicionalmente, tem sido sempre forte, positivista, autoritário, normatizador e intrometido. E o povo brasileiro se acostumou a lidar com ele como um grande protetor. Não um big brother, mas um big father, de onde sempre espera colher mais do que aporta, malgrado sua reconhecida falta de caráter e seu presente prisional. Ao desapetrechar-se mediante venda de ativos, o Estado brasileiro, estaria na concepção dominante, "ficando sem".

É a mesma velha cantilena que antecedeu as privatizações feitas no RS durante o governo de Antônio Brito. Na época, a esquerda gaúcha, liderada pelo PT, passava a ideia de que a CRT vendida iria embora levando os postes, os fios e os telefones... Deve ser o mesmo com tudo mais: vendeu, perdeu... Vá entender!