• Percival Puggina
  • 28/08/2015
  • Compartilhe:

QUEM CONFIA NO TSE?

 

 O governo vem aparelhando o TSE, há bom tempo. Durante a insólita eleição e apuração de votos do ano passado o tribunal era presidido por... Dias Toffoli. Agora, Gilmar Mendes resolveu olhar de perto, no processo movido pelo PSDB, a prestação de contas da campanha petista em 2014. Já haviam sido detectados cobras e lagartos mas o tribunal aprovara "com ressalvas". Agora, retomado o processo em função dos achados da operação Lava Jato, coube ao ministro Gilmar Mendes a relatoria da matéria.

 O jornalista Carlos Newton, do site Tribuna da Internet, em matéria de ontem, escreveu:

(...) "A segunda providência (a primeira fora a aprovação com ressalvas), depois que se agravaram as denúncias da Lava Jato sobre uso de recursos ilícitos na campanha de Dilma, foi desmontar o golpe da relatora da ação do PSDB para cassação de Dilma Rousseff, ministra Maria Thereza Rocha de Assis Moura, que arquivara a petição sem abrir ação e depois arquivara o recurso do PSDB.
Há duas semanas, no julgamento do recurso do PSDB, Mendes destruiu a credibilidade da ministra Maria Thereza, uma simples advogada do tipo Toffoli, de currículo inexpressivo, que chegou ao Superior Tribunal de Justiça sem méritos próprios, exclusivamente por obra e graça da presidente Dilma.

Com precisão cirúrgica, Mendes apontou uma série de erros jurídicos primários que a ministra cometera no afã de arquivar o processo contra a amiga Dilma. Sem a menor contemplação, Mendes humilhou-a perante os outros seis integrantes do TSE, numa cena verdadeiramente constrangedora, e a ministra sequer se defendeu.
Depois de desmontar o parecer de Maria Thereza, Mendes votou contra o arquivamento da ação para cassar Dilma e foi seguido pelo corregedor-geral da Justiça Eleitoral, João Otávio de Noronha, que é um dos mais respeitados ministros do STJ.

Esta semana, o ministro Luiz Fux, que apoiara as críticas de Fux à posição da relatora, votou a favor do prosseguimento da ação, e pediu vistas dos autos e foi acompanhado pelo ministro Henrique Neves, que garantia maioria. O julgamento só não terminou, porque a ministra Luciana Lóssio pediu vistas e a falta o ministro Dias Toffoli votar.

Detalhe importante: Luciana Lóssio é outra ministra tipo Toffoli, sem notório saber e que chegou ao TSE por nomeação de Dilma Rousseff, recompensando-a por ter sido advogada do PT na campanha de 2010."

Diante dessas informações, sendo tão visível a leniência do STF (em outra decisão, Gilmar Mendes informa que políticos de suas relações observaram para ele que o tribunal é ingênuo e despreparado), quem pode duvidar de que algo ainda mais grave tenha acontecido durante a eleição de 2014, seja na votação, seja na transmissão de dados, conforme tanto tem sido advertido?